quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

A SUFICIÊNCIA DA SALVAÇÃO DE DEUS (10)



Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a Sua Ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia  MIQUEIAS 7:18-20.
UM SALVADOR INIGUALÁVEL: “Quem, ó Deus é semelhante a ti...?
         Caro leitor, que desafio vemos nessa frase: “Quem, ó Deus é semelhante a ti...”! Essa frase expõe a glória da tão grande e incomparável salvação, porquanto não algo semelhante na terra. Não há como imitar isso, porquanto todo problema do homem está em sua tremenda culpa perante Deus. Os homens vivem curtindo a miséria do pecado neste mundo, não há como escapar disso e depois partem para o sofrimento eterno. Mas a mensagem do evangelho vem notificar a todos que o Deus ofendido perdoa todos os pecados. E o que é mais grandioso nessa mensagem é que Seu perdão está vinculado ao Seu ser; não pode ser comparado ao perdão humano, porquanto Ele não somente perdoa tudo, como também esquece. É exatamente essa a mensagem da frase: “...e te esqueces da transgressão...”.
         Caro leitor creio que vale a pena examinar essa verdade de uma forma mais profunda, segundo os ensinos pautados nas Escrituras. Como Deus pode perdoar e esquecer? Como Deus pode olhar e encarar um culpado e declarar ser ele inocente? Como pode Deus aceitar alguém como se nada houvesse acontecido? Não há perigo nisso? Não estaria Deus manchando Seu Nome e Sua glória? Não estaria aceitando criminosos e maliciosos no Seu reino? Ora, sabemos que em nosso caso podemos até perdoar alguém que cometera algo errado contra nós. Mas mesmo que o aceitemos em nosso convívio social fica marcada a suspeita de que essa pessoa não mudou sua atitude e que novamente pode repetir sua maldade. Sabemos bem que o próprio Deus assegura que é maldição confiar no homem (Jeremias 17:5), então, como Ele mesmo pode confiar num traidor, transgressor, ofensor e idólatra? Como poderá Ele admitir em Seu reino e em Seu santo convívio homens e mulheres que provaram ser criminosos e malfeitores, que prontamente deram as costas contra Deus a fim de seguir e servir ao pai da mentira (João 8:44)?
         Mas caro leitor, estamos lidando com Deus e não com homens. Estamos lidando com o Santo e Justo Senhor. Lidamos com um Deus riquíssimo em misericórdia e poderoso em graça para entrar em pleno território do pecado e lidar com o mal de uma maneira incrível, invencível e milagrosa. Nesse terreno a mente natural não pode entrar e vasculhar, porque para sua compreensão tudo não passará de loucura (1 Coríntios 2:14). Ora, os homens não podem compreender a criação original no Éden; não aceitam as maravilhas e simplicidades dos atos criadores de Deus usando apenas Sua palavra, quanto mais quando está envolvendo a nova criação, os atos gloriosos e milagrosos da graça.
         Então, mesmo sendo tão ínfimos somos desafiados a entrar pelas portas abertas dessa casa da misericórdia. Sua luz é ofuscante para o homem natural, por isso ele ficará do lado de fora queixando de Deus e desdenhando da verdade. Para que entendamos o fato que Deus perdoa e esquece é importante que saibamos que Seu perdão tem base de suficiente e perfeita justiça. O perdão de Deus não é um ato momentâneo de Deus, quando Ele simplesmente resolveu perdoar pecadores, porque ficou com dó deles. Deus jamais tratou nem tratará o pecado de forma leviana; jamais passará por cima da injustiça e perversidade praticadas contra Ele e contra Seu reino. Mesmo entre os homens podemos achar um sistema justo de perdão que pode ilustrar o que quero expor aos meus leitores. Sabemos o quanto é prejudicial um perdão dado sem qualquer base; sabemos o quanto é perigoso estender um perdão sem que haja um ato de justiça e pagamento. José não estendeu seu perdão aos seus irmãos, sem que antes eles fossem experimentados e mostrassem que tinham se arrependido das maldades cometidas anteriormente contra José e contra Jacó.
         Meu caro leitor, você foi perdoado com o perdão de Deus?

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