LIÇÃO BÍBLICA: JEREMIAS 17:1-10
Texto bíblico para memorização: “Bendito o
homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor” (Jeremias 17:7).
INTRODUÇÃO:
Nestes dias quando vemos uma verdadeira onda de
indefinição teológica; quando tudo é aceitável, desde que tenha o nome de
“Deus” e o nome de “Jesus”, é de se esperar que reine grande confusão, também,
quanto ao assunto de oração. Quando não há mais ortodoxia teológica, não há
alicerce firme onde podemos assentar nossa “casa espiritual”. Crentes sinceros
estão sendo conduzidos na escuridão quanto a esse assunto; às pessoas não
salvas estão sendo ensinadas que elas precisam orar mais a fim de resolver seus
problemas. Não há dúvidas que Satanás está envolvido nessa situação a fim de
manter os homens cegos quanto às verdades eternais, e nós não devemos ignorar
os seus ardis.
FÉ DEFINIDA
A solução é uma volta de coração à Palavra
Inspirada. O alicerce bíblico está definidamente pronto, precisamos somente
construir e firmar nossa fé Santíssima naquilo que jamais nos deixará abalados,
inclusive no que concerne à oração. O povo de Deus precisa ser bem definido
quanto à fé cristã. Uma sondagem bíblica mostrar-nos-á, que muito do que afirmam ser oração da fé, nada tem de
aprovação da Palavra inspirada. Se não for de Deus, não deve ter nossa
aprovação, nem nosso interesse de imitar. Uma boa maneira de chegarmos à uma
definição positiva do que realmente é
oração, é também definindo o que não é oração:
1. NÃO É ALGO PARA DETERMINAR O QUE DEUS DEVE FAZER
Certamente não é mais novidade ouvir orações de
pessoas que querem determinar com suas palavras o que Deus deve fazer. Baseia
em textos isolados, como o verso onde Jesus diz: “Por isso, vos digo que tudo
quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco” (Marcos
11:24). Realmente o Senhor está falando do poder da fé, mas em Marcos, como em
todos os quatro evangelhos, temos um preparo para a chegada da gloriosa fé que
viria com a descida do Espírito Santo e com a pregação do Evangelho.
Com todos os verdadeiros crentes acontece,
quando oram, exatamente o que é dito em 1 João 5:14: “E esta é a confiança que
temos para com Ele; que se pedirmos alguma cousa segundo a Sua vontade, Ele nos
ouve”. Verdadeiros crentes têm plena confiança em seu Deus; verdadeiros
crentes confiam na maneira sábia e perfeita, que Deus está regendo todas as
cousas, tendo em vista o bem eterno, daqueles que foram alcançados pela Graça
(Romanos 8:28).
ELE É REI, NÓS SOMOS SÚDITOS
Quando oramos, estamos lidando com o Glorioso
Rei, que controla sabiamente todo o universo. O Senhor reina! Nós somos súditos
e devemos nos conservar posicionados como servos nesse Grande Reino. Ele mostra
Sua força para com aqueles cujo coração é totalmente Dele (2 Crônicas 16:9).
Ele sabe e conhece nossas necessidades e já tem determinado os meios para
suprir aquilo que necessitamos, mas é glorificado quando humildemente Lhe
pedimos que venha suprir as nossas necessidades.
COM “OS PÉS NO CHÃO”
Que o Senhor venha nos livrar dessa ilusão
espiritual. Devemos assentar nossa fé em firmes convicções bíblicas, e com
mentes sóbrias, oremos com espírito de reverência, de piedade e submissão ao
nosso Senhor. A falta de entendimento da verdade a respeito da Vontade Soberana
de Deus tem causado um terrível prejuízo a muitos.
Quantas vezes ouvimos a respeito de oração
feita pela cura de alguém, e que após a oração, para tranqüilizar a pessoa, é
dito: “você está curado, em Nome de Jesus”, para mais tarde a pessoa descobrir
que não houve cura nenhuma. Isso não somente leva a pessoa a uma situação de
desespero, como também profana o Nome do Senhor, colocando o Seu Nome em vão. Não estamos no mundo
para consertar os problemas ocasionados pelo pecado. Nossa função é espalhar a
verdade santa do Evangelho para que as almas sejam salvas.
2. NÃO É UM MEIO ESTABELECIDO
PARA APROXIMAR O HOMEM DE DEUS
O movimento ecumênico tem militado com suas
armas das trevas, para infundir nas mentes de todos, que a oração é o caminho
certo a Deus. Pessoas sinceras têm sido enganadas com essa ilusão do pai da
mentira (João 8:44). Crentes mal informados quanto à Sã Doutrina têm sido
empurrados nessa farsa, achando que assim podem ajudar as pessoas terem um
encontro com Deus, se elas fizerem oração a Deus. É comum ver reuniões feitas
por ímpios, quando eles dão às mãos e fazem suas preces “em Nome do Senhor”.
Fazem orações em “nome de Jesus” em seus cultos de idolatria, em suas festas
carnais, procurando assim obter o apoio de seus deuses em seus tortuosos
caminhos.
CRISTO O CAMINHO PARA A
SALVAÇÃO
Ninguém chegará a Deus via oração. A verdade
imutável é: “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5). É fato que o pecador que achega-se a Cristo,
para sua salvação, há de chegar com uma sincera oração de confissão (João 1:9),
e que “...Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo” (Romanos
10:13), e que há oração na invocação, mas jamais devemos aceitar que Deus aceitará qualquer pessoa perante a Sua
face só porque alguém fez uma oração a Deus.
A perfeita lei de Deus cala toda boca e declara
que o homem é culpado (Romanos 3:20); O pecador culpado somente será aceito
mediante o Sangue Remidor de nosso Senhor, e assim escapar da justa ira
(Romanos 5:9). Não há oração, por mais bela, mais longa, e mais emocionante que
seja, que possa afetar e abalar o coração de Deus. Esse deus apontado pelo
ecumenismo causa dó porque parece ser movido pelas emoções de seus fieis. O
nosso Deus estabeleceu o Caminho pelo qual o pecador arrependido pode achegar A
Ele com toda intrepidez, e é pelo sangue de Jesus (Hebreus 10:19). Tomemos a
firme posição que é exposta no hino:
É
Jesus quem salva
Ele
a obra consumou,
Meus
pecados expiou
Com
Seu Sangue me lavou
É
Jesus quem salva
3. NÃO É PARA MANIFESTAÇÕES
FENOMENAIS POR PARTE DE DEUS
Nestes dias, quando as multidões estão à
procura de milagres, atraindo muitos
falsários que utilizam das Escrituras para fazer delas um excelente meio de
negócios, precisamos colocar “nossos pés no chão”. A Palavra de Deus exorta-nos
a sermos sóbrios (1 Pedro 1:13). Deus não estabeleceu a oração como meio de
fazer apresentações fenomenais.
Esse anseio por ver da parte de Deus,
acontecimentos estupendos, faz parte da natureza rebelde e egoísta do ser
humano. A multidão seguia a Jesus por causa dos milagres (João 6:30); os judeus
sempre estavam atrás de sinais (1Coríntios 1:22); é observável que até Herodes
esperava ver Jesus operando algum milagre em sua presença (Lucas 23:8).
A NATUREZA HUMANA VIVE À BUSCA DE FENÔMENOS
Foi assim também na história do Velho
Testamento, quando Deus conduziu Israel pelo deserto. Os poderosos feitos de
Deus no Egito não constrangeram aquela população beneficiada a ser grata pelo
que o Senhor fizera. Pelo contrário, eles persistiram em tentar a Deus querendo
grandes sinais. Não eram submissos, nem tementes ao Senhor, não obstante os Grandes feitos de Deus contra
os inimigos. Exigiam que Deus fizesse o que eles queriam. Já que não podiam
voltar ao Egito, persistiram em pedir que Deus trouxesse os prazeres do Egito
para o deserto. Eles “entregaram-se à cobiça, no deserto; e tentaram a Deus na
solidão” (Salmo 106:14). Eles fizeram orações pedindo a Deus o que ambicionavam
seus desejos carnais, e Deus “concedeu-lhes o que pediram, mas fez
definhar-lhes a alma” (Salmo 106:15).
A DESCENDÊNCIA DOS ISRAELITAS INCRÉDULOS
Em nossos dias, novas seitas estão surgindo no
cenário religioso, tendo em vista enlaçar os corações seduzidos pela cobiça.
Homens ímpios disfarçados de obreiros de Deus aproveitam da situação para
extorquir os bens dos incautos. A tática desses homens é apresentar ao povo a
idéia de que Deus está à disposição dos homens para realizar grandes obras.
OS MILAGRES DE DEUS À NOSSA VISTA
Tudo o que temos é proveniente da bondade de
Deus, e é demonstração de milagres porquanto nada o homem pode fazer. A chuva,
o sol, o ar, as plantas, as frutas, nosso corpo, saúde, alimentação, médicos,
remédios, etc. Tudo isso deve ser encarado como milagre, pois quem é o homem capaz
de providenciar o necessário à nossa sobrevivência? Em Romanos 1:20, Paulo
ensina que o poder de Deus e a Sua divindade são percebidos por meio das coisas
que foram criadas. Essas bênçãos existentes à disposição de todos devem ser
motivos de gratidão e louvor a Deus.
OS MILAGRES DO VELHO TESTAMENTO
É verdade que o Senhor Deus sempre será o Todo
Poderoso. A respeito do Criador dos céus e da terra é dito: “... Tu, porém, és
o mesmo, e os teus anos jamais terão fim” (Hebreus 1:12). Mas o Senhor não
realizou seus milagres estupendos no Velho Testamento tendo em vista novas
realizações desses acontecimentos. Ele abriu o mar Vermelho, fez o maná cair do
céu para alimentar Seu povo, abriu o Jordão, etc., mas tinha em vista que
aquilo ficasse registrado em
Sua Palavra, a fim de que as gerações vindouras viessem a
crer, adorá-Lo e servi-Lo em temor.
O MAIOR
MILAGRE
Todos
os salvos sabem que a sua salvação foi a prova maior do milagre de Deus. O que
leva os homens a adorar a Deus? Será que grandes feitos milagrosos farão o povo
cair em submissão ao Senhorio de Cristo? Jamais. Paulo curou um coxo na cidade
de Listra, e o resultado foi que o povo todo queria adorá-lo como se ele fosse
um deus (Atos 14:11).
Cristo enfrentou a multidão de judeus
incrédulos e idólatras, para declarar que Ele veio ao mundo
a fim de realizar algo realmente
incrível. Em João 5, à partir do verso 19 o Senhor mostra aos judeus que a
maior tragédia do pecado foi trazer a morte, mas Ele recebeu autoridade do Pai
para conceder vida. No verso 25 Ele afirma: “Em verdade, em verdade vos digo
que vem a hora e já chegou em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e
os que a ouvirem viverão”. Eis aí o maior de todos os milagres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário