sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PROTESTO DE PASTORES BATISTAS




"Nós protestamos.
Protestamos contra a dança e a coreografia no culto que prestamos a Deus e em nossas igrejas batistas. O culto que agrada a Deus não é estético, é espiritual; não é profano, é sacro; não é fundamentado na sociologia e na antropologia, mas na teologia.
         Protestamos contra as igrejas batistas que transformaram suas plataformas de púlpito, obreiros e músicos em palcos para a realização de espetáculos! O culto não é show!
         Protestamos contra aqueles que defendem os dons de sinais como contemporâneos às igrejas. Protestamos contra os atuais profetas de igreja, contra aqueles que dizem receber revelações extra-bíblicas, contra aqueles que dizem ter "ministrações" em português ou em línguas estranhas.
Protestamos contra a teologia da prosperidade, que invade a nossa teologia e os nossos cultos, escravizando o povo ao mero sucesso financeiro em detrimento da verdadeira riqueza celestial!
         Protestamos contra as unções que inventaram para a atualidade! Nós não cremos - e desafiamos quem crê - a mostrar-nos nas Escrituras Sagradas as tais "unção de primogenitura", "unção de conquista", unção apostólica" ou quaisquer outras!
         Protestamos contra a existência de apóstolos modernos, pois não houve nem sucessão nem restauração deste ministério. Eles, os bíblicos, foram suficientes e foram escolhidos por Cristo. Nós somos apenas auxiliares do Supremo Pastor, nada mais que isso. Não há mais apóstolos!
         Protestamos contra sistemas de crescimento de igreja que tendem a transformá-las em fábrica de adeptos ou postos de venda de grandes indústrias religiosas. Protestamos contra esquemas mirabolantes de ampliação e de modificação de igrejas, à luz de supostos líderes evangélicos que mantém fé dúbia e pouco ortodoxa! Protestamos contra G12, M12, contra Igrejas Com Propósitos ou qualquer outro sistema que queira impor uma eclesiologia diferente a uma igreja batista!
         Protestamos contra o pastorado feminino! Mulheres e homens são iguais perante Deus; mulheres e homens têm livre acesso ao Senhor. Mas mulheres têm funções diferentes das dos homens e nas páginas da bíblia não foi confiado às mulheres o ministério pastoral. Isto não as desmerece diante dos homens. Deus nos criou com ministérios diferentes e nós ainda cremos na Bíblia sem precisar mudá-la, ampliá-la ou adaptá-la! Não reconhecemos o ministério pastoral feminino batista!
         Cremos na Bíblia como única Palavra de Deus, inerrante, verdadeira, fiel, isenta de manchas ou erros. Nós cremos na Bíblia e só na Bíblia. Não precisamos de novos intérpretes, novas versões ou traduções contemporâneas para compreender qual é a Palavra de Deus revelada. Protestamos contra as versões modernas e adulteradoras da Palavra e não aceitamos a chamada re-leitura das Escrituras!
Protestamos contra o culto antropocêntrico, que faz do homem e de suas necessidades a razão de ser das atividades eclesiásticas e religiosas. Protestamos também contra todo culto que não seja direcionado a Deus! Protestamos contra o culto que exalta o homem e que busca a glória humana!
         Rejeitamos o ecumenismo e não admitimos uma fé misturada com paganismos, tradições, modismos e com opiniões meramente humanas. Protestamos contra igrejas batistas que perderam os seus distintivos, os seus princípios, as suas raízes e se tornaram meras agremiações liberais religiosas!
         Protestamos contra as organizações eclesiásticas dominadoras, que querem transformar as igrejas em entidades dirigidas por uma convenção ou associação. Nós ainda cremos na autonomia das igrejas locais e na independência das igrejas! Cremos na cooperação dos batistas, mas não na intromissão das entidades na administração local. Protestamos contra a tendência atual de bispado e de sedes eclesiásticas para batistas!
         Protestamos contra o modernismo religioso, contra o liberalismo teológico, contra o evolucionismo e neopentecostalismo que já encontramos em nossas literaturas batistas e em nossos seminários infiéis.
         Sim. Somos protestantes."

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