quinta-feira, 3 de abril de 2014

O ÚNICO DIGNO DO NOSSO AMOR (11)




Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema!        Maranata” (1 Coríntios 16:22)

         Caro leitor, se o homem não foi transformado em seu coração, certamente permanece como homem natural (1 Coríntios 2:14), por isso nada pode entender de Cristo, nem pode amá-Lo e desejá-lo. Cristo é tão estranho ao coração; é um visitante indesejável; a porta de sua vida está trancada para ele e sua voz não é reconhecida. O homem no pecado marcha firmemente contra o Senhor em seu viver. Para o mundo Cristo morreu quando foi crucificado, não passa de um defunto. Se os homens no pecado pudessem ver o Senhor, certamente tentaria apagá-lo de uma vez para sempre. Então, não se pode esperar que homens mundanos e carnais vão amar a Cristo. Conhecer o Rei da glória é um privilégio dado por Deus aos salvos. Vemos que o evangelho proclama um Cristo que é entregue aos homens, mas a Palavra de Deus proclama o contrário, pois é Deus que entrega pecadores ao Filho Dele (João 6:37).
         Certamente, os homens são culpados de não amar a Cristo. A vida deles deliberada no pecado os torna extremamente culpados e Paulo afirmou isso quando pregou para os Atenienses: “Deus não leva em conta os tempos da ignorância...” (Atos 17:30). O evangelho vem anunciar que homens e mulheres entraram neste mundo para viverem de forma atrevida contra o Senhor da glória, por isso suas culpas aumentam cada dia. A terra bem como os céus pertence ao Senhor. Tudo foi feito por meio Dele e para Ele. O Pai afirma que o Seu Filho é o herdeiro de todas as coisas (Hebreus 1:1). Por isso os homens devem saber que dar um passo neste mundo, respirar o ar, beber água, alimentar-se, etc. é estar usando coisas que não lhes pertencem. Não viver para amar a Cristo com toda força, mente, alma, e sentimentos é transitar  por caminhos perigosos.
         Digo mais, que o viver dos não salvos mostra que seus interesses estão acima do Senhor. O homem no pecado, ele mesmo é senhor de sua vida. A essência do pecado é viver para si mesmo e não dar a Deus a glória que é somente Dele. Os homens mundanos mostram seus sentimentos naturais estão acima dos valores eternos. Eles constroem a vida em torno daquilo que eles mesmos acham que representa a glória deles. Eles vão amar seus bens, filhos, pais amigos, parentes, bens e entretenimentos de forma extrema. Como podemos esperar que eles podem amar a Cristo? Os mundanos às vezes dão uma impressão de que são religiosos e voltados a Deus, mas é engano, porque o nome de Cristo é usado apenas como um símbolo que esconde o amor que eles têm pelos seus ídolos favoritos. Judas jamais poderia amar o Senhor, porque suas reais intenções estavam voltadas para as riquezas terrenas. Aquele homem rico simplesmente voltou triste para sua casa, porque não estava pronto a perder tudo o que tinha por amor ao Senhor (Lucas 18:23).
         Caro leitor, como podemos esperar que corações não santificados pela graça poderão amar o Senhor? É simplesmente impossível! Os homens no pecado sempre hão de negar o Senhor. Seus corações tão fascinados pelas concupiscências e famas mundanas, hão de recusar o Rei da glória em suas vidas. Cristo jamais será permitido entrar no ambiente mundano e carnal deles. Mas a Palavra de Deus não é dirigida, senão aos salvos. A bíblia é Deus falando aos que podem ouvi-Lo (Apocalipse 2:22).
         Ó caro leitor, pertencer a Cristo é um privilégio da graça! Mesmo os que são crentes devem entender que são o que são pela graça, pois do contrário estaríamos prontos a negar nosso Senhor. A natureza carnal nada pode oferecer de bom ao Senhor. Às vezes agimos com prepotência como Pedro, mas não demora e Deus nos solta, a fim de mostrar que estamos dispostos a negar nosso Senhor. Amar a Cristo é obra da graça transformadora e é um exercício continuo no viver dos crentes. O amor de Cristo pelo Seu povo é o mesmo perfeito amor, mas nosso amor é frágil e inconstante, por isso precisamos continuamente buscar os recursos da graça, a fim de sejamos mantidos humildes e dependentes do Senhor, a fim de que jamais venhamos a vacilar.

        
        

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