quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (20)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
                                               A vida de Davi
         Prezado amigo, como Davi começou sua caminhada rumo à queda? Não esqueçamos o que dissemos na meditação anterior, que se afastarmos orgulhosamente da graça e tomarmos decisões fora da vontade de Deus; se procurarmos lisonjear a carne e alimentar suas paixões, certamente um mal atrairá outro mal maior. No caso de Davi, como ocorreu? Começou quando ele escolheu Joabe para ser o comandante do exército de Israel. Ora, Deus concedeu a Davi pelo menos setenta homens considerados heróis, homens corajosos, valentes e que estavam dispostos a morrer pelo bem do rei e do povo de Israel. Mas Joabe não fazia parte desses valentes. A vida de Joabe foi caracterizada pelo ciúme, inveja e disposição em manter sua posição, mesmo custando a vida de outros, como foi no assassinato de Abner e Amasa.
         A sombra de Joabe no reinado de Davi foi de um astucioso assassino. Percebemos isso na queda de Davi quando adulterou com Bate-Seba (2 Samuel 11). Percebe-se que a paixão de Davi pela mulher de Urias não começou assim que ele a presenciou tomando banho. Por que Davi ficou em Jerusalém, não saindo com seu exército para a guerra? Por que mandar tirar Urias da batalha, fazendo-o vir a Jerusalém trazer notícias da guerra? Por que ao comunicar com Joabe sobre a necessidade de matar Urias pelas mãos dos moabitas, Joabe nem sequer contestou a crueldade do rei contra um de seus melhores homens?  Concluímos, portanto, que houve um plano bem combinado para que o rei pudesse deitar com a mulher de Urias, sem que este soubesse.  
         Caro leitor deu para perceber como foi a caminhada de Davi rumo àquela vertiginosa queda? Ao associar-se com o perverso, simplesmente o rei aliou-se com a iniqüidade, abandonando sua humilde dependência da graça. Quando abrigamo-nos debaixo da sombra do mal, imediatamente somos tomados pela arte enganosa do pecado; ficamos cativados pela influência sedutora do pecado no coração. Naquele momento acende o interesse em buscar os direitos egoístas da carne; naquele momento somos enfeitiçados pela arte da carne em deificar e afagar o ego; naquele momento desaparece o temor ao Senhor que leva o homem a fugir do mal. A iniqüidade chega como uma sucuri aprisionando e dominando inteiramente todo ser, fazendo da pessoa um refém do pecado, diante do qual inevitavelmente cairá.
         Cadê o rei Davi? Onde está o homem segundo o coração de Deus? Agora presenciamos não aquele que fora chamado para guerrear as guerras de Deus; não aquele que fora colocado no trono para trazer justiça e paz ao povo de Deus e assim glorificar o Nome de Jeová perante os olhos das nações vizinhas. O que aparece no cap. 11de 2 Samuel é um covarde, um adúltero, e onde está o adúltero está um assassino, o qual está atraindo a destruição, não somente para uma família, mas também para si, para sua família e para seu reino.
         Amigo leitor considere essa caminhada rumo à destruição. Satanás, ultimamente, tem feito com que milhares caiam nesse abismo. Muitos estão nessa prática maligna achando que nada têm feito de errado. Muitos já entraram na avenida dos prazeres e vão tramitando com a impureza por meio das novelas, de revistas, de filmes imorais e de outros meios. O caminho do abismo é muito atraente, sedutor e aliciador do ego.
         Muitos que são chamados de crentes acham que podem caminhar rumo ao céu sem pautar um viver de santidade. Acham que mesmo alimentando a carne com suas vis paixões, poderão ver a face do Senhor um dia. Quanto engano! A exortação bíblica é bem clara: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). Eis agora o momento propício para um grande avivamento! Para uma profunda manifestação de tristeza e de quebrantamento, a fim de que homens e mulheres conheçam o Deus da bíblia!

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