quinta-feira, 3 de abril de 2014

CRISTO E SUAS OVELHAS (32)




 “Eu lhes dou a vida eterna, jamais perecerão eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão”. “(João 10:28)

SINAIS DE VIDA (segunda)
Amigo leitor, o Filho eterno de Deus afirma nesta maravilhosa passagem que as Suas ovelhas “jamais perecerão eternamente”. Isso é perfeitamente lógico! Se o lugar dos mortos é entre os mortos, naturalmente o lugar dos vivos é entre os vivos. A ovelha foi salva? Sim! Recebeu a vida eterna? Sim! Então, jamais poderá perecer. Seria irracional ver alguém que um dia foi salvo, foi-lhe dado vida eterna, e agora partindo para o inferno! Absurdo dos absurdos! É o cúmulo do engano!
O que o Senhor Jesus está declarando neste verso? Simplesmente o Senhor está expondo o glorioso trabalho da graça de Deus, operando na salvação do pecador perdido. Como diz no cap. 1 do mesmo evangelho, no verso 16: “Porque todos nós temos recebido de sua plenitude, e graça sobre graça”. Então, o autor da vida está apenas mostrando o resultado da salvação eterna que Deus oferece ao pecador. A pessoa que é nascida de novo passa a ter uma vida nova que advém do novo nascimento, a vida eterna, e então tal pessoa jamais poderá ir para o sofrimento eterno, como está dito na frase: “jamais perecerão eternamente”.
É impossível para aquele que é salvo descer ao abismo de trevas e desespero eterno. Ali é o lugar da ira flamejante, do furor desse justo Deus; é o lugar do castigo eterno; é demonstração da eterna vingança de um Deus que não pode tolerar a presença do pecado. Mas, aquele que nasceu de novo está plenamente livre da ira justa desse santo Senhor. Ele já nasceu de novo; agora possui a natureza de Deus (2Pedro.1:3). Ele é agora alguém que entrou na família celestial (Efésios 2:19); foi redimido, comprado com um altíssimo preço de sangue (1 Pedro 1:18, 19);  e é agora um herdeiro dos céus (2 Pedro 1:4).
É fato que antes ele se encontrava longe, separado, réu, condenado, era um filho da ira, mas foi aproximado pelo sangue da cruz e feito concidadão dos santos. A graça livre e soberana desse Deus foi quem realizou tal obra na vida dessa pessoa. Nada houve nele que merecesse a bondade de Deus, pelo contrário, era o mais indigno dos pecadores. Nada que agradasse ao Senhor existia no seu coração, tão somente ali era a oficina da maldade; no sentido espiritual, desde a planta do pé até a sua cabeça, só existia chagas da iniquidade. Não somente a justiça de Deus exigia que ele fosse atirado ao poço da perdição, mas também exigia que fosse contado entre aqueles habitantes do fogo eterno. 
Se fosse contar os pecados cometidos diariamente por pensamento, palavras e por obras, a soma seria incalculável. Seria uma multidão inumerável de pecados como a areia das praias. Não se pode medir a profundidade da culpa do homem; nem a altura de sua transgressão; nem o comprimento e largura de sua maldade. Eis aí a foto do homem espiritualmente morto, tão horrível! É a desgraça do pecado na vida do ser humano. Tal era a situação da pessoa que agora é salva. Foi a ação da livre graça de Deus operando e lhe concedendo vida nova. Foi obra soberana de Deus no pecador salvo. O Senhor Deus não tem obrigação de salvar ninguém; Ele é livre para agir, salvando quem Ele quiser salvar, e tem prazer em chamar pecadores humilhados ao conhecimento dessa tão grande salvação.

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