“O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará”
(Salmo 23:1)
TRIUNFANTE SOBRE O
MUNDO “O Senhor é meu Pastor...” (segunda)
Amigo
leitor, a salvação da alma é o trabalho de Deus neste mundo. Deus não tem
nenhum interesse em montar qualquer programa tendo em vista benefícios físicos
e materiais para os homens. A alma salva vai dizer a respeito de Deus: “É Ele
quem perdoa todas as tuas iniquidades; e quem sara todas as tuas enfermidades”
(Salmo 103:3). A salvação da alma é a base para um andar triunfante neste
mundo, porquanto indica que a pessoa foi alcançada pela misericórdia de Deus e
agora não é mais um réu condenado.
Com
efeito, o triunfo da vida cristã tem um sólido fundamento. O crente está
firmado sobre a Rocha dos séculos, Rocha que jamais será abalada. A doutrina da
segurança eterna não é algo formulado para servir como se fosse um trampolim, a
fim de que pessoas saltem para viver no pecado e ainda assim sentirem que irão
para o céu. A graça de Deus não age senão em almas contritas e quebrantadas,
convencidas pelo Espírito Santo (João 16:8) quanto a sua pecaminosidade, e que
olham para o Monte do Calvário vendo pela fé aquele que veio ao mundo para
salvar perdidos. (Lucas 19:10). O Senhor Jesus não veio a este mundo para ser
ministro do pecado, mas sim para dar-se a si mesmo com o propósito de “... desarraigar-nos
deste mundo perverso.” (Gálatas 1:4).
Então, se temos de ser
triunfantes em nossa jornada por este mundo maligno até nossa entrada no céu, a
confissão de fé do verso 1 do salmo 23, há de ser uma confissão que parte de
uma alma verdadeiramente convertida a Cristo. Quando Deus salva um pecador de
seus pecados, a alma sai daquela triste condição de um escravo do pecado (João
8:34) para ser agora em Cristo mais do que vencedor (Romanos 8:37). Essa é a
fulgurante mensagem que o Espírito Santo transmite nos 3 primeiros capítulos de
Apocalipse, quando se repete a expressão “O vencedor”, não indica que a pessoa
tenha de lutar para ser vencedora, mas sim que ela luta e vence porque já é
vencedora. A palavra “vencedor” no texto grego é um particípio presente ativo,
e que pode ser traduzido: “Aquele que constantemente vence”. Deus não está na
expectativa de ver se o salvo vai vencer ou não. Ele foi feito em Cristo um
verdadeiro “vencedor”.
É importante que salientemos aqui a verdade bíblica
sobre a segurança da ovelha de Cristo, porque sem essa confiança, a confissão
de fé do verso 1 do salmo 23 deixa de ser algo baseado na fé para ser apenas
uma expressão emocional, ou apenas uma experiência momentânea que alguém acha
que passou. Não devemos invalidar as emoções, elas têm seu devido lugar, porém,
devemos estribar nossa fé no documento celestial que é a Palavra de Deus, sem
jamais esquecer que “quem é de Deus ouve a Palavra de Deus.” (João 8:47).
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