“Mas chegai-vos para aqui, vós, os filhos da
agoureira, descendência da adúltera e da prostituta. De quem chasqueais? Contra
quem escancarias a boca e deitais para fora a língua? Porventura, não sois
filhos da transgressão, descendência da falsidade, que vos abrasais na
concupiscência junto aos terebintos, debaixo de toda árvore frondosa, e
sacrificais os filhos nos vales e nas fendas dos penhascos? (Isaías 57:3-7)
NOSSA JORNADA DE
ESCRAVIDÃO: “Que vos inflamais junto...”
Caro leitor estamos conhecendo de perto
o que na prática significa depravação total; estamos vendo, na linguagem
figurativa de Deus o quanto este mundo é um “vale de ossos secos”; estamos
vendo que não há esperança para qualquer mudança do homem, a não ser que o
Senhor desça com sua bagagem de compaixão e envie Seu Espírito, a fim de
realizar aqui a grande obra transformadora nos pecadores, conforme somente Ele
pode fazer. O mundo é como uma panela que ferve de paixão; o mundo vive daquilo
que sente, que vê e que deseja num anseio inexplicável para subir aos mais
altos degraus da soberba. Quero prosseguir examinando essa impressionante e
reveladora passagem de Isaías 57, onde Deus é elevado em Sua grandeza,
majestade, eternidade e santidade, enquanto a vileza do homem é descoberta em
suas mais profundas pretensões e anseios pelo mal. Que o amigo leitor possa,
pela fé compenetrar-se em entrar nesse território, como se estivesse entrando
numa sala de dissecação.
Em seguida vemos que em sua jornada de
escravidão às paixões, eis que os ímpios buscam pela paz: “...debaixo de toda árvore verde...”. Não
tem algo que mais causa agonia nos pecadores do que a ausência de paz nos
intervalos de seus pecados. O efeito imediato do pecado são as ondas impetuosas
de uma guerra sem trégua no íntimo: “Para
o ímpio não há paz” (verso 21). Vemos essa terrível manifestação de um
inevitável conflito no Salmo 46, onde o Espírito de Deus mostra que o mundo é o
que é, agitado, turbulento, assustado e aterrorizado, por causa da angústia de
cada pecador no pecado. O mundo inteiro é uma demonstração coletiva do que é o
homem individual em seus pecados.
Mas, o que fazem os ímpios na intenção
de buscar paz? Será que correm para Deus? Claro que não! A não ser que sejam humilhados
pela verdade e atraídos pela graciosidade do evangelho. Caso contrário eles
correm neste mundo, procurando em todos os “buracos” e em todas as promessas
religiosas alguma coisa que venha lhes tirar a agonia e a culpa que lhes
infernizam o coração. Na linguagem do Senhor vista no texto, veja para onde
eles correm a fim de buscar paz: “...debaixo
de toda árvore verde...”. Esse é o lugar realmente favorável e essa “...árvore verde...” é achada em milhares
de lugares neste mundo. Notem bem que os ímpios simpatizam por tudo aquilo que
satanás mostra no caminho, que pareça com “paz”. Aqui e ali satanás mostra uma “árvore verde” de uma religião bem
trabalhada pela arte de um ou mais falsos mestres. Normalmente satanás e seus
aliados se escondem por detrás de mentiras bem charmosas e elegantes.
Normalmente essas mentiras chegam aos ímpios mostrando que há um deus que
simpatiza com eles, que eles merecem uma vida melhor e que têm direitos nesta
vida. Normalmente a “árvore verde” é vista carregada de
promessas de um bem-estar e de que tudo vai melhorar e que tudo deve ser visto
positivamente e que as dificuldades vão passar. O que os homens fazem? Eles
correm das paixões para buscar um alívio em suas consciências pesadas e
aflitas. Eles lutam para encontrar um deus que lhes favoreça, que diz para eles
continuarem do jeito que estão indo. Eles estão compenetrados em sacrificar
para pagar o melhor e apoiar esses lugares favoráveis, onde ninguém mostre seus
erros; eles fogem da lei de Deus, da verdade que há de mostrar suas misérias.
Por essa razão essas “árvores verdes” serão sempre bem-vindas.
Meu caro leitor, não há lugar de
refúgio para sua pobre alma, a não ser o Salvador bendito. Chegue a Ele em
sincero arrependimento e confissão de seus pecados, e você será imediatamente
aceito por Ele para o perdão e purificação de seus pecados.
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