sábado, 5 de abril de 2014

O SALÁRIO DO PECADO (19)




Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
GRAÇA EM CONTRASTE COM A MORTE (introdução):
         Amado leitor, certo estou que ao pregar neste verso estarei condenando o pecado em toda sua atividade enganosa. A partir de hoje quero mostrar as maravilhas da superabundante graça. A única forma de triunfar sobre o império do pecado e da morte é a manifestação da soberana ação da graça. O enfermo se alegra pelo remédio; o náufrago se alegra pelo socorro; o prisioneiro pela chave que lhe abre as portas da liberdade; o pecador humilde e quebrantado se alegra pela gloriosa graça. É tal ensino que trouxe a igreja à existência, que edifica os santos e traz regozijo aos pecadores arrependidos.
         Vemos em Romanos 5:21 como Paulo compara os atos do pecado em seu reino de morte com os atos da graça em dar vida: “...onde abundou o pecado, superabundou a graça”. O que Paulo quer dizer com isso? A lição é realmente preciosa! O trabalho do pecado foi terrível no mundo inteiro, inundou tudo, trazendo seus efeitos arrasadores em todos os lugares. Em qualquer lugar deste planeta, o efeito do pecado é o mesmo – a morte. O peso atroz do pecado força tudo para baixo em direção à boca do inferno. Toda criação geme, submetida a um programa que não resulta em glórias para o criador, mas sim em nulidade, num inútil esforço dos homens (Romanos 8:18-22), dando ânsia de vômito à própria terra devido a maldade do pecado vista nos atos dos homens. (Levítico 18:25).
         Porém, a graça entrou como um dilúvio, inundando todo império das trevas, mostrando ser triunfante e invencível, porquanto entrou para dar vida onde há somente mortos. Convido o amigo leitor a examinar comigo essa poderosa ação da graça fazendo um contraste entre a primeira e a segunda criação (compare Gênesis 1 com 2 Coríntios 5:17). Examinando bem Gênesis 1, presenciamos o Deus criando todas as coisas a partir do nada. É bem claro que todas as coisas vieram à existência mediante a Palavra de Deus: “Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir” (Salmo 33:9). Ainda em Hebreus 11:3 afirma-se que: “...foi o universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”.
         Porém, na segunda criação foi diferente, porquanto graça entrou para realizar sua obra criadora ainda de forma mais maravilhosa e gloriosa, porque tudo seria erguido onde só havia a grande tragédia do pecado e da morte. Na primeira Deus descansa no sétimo dia, mas na segunda criação uma pessoa da trindade afirma: “Meu trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5:17). Na tragédia resultante do terremoto no Haiti, milhares morreram, mas outros milhares conseguiram escapar com vida. Porém quando entrou o pecado a morte assolou toda raça, e assim a graça entrou para conceder vida onde não havia qualquer sinal de vida.
         Amigo leitor, Cristo não veio ao mundo para consertar pernas quebradas, restabelecer vistas defeituosas e outros efeitos físicos causados pelo pecado. O salário do pecado não é um mero defeito físico, mas sim A MORTE. Nosso Senhor transborda o cap. 5 do evangelho de João com o precioso ensino que Ele veio ao mundo cumprir a vontade do Pai em conceder vida aos mortos. Que adianta um médico arrumar um olho de um defunto? Consertar um braço quebrado de um morto? Oh! Que tristeza ver como este mundo se ocupa com as vaidades físicas! É claro que Cristo curou milhares de pessoas, mas para mostrar a perfeição que haverá para os salvos na ressurreição dos mortos.
         Afinal, qual é a ocupação do Senhor? O que o Pai e o Filho estão fazendo agora neste mundo? A resposta aparece em João 5:24: “...quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”. O amigo leitor pode perceber a ação gloriosa da Palavra em trazer pecadores da morte para vida? É exatamente isso o que Ele está fazendo agora quando pecadores são salvos.

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