“...Conheço as tuas obras, que tens nome de que
vives e estás morto”. Apocalipse 3:1-6.
EXAMINANDO
OS QUE ESTÃO NA IGREJA.
Caro leitor, estou me esforçando em
mostrar qual é a verdadeira fé que é salvadora e que mostra fruto no viver. As
obras daquele povo que frequentava a igreja de Sardes, não revelavam serem
provenientes de uma fé santa, operada neles pelo Espírito de Deus. Já mostrei
anteriormente que 1. Não pode ser a fé que alguém outro operou em mim, e
também
2.
Não pode ser a fé ativada por uma tradição religiosa.
3. Não
pode ser a fé motivada por uma emoção, ou por músicas. Ultimamente satanás
tem enchido as igrejas de “louvores” e tais louvores promovem não somente
agitação, como também emocionalismo. Com isso o pai da mentira tem varrido a
verdade do evangelho para fora e o povo dança euforicamente num ambiente sem
qualquer rocha debaixo dos pés. Veja bem, não estou contra a música nem contra
as emoções; elas são importantes como efeito da obra salvadores do Senhor em
corações humilhados e contritos. O perigo está em saudar essas coisas, como se
elas fossem de Deus, quando não passam de obras da carne. O único lugar de
firmeza para segurar a alma contra o inferno é a Rocha da salvação. Caso
contrário, barulhos, emoções fortes e outras atividades somente mantêm as almas
cegas, sem perceberem que estão em perigo iminente. Piedade e serviço religioso
sem a cruz não passam de obras feitas pelas trevas, a fim de manter os
pecadores carnalmente satisfeitos.
4. Não
pode ser a fé ativada por sacrifícios de justiça própria, pois é rejeitada.
A maior atividade de satanás em todos os tempos por meio da religião é ativar a
justiça própria. Ela é perigosíssima e letal para a alma, porque traz um
descanso carnal, falsa esperança e falsa paz. A justiça própria parece ser tão
bela, religiosa e aceitável a Deus, mas não passa de uma poderosa capa usada
para esconder corações endurecidos e pervertidos. Milhares descansam nessa
confiança tão venenosa, porquanto se escondem e ficam bem disfarçados, sem que
sejam vistos por dentro, até que o evangelho da glória de Cristo venha descobri-los.
Já lidei com muitos nessa situação, pois quando são descobertos no íntimo
normalmente reagem com intenso ódio. A justiça próprio quando descoberta, logo
mostra que tem um arsenal de armas contra a verdade guardada e que está
disposta a perseguir a verdadeira justiça.
5. Qualquer
engano pode ser fatal, porque não haverá explicação naquele dia. Não
esqueçamos que hoje o evangelho traz luz aos corações; hoje a verdade chega
para iluminar a alma; hoje os pecadores podem ver que a porta está aberta e que
brilha a glória da tão grande salvação para todos; hoje, pecadores podem ouvir
o convite gracioso: “Ah, todos vós que
tendes sede, vinde às águas...”! Meu caro leitor, quando vejo homens e
mulheres com raiva, “rangendo os dentes” contra a mensagem santa de pura e
santa justiça, o que será naquele Dia? No dia do juízo não haverá explicação,
todos os sinais de portas abertas serão fechados. Talvez não houve um homem que
carregasse sobre si um tão grosso tecido de justiça própria como Saulo de
Tarso. Ele não sabia que carregava um pesado fardo e que seu ódio mortal contra
o Senhor revelava seu perverso e irregenerado coração.
Ó, quantos hoje vivem assim! São
evangélicos e carregam esse nome na testa, mas em seus corações estão mortos! A
carne é apta para fazer grandes e agradáveis sacrifícios religiosos, porque tais
sacrifícios servem de calmantes momentâneos as aflições de um coração
intranquilo, sem a paz que vem da cruz. Ó, quanto o Senhor rejeita as obras da
carne! Elas nada têm para agradar Aquele que só aceita culto espiritual, do
coração (João 4:24). Acaso, não é um momento propício para humilhar? Não é um
momento adequado para cair como barro quebrado perante o grande e glorioso
Salvador? A mensagem ainda está sendo proclamada! A porta estreita ainda está
aberta! A voz graciosa ainda pode ser ouvida por homens e mulheres
arrependidos: “Eis agora o tempo
sobremodo oportuno; eis agora o dia da salvação!”.
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