“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti
ao diabo e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vos outros.
Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o vosso
coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a
vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos
exaltará” (Tiago 4:7-10)
OS APARENTEMENTE HUMILDES: “...e vós que sois de ânimo dobre, limpai o
coração”.
Caro leitor, creio que temos muito para
aprender no que tange àqueles que são de “ânimo dobre”. Temos visto o quanto o
evangelho moderno, tão falsificado tem levado milhares à essa condição.
Lembremos bem que a fé bíblica é determinada; habita num coração convertido. O
salvo sabe bem o que ocorreu com ele um dia, quando foi humilhado, purificado e
resgatado, a fim de pertencer a Cristo. O verdadeiro convertido não ignora sua
condição de alguém carregado de fraqueza, por essa razão é resoluto e
determinado em depender do Senhor no viver.
Mas a pessoa de “ânimo dobre” não é
assim, porque a luz da verdade não atingiu seu ser, não foi até o recôndito de
sua alma (Salmo 51:6). Ela está dividida, em sério conflito no íntimo. Não
houve conversão sincera; não foi a Cristo em confissão de uma alma convicta de
pecado e da merecida condenação. Sua decisão foi superficial, foi alguém que
precisou como que de uma “muleta humana”, a fim de apoiar-se. Por essa razão a
alma em conflito muitas vezes revolta-se contra a mensagem santa; passa a lutar
contra o pastor, quando a pregação descobre o que está oculto no coração. Ela
sairá constantemente à busca de uma “mensagem melhor”, mais suave. Mas, o fato
é que Deus requer o homem na totalidade. Não existe meia conversão para Deus;
não existe conversão tipo bolo meio assado e meio cru.
Caro leitor, a Palavra de Deus ordena
sempre aos pecadores, para que se convertam de todo coração: “...e em teu coração creres...”(Romanos
10:9); “Arrependei-vos e convertei-vos...”
(Atos 3:19). Não há lugar para meras decisões mentais; não há lugar para meros
sentimentos que levam a uma vida oca e superficial. A conversão genuína não
anda meio caminho até o Senhor; não considera a humilhante atitude de
reconhecer sua miséria e culpa; não decide prorrogar o prazo, ou mesmo ficar
observando à distância. Caro leitor, ou o pecador se humilha perante a cruz do
Salvador bendito, ou nada de paz real no íntimo – a paz com Deus (Romanos 5:1).
Se não curvar-se perante Aquele que é Salvador e Senhor, a inimizade contra
Deus persistirá, dentro ou fora de uma igreja. Digo isso porque a igreja
verdadeira, os verdadeiros salvos estão cercados de mentiras e propostas
fabulosas de mentiras religiosas. Muitos estão “coxeando entre dois pensamentos” (1 Reis 18:21).
Mas preciso ir um pouco mais longe. Onde
está o real problema daqueles que são de “ânimo
dobre”? Faço essa pergunta, porque a frouxidão teológica de nossos dias
vive a censurar a firme ortodoxia. Os verdadeiros pregadores do evangelho têm
sido taxados de cruéis e sem amor cristão. Esse é o espírito humanista de
nossos dias. Eu mesmo tenho sofrido esses ataques por parte de muitos que se
intitulam de “crentes”. Como coelhos, aqueles que são de “ânimo dobre” vivem
sempre a correr à busca de um esconderijo melhor, porque querem se proteger
dessa luz gloriosa da mensagem santa (2 Coríntios 4:4).
Ora, não preciso ir longe para dar a
resposta aos que vivem a censurar essa pregação santa. Tiago mesmo se incumbe
de mostrar a verdade oculta nos corações daqueles que aparentemente são crentes,
mas que no coração não são coisa nenhuma. Caro leitor, persistamos em examinar
o texto: “...e vós que sois de ânimo
dobre, purificai o coração”. Precisamos de uma resposta melhor? Precisamos
buscar neste mundo uma resposta psicológica? Quem pode ocultar o coração
perante a face do Senhor? Ninguém!
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