“Porque o salário do pecado é a morte, mas
o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos
6:23.
OS LAÇOS DA MORTE: (continuação)
Caro
leitor, voltemos de coração a encarar firmemente a triste situação na qual se
encontra o homem no pecado, recebendo continuamente a vil recompensa por estar
servindo ao pecado na prática da iniqüidade. Como podemos ouvidar um assunto
deste? Como podemos deixar sem qualquer luz da verdade aqueles que estão perambulando
nas trevas, sem saber que apenas escorregam em direção ao abismo? No próprio
texto chave brilha a luz da graça: “... mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus nosso Senhor”. Em nada tenho deixado o amigo leitor sem que
veja a porta de escape dessa maravilhosa graça, a fim de que a alma aflita em
seu desespero corra para os braços misericordiosos do Salvador e Senhor.
Assim
como um filhote de antílope é deixado vivo por um pouco para o treinamento dos
filhotes de uma feroz leoa, para logo ser devorado, assim também, no pecado os
homens ficam entretidos e ocupados e não sabem que a qualquer momento podem
receber o golpe da morte. Como essa “leoa faminta” anseia por uma alma
desamparada! Quando vou pescar e sinto que um peixe mordeu a isca, com um puxão
normalmente sou bem sucedido em fisgar. A morte é bem sucedida quando autorizada
a dar o “puxão”, e os homens não sabem que a qualquer momento podem estar
mordendo a isca fatal. Minha esposa quando estava fazendo técnico de enfermagem
presenciou o cadáver de um homem que fora surpreendido pela fisgada pela morte
ao tentar engolir um pedaço de carne num churrasco.
Convido
o leitor a retornar à passagem de Isaías 28. Creio que o leitor atento pode
lembrar bem do que aconteceu com a liderança política e religiosa de Israel,
porquanto eles querendo viver em seus caminhos tortuosos faziam aliança com a
morte e o além, escondendo assim na mentira e falsidade das falcatruas
religiosas. Estavam certos que quando passasse o “dilúvio do açoite” jamais
seriam atingidos (verso 15). Ah! Quanto o engano do pecado ludibria o coração
insensato! Aquele povo desconhecia o Deus de Israel; achavam que o Senhor era
semelhante aos ídolos. Desconhecia que o Deus de misericórdia era, também, o
Deus de juízo e de justiça. Observe
atentamente no que diz o Senhor no verso 17: “Farei do juízo e régua e da
justiça o prumo...”. O que o Senhor quer dizer com essas palavras? Essas
palavras são de severa advertência, pois não somente Deus iria agir com eles horizontalmente:
“Farei do juízo a régua...”. Para quem conhece a régua, ela é posta de forma
horizontal. O Senhor iria julgar os atos malignos daqueles homens; eles seriam
pegos em suas obras pecaminosas, atitudes que prejudicavam seus semelhantes. O
juízo de Deus viria inevitavelmente sobre eles.
Mas
o Senhor afirma no texto: “farei... da justiça o prumo...”. Agora o Deus de
toda misericórdia mostra sua justiça, e o trabalho da justiça é visto de forma
vertical, “o prumo”. Impressionante! Como o Senhor faria isso? O próprio texto
responde: “...a saraiva varrerá o refúgio e as águas arrastarão o esconderijo.
O amigo leitor pode ver o que Deus faz quando Ele retira sua misericórdia? Fica
Seu juízo e sua justiça. Ah! Que tristeza quando as nuvens negras do juízo e
justiça de Deus encobrem o sol da Sua misericórdia! Os homens no pecado pensam
que podem ficar escondido de Deus, e não sabem que não existem esconderijo
contra o Senhor; que não adianta se esconder em falsos refúgios religiosos.
Toda tentativa é vã, todo esforço é inútil. O juízo de Deus chega como uma
terrível saraiva para descobrir as maldades escondidas e a justiça de Deus vem
como a força tremenda das águas para destruir as fortalezas onde os homens
estão escondidos.
Mas
eis que sempre a misericórdia do Senhor brilha para um coração contrito,
arrependido, para salvar essa alma com grande poder libertador.
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