“Mas chegai-vos para aqui, vós, os filhos da
agoureira, descendência da adúltera e da prostituta. De quem chasqueais? Contra
quem escancarias a boca e deitais para fora a língua? Porventura, não sois
filhos da transgressão, descendência da falsidade, que vos abrasais na
concupiscência junto aos terebintos, debaixo de toda árvore frondosa, e
sacrificais os filhos nos vales e nas fendas dos penhascos? (Isaías 57:3-7)
A jornada religiosa
dos ímpios:
“...e sacrificais os filhos nos vales, debaixo das fendas dos penhascos”.
(verso 5)
Caro leitor, agora é o momento para ver
a linguagem de Deus quanto àquilo que os ímpios intitulam de religião. O mundo
tem seu programa religioso e os homens, mesmo no pecado pensam, sentem e vive
em seus princípios que eles intitulam de religião. Eles falam de Deus e
costumam ser zelosos naquilo que creem. Todas as nações do mundo sempre tiveram
seus deuses, ofereciam sacrifícios a eles e jamais se afastavam daquilo que
colocavam sua crença sem qualquer base. Ainda não mudou, pois os homens no
pecado vivem assim. O que eles não admitem em seus sistemas religiosos é a
glória do Deus vivo e verdadeiro, pois no pecado não querem admitir dar-Lhe
glória. Paulo trata desse assunto com a precisão da inspiração bíblica em
Romanos cap. 1 a partir do verso 18.
O que significa a religião verdadeira? Ela
nada tem a ver com aquilo que é meramente costumes estereotipados. Religião
verdadeira é a do coração, que mostra o homem por fora como alguém que teme a
Deus e que anda em Seus caminhos de forma obediente (Salmo 128:1). Religião
verdadeira é aquela que mostra o homem adorando a Deus em espírito e em verdade
(João 4:24) e que em todo aspecto do seu viver, Deus é levado à sério, mediante
a obediência clara à Sua Palavra. A religião verdadeira parte do princípio que
o pecador um dia ouviu a verdade da Salvação e foi salvo. Não há religião
verdadeira sem esse começo sobrenatural, porquanto ninguém nasce salvo.
Mas não é o caso da jornada religiosa dos
ímpios neste mundo. Os costumes religiosos dos ímpios seguem aquilo que cada um
pensa ser verdadeiro em seu coração e faz com que cada um faça o que realmente
quer e creia do jeito que quiser crê. A religião mundana nada tem de verdade
como fundamento; nada tem de ortodoxia, pois tudo se baseia em crendices,
superstições e idolatrias, conforme seus corações entenebrecidos pensam e agem.
Notemos bem o verso a impressionante linguagem usada por Deus para descrever o
local onde eles praticam suas atividades religiosas: “...e sacrificais...nos vales...”. O mundo no Velho Testamento é
descrito como o “vale”. No Salmo 23
o mundo é chamado de “vale da sombra da
morte”. Em Jeremias 49:4, quando Deus adverte os Amonitas, Ele pergunta: “Por que te glorias nos vales, nos teus
luxuriantes vales, ó filha rebelde...”.
Estou mostrando algumas passagens para
deixar bem esclarecido o texto que ora estamos estudando. Espero que o leitor
compreenda essa linguagem de Deus nos escritos proféticos e nos Salmos. O “vale”
indica que é um lugar baixo em comparação com os “montes”. Na linguagem bíblica, enquanto o mundo é um “vale”, eis
que o Senhor habita “num Alto e Santo
lugar”. A religião dos ímpios será sempre aqui e daqui; nada há de elevado;
nada há de fé verdadeira; nada há de qualquer compreensão das coisas
celestiais, mesmo que tenham algum sabor bíblico. Tudo é feito aqui na
tentativa de ocultar-se de Deus. No mundo não há verdade, nada de luz espiritual;
o mundo é o lugar onde opera o império das trevas. O sistema religioso deste
mundo sempre foi odioso de Deus e odiado por Deus.
Vemos no Velho Testamento como Deus
marcou esse sistema satânico com Sua ira e reservou Israel para destruir muitas
nações. O sistema religioso dos ímpios nada tem a ver com a santidade de Deus,
tudo é contra a Sua santa lei; práticas terríveis e abomináveis são feitas em
nome de desses demônios, os quais eles consideram como seus deuses. Vemos no
Novo Testamento como o Senhor exorta Seu povo a não amar este mundo; como este
sistema religioso odeia ao Senhor e persegue o povo de Deus (João 16).
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