quinta-feira, 30 de outubro de 2014

VIVO POR FORA, MORTO POR DENTRO (8)




“...Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto”. Apocalipse 3:1-6.

A TERRIVEL DECLARAÇÃO DO SENHOR: “tens nome de que vives, e estás morto”.
         Caro leitor estamos diante de uma terrível declaração do Senhor para aqueles que se esconderam na igreja de Sardes. O fato é que eles pensavam que estavam vivos; sentiram que estavam vivos e imaginaram que estavam erguidos por sua fé. Mas a verdade solene partiu dos lábios Daquele que conhece todas as coisas: “...tens nome de que vives, e estás morto”. Creio que precisamos levar tais palavras com temor, porquanto nosso Senhor em Suas palavras traz o ensino claro da depravação total. O efeito do pecado no homem não foi uma vida inferior, ou paralela à vida que há em Cristo. O efeito do pecado é a morte espiritual bem como a física e a eterna. Estamos diante de solenes verdades as quais erguem a poderosa doutrina do pecado, doutrina tão expoente nas Escrituras.
         Caro leitor, farei de tudo para mostrar o quanto a Palavra de Deus mostra o engano do pecado no coração. Não esqueçamos que a igreja pode ser um lugar bem adequado para que homens e mulheres encontrem uma falsa paz, especialmente quando a apostasia tem entrado e mentiras religiosas prevalecem. Tenho falado muito sobre isso em meus escritos, porque eu sei que em nossos dias as igrejas têm sido refúgio de corações enganados. Aliás, já tive experiências tristes com isso. Quando pastores param de pregar a verdade; quando homens se erguem para cativar o povo com ensinos agradáveis; quando o evangelho vem com “adoçantes” para as almas, eis que milhares acham nas igrejas lugares bem confortantes. Homens e mulheres querem sentir a paz com o pecado, por isso buscam um Deus diferente, um Deus que facilita bem o acesso deles para o céu. Quando as mensagens mostram um caminho largo rumo ao céu; quando os pecadores não são confrontados com seus pecados e pela necessidade de humilhação e arrependimento, não há melhor lugar para que as almas busquem uma paz forjada pelos falsos mestres, para seus corações enganosos e enganados.
         Caro leitor, digo isso porque tenho confrontado com muitos que pensaram que eram salvos, mas perante a luz do evangelho da glória de Cristo, logo perceberam que estavam enganados, iludidos. Alguns tiveram violenta reação. Ora, a salvação bíblica jamais nos leva ao orgulho, mas sim à humilhação. A salvação genuína nos transporta para o reconhecimento de nossa miséria e que devemos a Deus todo nosso louvor; que foi pela obra da cruz, que alguém que jamais conheceu pecado ocupou um lugar de um miserável como eu: “Que poderia em mim achar,pra tais afrontas suportar?”. Se o evangelho leva o homem a duvidar de sua salvação é porque algo está errado com sua fé. A verdade da cruz me leva a crer que foi a pura compaixão que me alcançou, que me salvou, que me conduz e que me levará ao lar.
         Caro leitor, digo mais que a igreja é um ótimo lugar para esconder a maldade do coração. Sempre estamos à busca de “tecidos religiosos”, a fim de confeccionarmos nossa justiça própria. Procuramos meios para encobrir nossa corrupção latente; queremos lugares onde podemos lavar nossas consciências culpadas e assim mantê-las cauterizadas. Na realidade, queremos lugares onde Deus seja um Deus diferente. Queremos ouvir vozes “amigas” de homens que farão cócegas em nossos ouvidos. Não queremos que nossos disfarces sejam retirados e que fiquemos nus perante a verdade de um Deus que tudo vê e que mostra os terrores do coração. Não queremos saber de nossa condição, do poço profundo onde estamos, devido nossa desobediência. Quanto mais encoberto e bem pintado for o sepulcro do nosso coração, melhor. Almejamos que todos saibam que somos diferentes dos outros; que temos um bom lugar onde frequentamos e que estamos com Deus e que Deus está conosco.
         Mas, quanto engano do coração! Quanta maldade que dorme no íntimo! Homens e mulheres estão vivendo no pecado, pensam que estão vivos, quando realmente estão mortos!

Nenhum comentário: