“Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas
a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor
não retém a Sua Ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia” MIQUEIAS 7:18-20.
UM
SALVADOR INIGUALÁVEL: “Quem, ó Deus é
semelhante a ti...?”
Meu caro leitor, o mundo sob a
liderança do pai da mentira sempre tentou mostrar que há deuses, por esse fato
sempre tentaram produzir seus ídolos. Mas o fato é que o verdadeiro Deus é
conhecido no meio dos homens pela Sua obra salvadora. Então, o evangelho chega
trazendo a radiante luz da presença desse Salvador, carregando consigo completa
obra conquistada na cruz, a fim de exibir neste mundo essa tão grande salvação.
O texto de Miquéias nos coloca perante esses fatos, mesmo que naqueles dias o
Senhor estava falando para Israel, na escuridão da lei. Mas é nesse cenário de
maldição que brilha a livre misericórdia de Deus para os homens no pecado.
Tendo mostrado o real significado da
salvação justa e eterna, tendo como base a conquista do Cordeiro na cruz,
segue-se que os efeitos são maravilhosos e que somente a fé verdadeira pode
repousar nesse lugar de descanso eterno para a alma. O texto prossegue para
mostrar que esse Deus que perdoa e que esquece da transgressão, “...não retém a Sua ira para sempre...”. Meu
caro leitor, certamente estamos pisando em território santo, sagrado, por isso
precisamos achegar com nossos “pés” descalços. Onde o cenário é de
misericórdia, então a Ira santa e justa não se faz presente. Quando Deus chama
pecadores ao arrependimento, Ele convida para exibir uma verdadeira festa
realizada pelos anjos e para mostrar aos pecadores o quanto eles são bem vindos
à família de Deus! Tudo é preparado para mostrar o banquete da graça de uma
salvação inexplicável pela linguagem humana. Quando pecadores arrependidos
chegam a Cristo, eles vão olhar para todo seu derredor e vê somente as marcas
de um amor que lhes atraiu, assim como o filho pródigo foi aceito ao regressar
à casa do seu amoroso pai (Lucas 15).
Então, onde brilha as joias da
salvação, certamente não há lugar para exibição da Ira de Deus. O abraço de
Deus para o perdido é para mostrar seu amor, afeto, perdão e aceitação e não
para puni-lo. Nas mãos do Salvador têm maravilhas da graça e não o “punhal” da
Sua ira. Os querubins jamais estarão na porta de entrada, a fim de afastar
pecadores intrusos. A sala do arsenal da Ira de Deus não é aberta, onde há
salvação. Deus não abre a porta para mostrar seus instrumentos de guerra. Se
você fosse convidado a ir ao palácio de Nabucodonosor na Babilônia, certamente
ele lhe mostraria não somente as maravilhas dos seus jardins suspensos, mas
também lhe levaria por lugares aterrorizantes de punição aos inimigos do rei.
Ele lhe mostraria a fornalha de fogo ardente e lhe diria: “Este é o lugar reservado
para aqueles que ousarem me desafiar e me trair”. Também lhe mostraria as covas
dos leões, e você ouviria os rugidos daquelas feras, querendo saborear algum
“manjar” humano.
Mas amigo, não há isso no cenário da
misericordiosa salvação de Deus! Ele não fica exibindo o poder da Sua Ira,
porque isso foi feito na cruz. Na lei você e eu vemos os terrores de Deus, mas
na sala da graça, jamais! A mensagem de recepção será sempre essa: “Graça e
paz”! Portanto, não tenha medo, ó alma cansada e oprimida! O chamado do Senhor
para a salvação é para lhe retirar deste mundo de miséria, onde o pai da
mentira lhe tem mantido algemado e agrilhoado por tanto tempo! O chamado do
Senhor é para Seu reino de amor e não de Ira! Tudo foi feito pelo Filho ali na
cruz, a fim de que a alma arrependida possa conhecer o significado do Paraíso
de Deus.
Então, firmado está o convite aos
pecadores. Ele veio chamar os perdidos; Ele veio buscar as almas errantes,
peregrinas, as quais estão em desespero. Quem está chamando não é um homem como
eu, mas sim o Rei dos reis e Senhor dos Senhores! Aquele que na cruz provou Seu
amor pelos pecadores!
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