sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

CRISTO AMOU A IGREJA (37)



“...porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
         Prezado amigo, hoje é meu objetivo considerar a frase: “... o ciúme é cruel como o Sheol...”. Já pudemos ver como esse amor, não somente é conquistador, como também é responsável por cada um daqueles que Ele mesmo chamou para Si. Tem algo mais que precisamos conhecer a respeito do amor do Noivo pela noiva. Certamente minha linguagem é paupérrima para descrever a grandeza desse amor, mas creio que um esforço a mais nos ajudará numa visão melhor, a fim de que os verdadeiros santos e fieis sejam edificados e confirmados na graça.
         Na frase: “...o ciúme é cruel como o Sheol...”, vemos como o amor do Senhor pela Sua noiva é um amor zeloso. Zelo neste sentido significa um ciúme santo e justo. Nós temos zelo e cuidado por aquilo que nos custou um alto preço. Deus em toda extensão da Sua Palavra mostra ser um Deus zeloso e que exige total amor, adoração, temor, respeito e louvor do Seu povo para Si mesmo. Por quê? Porque Ele é Deus! Porque a glória é somente Dele e não a divide com ninguém! O fogo da Sua Ira acende para queimar toda praga da idolatria e tornar cinza toda palha da confiança carnal.
         Incrível a analogia feita nesse verso! A morte é vista na bíblia sempre prestando serviço ao inferno. Cada pessoa que morre em seus pecados é tomada pela força da morte e jogada ás portas escancaradas do fogo eterno. Tremendo é o poder da morte e o inferno tem ciúmes pelos seus fregueses; o inferno sempre está pedindo mais; sua boca grita sempre “dá, dá!”. Em que triste situação se encontra os homens neste mundo! Todo seu trabalho e busca pelos prazeres são banalizados e zombados por esses atrozes poderes que arruínam tudo e jogam ao desespero toda esperança mundana. Que adiantou toda pompa de Herodes diante do júbilo do povo quando diziam que a sua voz não era de homem, mas de Deus? Imediatamente foi atingido pela ira divina e morreu comido de vermes (Atos 12:22,23). Todo aquele peso de vanglória desceu como pedra rumo ao abismo onde foi recepcionado na festa de horrores: “Estes todos responderão, e te dirão: Tu também estás fraco como nós, e te tornaste semelhante a nós” (Isaías 14:10).
         Assim como o inferno reclama seus direitos pelos seus fregueses, Cristo reclama Seus direitos pelos Seus santos. O amor de Cristo nunca diz: “basta!”. Enquanto o fogo do inferno arde lá em baixo na anelante espera pelos que morrem em seus pecados, o forte amor do Noivo arde lá em cima em santo zelo pelos Seus escolhidos. O inferno afirma que não quer perder ninguém; Cristo afirma que jamais perderá Suas ovelhas: “... jamais perecerão eternamente...” (João 10:28). O zelo do Senhor pelos Seus santos é tão glorioso que o Senhor enfrentou o próprio inferno: “...edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18).
         Que incrível e invencível amor do Noivo! Que vitória incrível sobre a poderosa morte, quebrando-lhe os dentes e destruindo seu aguilhão! Que poder insofismável que aniquilou as expectativas do inferno! A morte e o inferno não esperavam perder milhões e milhões, milhares e milhares!
         Eis aí o amor zeloso! Eis aí o amor que reclama, exigindo os Seus! Eis aí o amor que toma a dianteira para impedir a destruição eterna dos santos. Já foi assegurando que nenhum vai perecer, e que a morte agora opera em favor dos salvos: “Preciosa é, aos olhos do Senhor a morte dos seus santos!”.

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