“...Conheço as tuas obras, que tens nome de que
vives e estás morto”. Apocalipse 3:1-6.
EXAMINANDO
OS QUE ESTÃO NA IGREJA.
Caro leitor, estamos vendo como nosso
Senhor mostra como a fé verdadeira ou a falsa fé são mostradas pelas obras: “conheço as tuas obras”. Não esqueçamos
que são as obras que provam se a fé é falsa ou é genuína. Como o Senhor
conhece? Não esqueçamos que Ele é o Senhor, Aquele que é visto por João como
tendo os olhos como chama de fogo. Nós estamos lidando com o próprio Jeová, com
o glorioso Deus que se fez carne e habitou no meio dos homens (João 1:13). No
grego o verbo “conhecer” trata-se de um conhecimento completo. Isso significa
que nosso Senhor não está como se fosse um detetive examinando as obras. Ele
não está tentando descobrir se fulano ou sicrano é crente ou deixa de ser.
Nosso Senhor não limitado como nós os homens. Ele sendo Deus é Oniciente,
conhece todas as coisas e tudo está patente perante Seus olhos.
O que está acontecendo? Nosso Senhor
está dizendo à igreja de Sardes que Ele já sabe de tudo, que suas atividades
são completamente conhecidas por Ele, e que por isso eles devem se arrepender.
Nosso Senhor não está descobrindo para ver se algum sinal de qualidade nessas
obras, se tem algo de bom ou não. Toda prova do fogo da Sua visão não é para
que Deus fique conhecendo, mas sim para revelar à pessoa o que ela é. Nosso
Senhor conhece o coração do homem e Suas palavras revelam logo o que o homem é
por dentro. Vemos no Salmo 139 o Salmista pedindo ao Senhor para examinar seu
coração. Mas ele faz essa petição a fim de possa conhecer a si mesmo. Por essa
razão ele, em santo temor vai ao seu Deus e solicita essa descoberta a fim de
manter uma vida pura, santa e livre de qualquer intuito malicioso no viver e no
andar.
Caro leitor, diante desse fato
precisamos saber se a fé que temos é verdadeira ou não é, porque a fé genuína
prova que somos vivos, que temos a vida que há em Cristo, que nosso crê foi
obra do Espírito Santo em nosso viver. Caso contrário, a fé que temos é algo da
natureza humana e por isso em nada agrada a Deus. Creio que é neste aspecto que
muitos vivem iludidos, assim como Judas foi e como Simão que apenas abraçou a
fé, para mostrar logo que seu coração não havia sido regenerado (Atos 8).
Então, o que devemos saber com respeito à nossa fé?
1. Não
pode ser a fé que alguém outro operou em mim. Nesse caso um pastor ou um
evangelista funciona como se fosse o mediador entre Deus e o homem. Quando há
isso a pessoa se torna orgulhosa. Já vi muitos se gloriando em sua fé,
acreditando que foram salvos porque um dia fez uma decisão e que por isso
estavam automaticamente salvas. Não estou duvidando da autenticidade da decisão
de muitos, porque os frutos de salvação logo aparecem na vida, provando que
realmente conheceram a salvação e o Salvador. Por outro lado tenho visto muitos
se gloriarem tanto em sua fé que a salvação é motivo de orgulho. Não há
qualquer evidência que foram quebrantados e que sofreram mudança em seus
corações. Por essa razão tais pessoas se armam contra a pregação bíblica, a
qual vem como espada para descobrir sua situação no íntimo. Não esqueçamos que
Deus requer a verdade no íntimo e não na aparência (Salmo 51:6).
2. Não
pode ser a fé ativada por uma tradição religiosa. Os fariseus eram
ferrenhos em suas tradições e muitos deles eram fervorosos e sinceros.
Nicodemos era assim, mas vemos que ao ouvir o Senhor (João 3), logo ficou
comprovado o quanto aquele homem estava longe do reino de Deus. Muitos são
assim, vivem daquilo que receberam em seus “ninhos” espirituais, assim como
filhotes de aves, o que puseram em suas bocas, eles comeram. Muitos pais
acreditam que por levarem seus filhos à igreja, ensiná-los a cantar e fazer
outras coisas conforme o costume, a fé é verdadeira. Mas quanto engano! Tais
pessoas desconhecem o que a Bíblia ensina sobre o estado do homem desde seu
nascimento. A religião é um mecanismo que auxilia muito na evangelização de
nossos filhos e os pais devem ser os primeiros no trabalho de orar, ensinar a
Palavra e evangelizar seus filhos, a fim de mostrar para eles a necessidade de
conversar a Cristo.
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