“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti
ao diabo e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vos outros.
Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o vosso
coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a
vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos
exaltará” (Tiago 4:7-10)
ATITUDES CORRETAS: “Purificai as mãos, pecadores, e vós que sois
de ânimos dobre, purificai o coração”
Caro leitor devemos fugir do perigo de
uma conversão falsificada, porquanto satanás tem tomado toda providência para
espalhar esses enganos até mesmo dentro das igrejas em nossos dias. A carta de
Tiago é uma carta prática, onde vemos uma fé que age em santa obediência a
Deus. A falsa conversão mantém a pessoa distante da verdade, porque nunca houve
essa aproximação de Deus conforme o sistema bíblico e santo. Então é meu dever
explicar o texto de Tiago para meus leitores, porque muitos trilham esta vida pensando
que são salvos e estão realmente perdidos. Tiago deixa bem claro que a fé que
não age em santa obediência ao Deus santo é uma fé morta. Tiago é explícito em
afirmar que os demônios creem em Deus e a fé deles é melhor do a dos falsos
crentes, porque não somente creem como também tremem (Tiago 2:19).
Então, chegou o momento para que
aprendamos acercas das atitudes corretas, que mostram a verdadeira conversão.
Ora, não precisamos ir longe, pois o texto mesmo nos mostra. Percebamos que
Tiago dirige-se a dois grupos: “Purificai
as mãos, pecadores...”. Esse é o primeiro grupo. Para este, Tiago mostra
que eles precisam santificar o viver. Tiago simplesmente toma o Salmo 15 e o
Salmo 24 para dizer que tais pessoas não pertencem a Deus. A vida está errada,
e provam pelas “mãos contaminadas”. Estão ainda servindo ao pecado, estão
escravizados às iniquidades e não são servos de Deus. O segundo grupo mostra
ter uma fé indefinida; aparentemente parece ser humilde, mas a fé inoperante,
porque no íntimo são duvidosos: “...e vós que sois de ânimo dobre, purificai o
coração”. A igreja de Deus está carregada de elementos assim em nossos
dias. São simples e frágeis, porque a fé não é a verdadeira fé implantada no
peito por obra do Espírito de Deus.
Mas quero tratar do primeiro grupo: “Purificai as mãos, pecadores...”. Nenhum
sacerdote podia chegar à presença santa sem primeiro se lavar. A linguagem
figurada mostra o quanto a conversão real é prática e lida com a maldade. O que
acontece é que quando o pecador encontra-se com o Salvador imediatamente ele
descobre sua condição. É impossível conhecer a Cristo, sem que primeiro tenha
um conhecimento prático de sua própria miséria, que o leva à humilhação.
Conversão que mantém o homem na vaidade, em seus pecados e no caminho tortuoso,
não é conversão bíblica. Isaías quando teve a visão da glória de Deus
imediatamente viu o quanto tinha uma língua perversa (Isaías 6). Caro leitor, o ensino que o Espírito de
Deus quer nos transmitir é que a conversão leva o pecador à confissão. A
purificação das mãos é apenas uma linguagem figurativa, para mostrar o que
acontece no coração de uma alma transformada. A purificação não é feita com
água, mas sim com um coração sincero, num reconhecimento da necessidade do
sangue de Cristo para o perdão e completa purificação de todo aquele rastro de
iniquidade que ficou para traz. O que acontece em nossos dias é que milhares
que afirmam ter Jesus, ainda andam na iniquidade sem qualquer tristeza nem
desejo por um viver santo e puro, como convém aos crentes. Muitos querem ir
para o céu sem deixar o mundo; muitos querem ir para o céu, sem, contudo
enfrentar a peregrinação até lá. Acham que vão chegar de qualquer jeito. Muitos
querem afirmar que são herdeiros de Cristo, mas buscam ansiosamente uma herança
aqui, nada sabem de guerra contra o mal; nada entendem do realmente significa
lutar contra a carne, contra o mundo e contra satanás.
Qual é a ordem de Deus? “Purificai as
mãos, pecadores...!”. Não há outro meio. Uma fé que não caminhou na direção
certa, tal fé pertence aos que estão tombados no pecado.
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