segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO (10)




Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
         A NECESSIDADE DA SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode vir a mim...”
         Prezado leitor, nosso labor consiste em mostrar no texto a necessidade da soberania de Deus na salvação do perdido. Nosso Senhor mostra a completa impossibilidade do homem em dirigir-se a Ele por autodeterminação, por sua volição. Creio que é um tema momentoso e cheio de preciosidade doutrinária para o povo de Deus neste momento, quando o humanismo tem chegado ao seu ponto culminante. Onde brilha a glória humana, a suprema glória de Cristo é retirada; quando a presença do Rei da glória se afasta, os homens ficam envoltos pelo espírito de engano, mentiras e orgulho; sobressai a aparência religiosa e desaparece o temor ao Senhor.
         Na meditação anterior fechei a página mostrando o precioso e glorioso ensino do novo nascimento visto em João 1:13. Nosso Senhor deixou o assunto ainda mais esclarecido naquele encontro com Nicodemos, conforme o cap. 3 de João. Nicodemos era um sincero religioso, membro da seita dos fariseus; percebe-se que toda sua estrutura religiosa revelou-se fragilizada, sem qualquer poder de convicção perante os argumentos da verdade proferidos pelo Senhor. Cristo foi bem enfático: “...Necessário vos é nascer de novo” (3:7). Nicodemos não passava de um homem natural; sua mente estava obscurecida pelo pecado; compreendia as coisas religiosas do ponto de vista mundano. Nosso Senhor estava mostrando àquele homem que, não obstante sua religiosidade, seu conhecimento teórico do Velho Testamento, estava longe do reino de Deus, incapaz de entender verdades eternas.
         Nicodemos entendia bem a linguagem natural, desta vida terrena e passageira; desconhecia a salvação apresentada nas Escrituras; desconhecia a provisão celestial para que pecadores perdidos pudessem escapar da Ira vindoura (3:16); mesmo sendo um homem bondoso e religioso aos olhos dos homens, Nicodemos se encontrava num estado de rebeldia contra o Filho, desconhecia na vida o amor de Deus, por isso estava debaixo da Ira de Deus (3:36). Quantas pessoas estão como Nicodemos! Quantas almas enganadas no íntimo, confiando na aparência religiosa; descansando numa paz perigosa, paz que não vem da cruz, da redenção pelo sangue! “...Necessário vos é nascer de novo!”. Sem essa obra feita pelo Espírito e pela Palavra, os homens continuarão na mesma condição em Adão; pertencentes ao velho homem e vivendo sem Deus no mundo (Efésios 2:12).
         Querido leitor, a salvação bíblica é algo do céu; nascer de novo é um milagre. Ninguém nasce porque quer nascer. Assim também nascer de novo é uma decisão de Deus; é a vontade soberana em ação; é Deus chamando novas criaturas à existência, corações transformados, salvos da terrível condenação e aptos para viver neste mundo em plena disposição de guerra contra o diabo, o mundo e a carne (Romanos 8:14). É pelo milagre do novo nascimento que homens e mulheres recebem a vida celestial, aspiram as coisas eternas (Colossenses 3:1), são chamados de herdeiros de Deus e vão residir eternamente na Nova Jerusalém.
         Prezado amigo, em poucas palavras pude entregar esse documento doutrinário em suas mãos. Minha esperança é que seu coração ficou humilhado perante esses fatos incríveis, revelados a nós pela misericórdia. Não passa de um ato de loucura fugir da verdade que transporta homens e mulheres das trevas para a maravilhosa luz! Portanto, encare essa verdade do novo nascimento em sua vida! Não tenha medo, pois o Senhor é maravilhoso! Quanto mais humilharmos perante Ele, melhor! Quanto mais descermos ao pó e entendermos nossa triste condição em Adão, melhor para nós, seres caídos em Adão! Aproveite enquanto brilha o sol da misericórdia! Deus enviou Seu glorioso Filho para arrancar pecadores humilhados dessa condição tão triste! Ele mesmo conheceu nossa triste situação por experiência!

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