Mackintosh
A
morte é o limite do domínio de Satanás. Os seus domínios não se estendem para
além da tumba; mas a nova criação começa do outro lado da morte. Descobrimo-la
quando dirigimos o nosso olhar desde aquela tumba onde o Príncipe da vida foi
sepultado, até ao Céu. Ela esparge sobre nós os brilhantes raios das suas
glórias por entre um cenário, onde a morte não pode jamais entrar, onde o
pecado e a aflição são desconhecidos, onde o silvo da serpente jamais pode ser
ouvido e os seus odiosos rastros vistos. “Tudo provém de Deus”.
Agora bem, se este aspecto da nova criação fosse compreendido claramente, resolveria um sem número de dificuldades, acalmaria as perplexidades do coração e simplificaria as coisas de maneira notável. Se olharmos ao nosso redor, ao que se chama o mundo religioso, ou à igreja professante, o que vemos? Um sem número de esforços para melhorar o homem na sua condição adâmica, natural ou da velha criação. A filantropia, a ciência, a filosofia, a religião põem-se em jogo. Todo o tipo de alavanca moral se põe em ação com o objetivo de elevar o homem na escala da existência. O que querem dizer os homens quando falam de «elevar as massas»? Quão longe podem chegar nas suas ações? Até que grau as poderiam elevar? Poderiam localizá-las na nova criação? Certamente que não, sabendo que nesta criação “tudo provém de Deus”.
Agora bem, se este aspecto da nova criação fosse compreendido claramente, resolveria um sem número de dificuldades, acalmaria as perplexidades do coração e simplificaria as coisas de maneira notável. Se olharmos ao nosso redor, ao que se chama o mundo religioso, ou à igreja professante, o que vemos? Um sem número de esforços para melhorar o homem na sua condição adâmica, natural ou da velha criação. A filantropia, a ciência, a filosofia, a religião põem-se em jogo. Todo o tipo de alavanca moral se põe em ação com o objetivo de elevar o homem na escala da existência. O que querem dizer os homens quando falam de «elevar as massas»? Quão longe podem chegar nas suas ações? Até que grau as poderiam elevar? Poderiam localizá-las na nova criação? Certamente que não, sabendo que nesta criação “tudo provém de Deus”.
Mas
então, o que são estas «massas» que os homens procuram elevar? São elas
nascidas da carne ou do Espírito? Da carne certamente! Mas, então “o que é
nascido da carne, carne é.” Você pode elevar a carne tão alto como lhe agrade.
Pode aplicar a mais poderosa alavanca e fazê-la subir ao ponto mais elevado ao
qual se possa chegar. Pode educá-la, cultivá-la e refiná-la, tanto quanto o
queira. Que a ciência, a filosofia, a religião (assim chamada) e a filantropia
ponham ao seu dispor todos os seus recursos; com tudo isso, o que se consegue
obter? Não se pode fazer da carne, espírito. Não é possível introduzi-la na
nova criação. Não se pode formar o primeiro grande vínculo da vida eterna. Você
não terá feito absolutamente nada pelo homem, ainda que pelo melhor deles; não
terá feito nada pelo seu interesse espiritual e eterno. Tê-lo-á deixado no seu
antigo estado adâmico, nas circunstâncias da velha criação. Tê-lo-á deixado nos
seus perigos, na sua responsabilidade, nos seus pecados, na sua culpabilidade;
tê-lo-á deixado exposto à justa ira de um Deus que aborrece o pecado. Pode ser
que seja mais cultivado no seu estado de pecado, mas é de todas as maneiras
culpado. A cultura não pode tirar a culpa; a educação não pode apagar os
pecados; a civilização não pode dissipar do horizonte do homem as sombras e as
pesadas nuvens da morte e do juízo.
Que
não se nos vá interpretar mal. Não é nossa intenção menosprezar a educação nem
a civilização, a filantropia nem a verdadeira filosofia. O que queremos — e
afirmamo-lo com total claridade— é que se tenham estas coisas pelo que
realmente merecem, que sejam estimadas no seu justo valor. Estamos dispostos a
deixar a margem mais ampla que se requeira para incluir todas as vantagens
possíveis da educação em todos os seus ramos. Concedido isto, retomemos com
renovadas forças à nossa tese, ou seja: que na educação das «massas» se eleva
precisamente o que não tem nenhuma existência diante de Deus, nenhum lugar na
nova criação.
Pois
bem, repetimo-lo com ênfase e insistimos com energia neste ponto: que até que
não se haja feito entrar a alma na nova criação, nada absolutamente se terá
feito por ela no que respeita à eternidade, ao Céu e a Deus. É certo que se
pode aplainar o caminho do homem neste mundo; que se podem polir do grande
caminho da vida humana algumas asperezas; que se pode alimentar a carne no seio
enganoso do luxo e das comodidades; que se pode fazer tudo isto e muito mais;
que se pode coroar a cabeça do homem com os mais apreciados louros que o homem
tenha podido ganhar, nas distintas arenas, competindo na sua luta pela fama.
Você pode adornar o seu nome com todos os títulos que jamais haja recebido um
mortal, e, depois de tudo isto, deixá-lo nos seus pecados, exposto à morte e à
condenação eterna. Se o primeiro grande laço não se forma, a alma é como uma
embarcação desprendida das suas amarras e impelida pelos ventos borrascosos no
meio do mar agitado, sem timão nem bússola.
Queremos chamar seriamente a atenção do leitor sobre este ponto, pois sentimos profundamente a sua imensa importância prática. Cremos que é difícil achar uma verdade à qual o inimigo faça uma oposição mais ardente e mais constante que a da nova criação. Ele conhece perfeitamente a sua poderosa influência moral, o poder que tem sobre a alma para desprendê-la das coisas presentes, para produzir a renuncia ao mundo, para elevá-la de maneira prática e habitual, acima das coisas presentes e sensíveis. Daí que o seu esforço se concentre em manter as pessoas sempre ocupadas na desventurada tarefa de tratar de elevar a natureza e de melhorar o mundo.
Queremos chamar seriamente a atenção do leitor sobre este ponto, pois sentimos profundamente a sua imensa importância prática. Cremos que é difícil achar uma verdade à qual o inimigo faça uma oposição mais ardente e mais constante que a da nova criação. Ele conhece perfeitamente a sua poderosa influência moral, o poder que tem sobre a alma para desprendê-la das coisas presentes, para produzir a renuncia ao mundo, para elevá-la de maneira prática e habitual, acima das coisas presentes e sensíveis. Daí que o seu esforço se concentre em manter as pessoas sempre ocupadas na desventurada tarefa de tratar de elevar a natureza e de melhorar o mundo.
Não
tem nenhuma objeção contra a moralidade, ou a religião, como tais, em todas suas
formas. Servir-se-á do próprio cristianismo como meio para melhorar a velha
natureza. A sua obra mestra é, sem dúvida, é coser como uma «nova peça» a
religião cristã, sobre o «velho vestido» da natureza caída. Você pode fazer o
que quiser sempre e enquanto que deixe o homem na antiga criação; porque
Satanás sabe muito bem que em todo o tempo que você o deixe ali, permanecerá
nas suas garras. Tudo o que seja da antiga criação acha-se nas garras de
Satanás e dentro do alcance das suas armas. Tudo o que pertence à nova criação
escapa ao seu poder. “O que é engendrado de Deus guarda-se, e o maligno não lhe
toca” (1ª João 5:18 , Versão Moderna castelhana). Não diz que o crente se
guarda a si mesmo, e o maligno não lhe toca. O crente é um ser complexo que se compõe
de duas naturezas: a velha e a nova, a carne e o espírito, e se ele não vigia,
“o maligno” imediatamente o tocará e o transtornará. Mas, a natureza divina, a
nova criação, não pode ser tocada, e enquanto isso marchemos na energia desta
natureza divina, e respiremos a atmosfera desta nova criação, estaremos
perfeitamente resguardados de todos os assaltos do inimigo.
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