“As
misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas
misericórdias não tem fim” (Lamentações 3:22)
AO
RETIRAR AS MISERICÓRDIAS DE DEUS APARECE O JUÍZO: “...são a causa de não sermos consumidos...”
Caro leitor, a mensagem sobre a LIVRE
MISERICÓRDIA DE DEUS nos mostra a tão triste condição dos homens no pecado. Foi
naquela angustiante e deprimente situação vista em Jerusalém que Jeremias pode
entender que a sobrevivência dos homens na face da terra tem resposta somente
na livre misericórdia Dele, caso contrário todos nós já teríamos sido
destruídos de uma vez. Que diferença temos das outras nações? Somos nós
melhores? Ora, os judeus eram conhecidos como o povo de Deus, mas foi contra esse
povo que Deus descarregou Sua fúria por meio de Nabucodonosor e seu exército.
Caro leitor, que saibamos que merecemos
a cada momento a visitação castigadora de Deus; que não há um segundo que somos
dignos de estar vivos neste mundo, pois nossa culpa e nossos caminhos perversos
provam o quão dignos somos nós do derramamento da cólera santa e justa de Deus.
Vemos como Deus deixa esse ensino bem claro em Isaías 1, que se não fosse a livre e soberana atuação
da misericórdia, Jerusalém seria tratada como Deus tratou Sodoma e Gomorra
(Isaías 1).
O juízo de Deus aparece como a
realidade clara e justa. Desde a queda toda raça é fadada ao juízo. Quando
Deus decretou o dilúvio foi a solene e justa atividade do juízo. Será que o
mundo pós-dilúvio mudou? Absolutamente não! Aquela punição mundial foi apenas
um exemplo daquilo que Deus faz em Sua fúria contra o pecado. Todo propósito de
Deus na história da raça foi trazer o Salvador ao mundo. A terra é o palco do
espetáculo da graça e não um lugar onde Deus colocou os homens e os mantém aqui
na tosca felicidade pecaminosa tão buscada pelos homens. Para eles não existe
juízo, não há um Deus santo que reina e administra os povos. Para os homens
toda visão é de um lugar bom para se viver e deleitar nos prazeres, conforme o
ensino de Eclesiastes.
Mas caro leitor, o mundo é o palco das
atividades dos santos juízos de Deus, dentro e fora do homem. Ele afirma que
Ele realiza isso na face da terra. Vários juízos que ocorreram na história têm
como base o juízo mundial visto no dilúvio e o local visto em Sodoma e Gomorra.
O pecado deixou os homens cegos e eles nada veem, senão aquilo que é puramente
sensual, eles vivem dessas coisas. Por causa da entrada do pecado o mundo
inteiro ficou subordinado a esse clima de vaidades, de lutas e esforços pelo
nada, por aquilo que simplesmente passa. Até a criação está involuntariamente
entregue a esse ambiente, a fim de sobreviver onde reina a morte (Romanos 8:20).
O pecado reina e exibe aos olhos dos homens aquilo que é puramente material e é
nessa condição que satanás se esconde e homens e mulheres jamais conseguem ver
aquilo que triunfa por detrás de toda essa aparência.
Mas eis que Deus deixa claro que a
terra é Dele (Salmo 37 e Salmo 24). O pecado, o diabo e a morte com toda essa
comitiva humana atirada à iniquidade, não passa de invasores da criação de
Deus. Um dia chegará quando o Senhor há de tomar das mãos do diabo aquilo que
roubado e todos os perversos e iníquos terão sua punição merecida. Mas nós
podemos ver em Sua Palavra o quanto Deus afirma que a terra é Dele; Ele
assegura que, não obstante a presença do perverso aqui, Seu reino é mantido em
misericórdia, justiça e juízo (Jeremias 9:24); Ele afirma que é Santo e que toda
maldade deve ser expurgada, porquanto Ele odeia a injustiça. Ele afirma que o culpado jamais será tido por
inocente, e a prova maior do Seu intenso e eterno ódio contra o pecado foi o
fato de Ele ter enviado Seu Filho ao mundo, a fim de que na cruz se entregasse,
para libertar os pecadores dessa escravidão.
Caro leitor, a livre misericórdia de
Deus está em plena atividade. É por isso que você anda, corre, canta, dorme,
trabalha e respira. Não merecemos isso; somos rebeldes no Reino de Deus, mas
mesmo assim Ele oferece Seu perdão e reconcilia-se com pecadores por meio do
sangue do Seu Filho.
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