quinta-feira, 30 de outubro de 2014

SUFICIENTE GRAÇA (9)



Porque pela graça sois salvos, mediante a fé e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8. 9).
ANULANDO TODA OBRA DA CARNE. “Não de obras para que ninguém se glorie
         Prezado leitor, tendo mostrado as maravilhas da graça no aspecto positivo, creio firmemente que a luz levada até vocês não foi a completa luz da glória que irradia dessa graça até nossos corações. Sei que homens endurecidos no pecado estão do lado de fora e não partilham dessas maravilhas eternas conquistadas pelo Filho de Deus aos pecadores arrependidos. Os santos são aqueles que continuamente estão como que, aos pés do Senhor, aprendendo da Sua Palavra; os santos têm discernimento da verdade; eles sabem conferir as coisas que ouvem, conforme o padrão da graça. Quão raro é encontrar tais discípulos em nossos dias! Procurá-los é como procurar agulha num palheiro.
         Mas agora veremos de perto o verso 9: “Não de obras...”. Precisamos saber o que realmente significa essas obras e creio que não é difícil detectá-las, porque elas são exatamente tudo aquilo que não provêm do trabalho soberano da graça. Enquanto tudo o que o pecador precisa para sua salvação é dom de Deus, então as obras conforme o verso 9 são como atividades dos homens. Preciso esforçar, a fim de mostrar aos meus leitores os perigos que envolvem as obras da carne, porque elas chegam bem disfarçadas; elas chegam enfeitiçadoras; elas chegam mui belas, parecendo santas e provenientes de Deus. Para isso quero me esforçar em mostrar algumas atividades dessas obras.
         As obras aparecem como atividades religiosas. Foi assim nos dias de Paulo, quando a religião judaica tentava mostrar que era necessária a lei de Moisés, a fim de que os gentios fossem realmente salvos. Eles não se opunham a Cristo como Salvador, mas queriam achavam que a obra de Cristo carecia de ajuda da lei. Muitos judeus aproveitavam a ausência dos apóstolos (especialmente Paulo) e frequentavam as igrejas constituídas pelos gentios com a finalidade de propagar essa união entre a graça e mais as obras da lei. Por causa disso ocorreu aquele concílio em Jerusalém feito pelos apóstolos e pastores. Foi com essa resistência e determinação que impediram o avanço dessa falsidade nas igrejas da Ásia e da Europa. As igrejas da Galácia estavam começando a descer da graça, a fim de buscar essa carnal união ensinada pelos judaizantes. Paulo foi bem duro e com muita habilidade no manejo do Velho Testamento pode mostrar aos irmãos que a salvação verdadeira em Cristo lhes tirou dessa escravidão da lei.
         Caro leitor, quanto satanás sutilmente tem lutado para colocar gotas de veneno das obras na salvação! Em toda história sempre foi assim. Ele sabe bem que qualquer gotícula dessa sujeira proveniente da carne vai adulterar tudo e mudar o viver dos crentes para pior. Qualquer mentira das obras, mesmo aquela que parece santa e crente, arruína totalmente o viver dos santos. É como que retirasse o oxigênio espiritual deles. Veja a carta de Paulo aos Colossenses. Em toda aquela maravilhosa epístola vemos como o apóstolo exalta a glória de Cristo e sua simplicidade para o viver dos crentes. Paulo mostra ali como as investidas de satanás vêm para alterar tudo e desnortear o viver normal dos santos. Os conceitos da sabedoria e filosofia dos homens podiam entrar e assim a graça era retirada, atraindo o orgulho dos corações e afagando a carne. Também Paulo fala dos perigos do legalismo e até de cerimonialismos aparentemente espirituais, mas extremamente perigosos (Colossenses 2).
         Caro leitor, tudo isso é para mostrar o quão sutil é a natureza das obras da carne. Em nossos dias vemos a grande necessidade de realçar bem a glória da graça, porque quanta ignorância há acerca do trabalho da graça. Muitas heresias que pareciam sepultadas com o tempo, foram ressuscitadas e já entraram em muitas igrejas, ajuntando com as novidades da época. As mentiras sempre estão juntas e se organizam como exército do mal no combate contra a verdade. Agora é o momento crucial para que preguemos a verdade da graça com toda obediência àquele que nos chamou.        

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