“Mas chegai-vos para aqui, vós, os filhos da
agoureira, descendência da adúltera e da prostituta. De quem chasqueais? Contra
quem escancarias a boca e deitais para fora a língua? Porventura, não sois
filhos da transgressão, descendência da falsidade, que vos abrasais na
concupiscência junto aos terebintos, debaixo de toda árvore frondosa, e
sacrificais os filhos nos vales e nas fendas dos penhascos? (Isaías 57:3-7)
NOSSA JORNADA DE
ESCRAVIDÃO: “Que vos inflamais junto...”
Caro leitor, o que é o viver do ímpio
neste mundo? Paulo testifica o fato que os crentes viviam como “...escravos de toda sorte de paixões...”
(Tito 3:3). Qual a razão do homem sem Deus viver neste mundo? Não é exatamente
para satisfazer suas concupiscências carnais? Então, a linguagem figurativa do
Senhor no texto de Isaías vem ressaltar a verdade exarada em toda Escritura a
respeito da condição do homem no pecado. Nessa triste situação vivem os ímpios
neste mundo, essa é a jornada deles aqui. Não importa se as paixões envolvem a
carne ou os olhos, tudo é paixão; eles se encontram ligados a isso e querem
satisfazer esses anseios que ardem em seus corpos.
Digo mais que os ímpios em sua jornada
neste mundo está pronto a buscar seus ídolos preferidos, a fim de que eles
venham “abençoar” ainda mais seus caminhos. O mundo está abarrotado de ídolos e
cada um serve exatamente para aquilo que os homens realmente desejam. Os ímpios
não têm qualquer poder de percepção, pois seus pensamentos vivem nas trevas, na
ignorância das realidades eternas, por isso estão sempre prontos para qualquer
influência religiosa, desde que sirva para seus propósitos e malícias. Eles
estão prontos a gastar o que têm; eles estão prontos a fazer terríveis
sacrifícios, mas tudo isso sem qualquer base, sem qualquer bom senso, porque
para eles seus deuses são aqueles que realmente funcionam, nem que sua fé tenha
que aceitar meios supersticiosos. Eles não buscam a verdade, não estão prontos
a investigar tudo. O que importa é o lucro da paixão; o que importa é que eles
obtenham lucros, a fim de gastar com suas paixões terrenas.
Os ímpios em sua jornada por este mundo
amam as religiões que lhes forneçam paixões, não entendimento, não compreensão
da verdade. Eles amam a bebida, a comida, o sexo, as amizades, o descanso, etc.
porque essas coisas são revestidas de paixões. Elas em si não são condenáveis,
elas são vistas pelos crentes como bênçãos e privilégios vindos de Deus, por
isso os crentes dão louvor ao Senhor por essas coisas, mas as considera como o
gozo passageiro deste mundo. Mas os ímpios precisam disso, porque vivem disso,
porque são escravizados a isso. Não neles o Espírito de Deus, então não podem
pensar à luz das verdades que nos foram reveladas e nada podem aprender a não
ser daquilo que é pertence a este mundo e há de morrer aqui.
Caro leitor, eis aí a herança que
homens e mulheres receberam de seus pais por ocasião da queda. O reino deste
mundo é um palco de vaidade e de corrupções que tendem a descer até às
profundezas da maldade. Quando Davi cometeu adultério com Bate-Seba (2 Samuel
11), eis que aquela paixão puxou o assassinato e Davi ficou enclausurado no
silêncio do seu pecado. Deixado sem um confronto sua maldade ganharia uma
dimensão aterrorizante. Foi assim com Amnon, porque quando sentiu-se satisfeito
sexualmente, nem sequer considerou o sofrimento daquela jovem indefesa (2
Samuel 13).
É claro que o juízo vem imediatamente
sobre este mundo apaixonado e descontrolado em suas paixões. O caminho dos
mundanos e perversos segue em direção à punição, a não ser que o Senhor use de
misericórdia. Com Amnon veio a morte certa, porque é claro que o ódio pelo seu
pecado envolveu sua vida. Foi assim com Abimeleque, porque após matar seus
irmãos inocentes, eis que caminhou a passos largos para sua punição merecida.
Nenhum homem pode escapar, a não ser que arrependido encontre com o Salvador e
Senhor.
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