quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

PUNIÇÃO E SALVAÇÃO (11a)



"Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para a ruína como para o levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos  de muitos corações". Lucas 2:34,35
         Amigo leitor, na mensagem anterior procurei discorrer a respeito da maneira como o Senhor Jesus levantou Zaqueu da lama do pecado e fez daquele homem uma nova criatura. Já no final do ministério terreno do Senhor, quando estava pregado na cruz, sofrendo as dores cruciantes; quando estava ali cumprindo sua missão de fazer a vontade do Pai se entregando para ser propiciação a fim de salvar seu povo, mesmo ali na cruz, abandonado por todos; cercado zombarias, aqueles dois ladrões que se encontravam, um do seu lado esquerdo, outro do lado direito, participaram do motejo da multidão; blasfemaram do Senhor; zombaram e escarneceram.
         Momento cruel que mostrou o estado normal do coração humano, mesmo em face da morte. Quem eram aqueles dois homens? Homens que passaram suas vidas no pecado e desgraçando outras vidas com roubos e homicídios. Eles estavam pendurados sofrendo por merecimento. Os dois eram iguais. Não havia um melhor do que o outro; não havia um ladrão melhor do que o outro. Nenhum dos dois era digno de confiança. Os dois estavam sofrendo a punição imposta pelos homens, mas também iria sofrer a punição eterna imposta pelo Deus Justo, punição eternamente pior. Nem mesmo a sociedade tão religiosa como era a sociedade Judaica tinha podido pelo menos remendar aqueles dois homens.   Era o momento para que a Misericórdia divina manifestasse seu Glorioso poder de salvar; era o momento para que a expectativa do inferno em receber seus clientes fosse desfeita; naquele momento em que as trevas pareciam triunfar contra a luz, manifestou o braço Portentoso do Salvador. Será que aquele ladrão de mudou de opinião assim, porque quis mudar? Será que de repente aquele homem resolveu assumir a defesa de Cristo? Não! Houve um milagre ali! O poder de Deus agiu no coração empedernido daquele moço de tal maneira que seus olhos espirituais foram abertos e ele, de repente pode ver a gravidade de sua situação espiritual; pode enxergar que não passava de uma alma condenada e que fatalmente seria atirado à perdição eterna; ele percebeu que já estava à beira do poço do abismo e que merecidamente seria empurrado para uma eternidade de terror.
         Houve ali o verdadeiro arrependimento que vem de Deus. Mas, ao mesmo tempo o Espírito Santo fez com que aquela alma fitasse a Jesus ali na cruz, não como um coitado, nem como um sofredor que preferiu enfrentar a morte e fugir da situação sofrida deste mundo. Não! Ele enxergou ali na cruz o próprio Filho do Deus vivo! Ele enxergou ali na cruz aquele que Deus prometera para trazer redenção eterna aos pecadores. Ele viu algo que não pode ver anteriormente.
         Acima de tudo ele viu naquela sublime pessoa que estava ali ao seu lado sofrendo injustamente alguém que poderia verdadeiramente lhe salvar. Momentos antes ele estava gozando de Jesus juntamente com seu colega; ele antes queria que Jesus descesse da cruz e tirasse ele também dali. Mas agora, aquela alma que estava dormindo no pecado é despertada para ver a salvação de Deus para ele.
        



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