“Eu lhes dou a vida eterna, jamais perecerão eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão”. “(João 10:28)
SINAIS DE VIDA (segunda)
Amigo leitor, o
Filho eterno de Deus afirma nesta maravilhosa passagem que as Suas ovelhas “jamais
perecerão eternamente”. Isso é perfeitamente lógico! Se o lugar dos mortos é
entre os mortos, naturalmente o lugar dos vivos é entre os vivos. A ovelha foi
salva? Sim! Recebeu a vida eterna? Sim! Então, jamais poderá perecer. Seria irracional
ver alguém que um dia foi salvo, foi-lhe dado vida eterna, e agora partindo
para o inferno! Absurdo dos absurdos! É o cúmulo do engano!
O que o Senhor
Jesus está declarando neste verso? Simplesmente o Senhor está expondo o
glorioso trabalho da graça de Deus, operando na salvação do pecador perdido.
Como diz no cap. 1 do mesmo evangelho, no verso 16: “Porque todos nós temos
recebido de sua plenitude, e graça sobre graça”. Então, o autor da vida está
apenas mostrando o resultado da salvação eterna que Deus oferece ao pecador. A
pessoa que é nascida de novo passa a ter uma vida nova que advém do novo
nascimento, a vida eterna, e então tal pessoa jamais poderá ir para o
sofrimento eterno, como está dito na frase: “jamais perecerão eternamente”.
É impossível para
aquele que é salvo descer ao abismo de trevas e desespero eterno. Ali é o lugar
da ira flamejante, do furor desse justo Deus; é o lugar do castigo eterno; é
demonstração da eterna vingança de um Deus que não pode tolerar a presença do
pecado. Mas, aquele que nasceu de novo está plenamente livre da ira justa desse
santo Senhor. Ele já nasceu de novo; agora possui a natureza de Deus (2Pedro.1:3).
Ele é agora alguém que entrou na família celestial (Efésios 2:19); foi redimido,
comprado com um altíssimo preço de sangue (1 Pedro 1:18, 19); e é agora um herdeiro dos céus (2 Pedro 1:4).
É fato que antes
ele se encontrava longe, separado, réu, condenado, era um filho da ira, mas foi
aproximado pelo sangue da cruz e feito concidadão dos santos. A graça livre e
soberana desse Deus foi quem realizou tal obra na vida dessa pessoa. Nada houve
nele que merecesse a bondade de Deus, pelo contrário, era o mais indigno dos
pecadores. Nada que agradasse ao Senhor existia no seu coração, tão somente ali
era a oficina da maldade; no sentido espiritual, desde a planta do pé até a sua
cabeça, só existia chagas da iniquidade. Não somente a justiça de Deus exigia
que ele fosse atirado ao poço da perdição, mas também exigia que fosse contado
entre aqueles habitantes do fogo eterno.
Se fosse contar os
pecados cometidos diariamente por pensamento, palavras e por obras, a soma
seria incalculável. Seria uma multidão inumerável de pecados como a areia das
praias. Não se pode medir a profundidade da culpa do homem; nem a altura de sua
transgressão; nem o comprimento e largura de sua maldade. Eis aí a foto do
homem espiritualmente morto, tão horrível! É a desgraça do pecado na vida do
ser humano. Tal era a situação da pessoa que agora é salva. Foi a ação da livre
graça de Deus operando e lhe concedendo vida nova. Foi obra soberana de Deus no
pecador salvo. O Senhor Deus não tem obrigação de salvar ninguém; Ele é livre
para agir, salvando quem Ele quiser salvar, e tem prazer em chamar pecadores
humilhados ao conhecimento dessa tão grande salvação.
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