quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

PUNIÇÃO E SALVAÇÃO (11b)



"Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para a ruína como para o levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos  de muitos corações". Lucas 2:34,35

 Era um momento glorioso, decisivo, e aquele homem assume o lado contrário ao que estava seu colega e o povo embaixo. Ele estava agora como que perplexo ao ver tanta maldade do seu próprio coração ao agir como havia agido em toda a sua vida. Mas ali estava o Salvador Bendito, e o que ele deveria fazer? Quem sabe aquele Senhor teria misericórdia dele! Ele nada merecia da bondade daquele Salvador, mas a fé fez com que ele olhasse para os olhos de compaixão do Mestre. Aquele moço não buscou o caminho do remorso como Judas; não ficou com dó de si mesmo; não! Ali ao lado dele estava o dono do Paraíso onde estavam homens como Abraão, Isaque, Jacó e outros milhares. Aquele moço queria ir para lá. Era a ultima chance; era a hora oportuna que não poderia desperdiçá-la. Seus olhos cheios de coragem e firmeza de decisão encaram aquele olhar cheio de ternura e graça do Senhor.
        Ele abre a boca para fazer o que somente pecadores caídos no pecado, mas convencidos pelo Espírito podem fazer. Ele pediu ao Senhor. Foi um pedido, não em tom de irreverência; não houve um forçar da Vontade daquele que é Soberano, mas sim foi uma petição de uma alma a mendigar. Mas por detrás daquela petição havia a plena certeza que estava tocando o coração certo; que estava batendo na porta que nunca está trancando para o arrependido. O que Ele pediu? Ele não pediu que o Senhor lhe tirasse da cruz e o devolvesse a sociedade; ele não pediu que o Senhor lhe tirasse dali e lhe desse uma condição melhor de vida a fim de que Ele parasse de pecar. Não! Uma alma arrependida não vai atrás dessas coisas.
        Aquela alma havia buscado um paraíso aqui, mas agora tudo isso perdeu o sentido, porque ele poderia ter algo infinitamente melhor, poderia estar usufruindo do reino de Deus. Ele pediu aquilo que Cristo veio para dar aos seus eleitos, e ali naquele momento aquele moço ouviu o que jamais ouvira antes; recebeu o que jamais havia recebido: Iria para o Paraíso celestial na companhia do próprio Deus. Jesus disse para ele: Hoje mesmo tu estarás comigo no Paraíso. Que presente glorioso! O que mais Ele precisava ouvir? Aquele homem foi salvo naquele momento; aquela alma abatida pelo pecado foi levantada da imunda servidão onde estava para a posição honrosa de um herdeiro do Reino de Deus juntamente com milhares que lá estavam. Ele não podia abraçar Seu Salvador naquele momento, mas ali estava alguém pronto para dizer até para a morte: vem doce morte, pode me levar, pois quero já estar com meu Senhor. Não quero ficar nem mais um segundo aqui. Meu amigo, como tu estás neste momento?  O Senhor está pronto para salvar assim como Ele salvou aquele homem ali na cruz.


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