“...Conheço as tuas obras, que tens nome de que
vives e estás morto”. Apocalipse 3:1-6.
A
TERRIVEL DECLARAÇÃO DO SENHOR: “tens nome de que vives, e estás morto”.
Caro leitor, quão perigoso é quando as
almas vagueiam na luz da apostasia e não na luz que irradia da cruz! Os homens
podem acender tochas perante os olhos de muitos que vivem na escuridão, mas
somente o Espírito Santo pode iluminar a alma com a luz eterna do Salvador e da
salvação. Tem alguns besouros que gostam da luz e circulam em torno de uma
lâmpada acesa por algum tempo, até caírem e morrerem. Assim muitos circulam em
torno da luz da salvação, mas foram salvos. Foi exatamente isso o que o escritor
de Hebreus mostra no cap. 6, pois muitos para os quais a carta foi dirigida;
muitos que foram iluminados na mente, por isso participaram de tudo, de todas
as bênçãos e até mesmo das convicções que os santos têm. Mas o que aconteceu é
que eles se afastaram e o verdor aparente mostrou que era superficial, pois não
tinha nada de raiz. A chuva de bênção que caía sobre os santos, fazendo com que
estes produzissem fruto, neles, entretanto nada produziu, a não ser espinhos e
abrolhos (Hebreus 6:4-8).
Caro leitor, quão perigosa é a
aparência de vivo, quando a alma ainda está morta! Muitos correm para o
ambiente cristão porque têm medo do juízo, assim como víboras fogem do fogo
(Lucas (3:7). É isso o que acontece quando muitos fogem pensando que
conseguiram se esconder da ira vindoura. Muitos se escondem e usam a bíblia
para ver os sinais dos tempos, porque têm medo do iminente Dia do Senhor. Mas
João Batista disse para todos que corriam a fim de ouvir sua mensagem que a
única prova de que estavam arrependidos era mostrando fruto de arrependimento
(Lucas 3:8). Veja o que o Senhor da glória diz: “tens nome de que vives e estás morto”. O que Ele está fazendo? Nosso
Senhor está tomando o pulso espiritual de muitos e mostrando que não há
qualquer pulsação de um coração transformado.
Veja que o Senhor da glória mostra. Ele
afirma que não há qualquer sinal de que um novo coração está em pleno
funcionamento, porquanto não houve os sinais vitalícios da vida que há no
Filho ainda não estão neles. Simplesmente não houve novo nascimento, por isso
aquelas almas ainda estão mortas e habitam no “vale de ossos secos” (Ezequiel 37). Não há qualquer sinal de um
viver obediente. Não há prazer em abandonar o mundo, os ídolos, as
famigeradas paixões, o gasto com aquilo que simplesmente prazer da carne e o
prazer por estar na companhia dos ímpios. Os verdadeiros crentes tropeçam e são
muitas vezes atraídos a essas coisas, mas logo percebem o quanto não pertencem
mais ao ambiente que outrora tanto amavam e venerável, pois agora querem
agradar o Senhor que os resgatou pelo sangue.
Também, não há sinal de santidade,
prazer por agradar a Deus. Os crentes nesta vida ainda estão revestidos da
carne com toda sua corrupção e engano. Mas a verdade que os santos entendem que
foram salvos para serem santos (Efésios 1:4). Há nos crentes uma natureza
santa, por isso querem e lutam para alcançar santidade. Eles sabem que seu Deus
é santo, por isso querem atingir essa identificação com seu Senhor dia após dia
na prática, na experiência e na luta atroz contra o mal. Mas, naqueles que
estão interiormente mortos não há qualquer sinal de desejo por santidade. Suas
lutas são exteriores, mas não movidos pelo esforço do Espírito na luta contra a
carne. O coração é mundano e a idolatria é interna.
Também, não há qualquer desejo por
oração nem prazer pela palavra. Os mortos espirituais desprezam a Palavra,
assim como o leão despreza um prato de hortaliças. Eles podem carregar a bíblia
em seus braços, mas a desprezam em suas casas, porque a palavra de Deus nada
tem para seus anseios mundanos e carnais. Suas bíblias são colocadas nos
cantos, enquanto assistem suas novelas, filmes e saem para os prazeres
mundanos.
Nosso Senhor afirma que estão mortos,
mesmo que por fora tudo indica que eles estão vivos. Mas é o Senhor quem
verifica tudo e dá diagnóstico. Mesmo assim Ele entra para chamar tais
pecadores ao arrependimento e à conversão verdadeira.
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