segunda-feira, 27 de maio de 2013

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (30)




“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
                                                        O JUIZO DE DEUS
         Caro leitor, nossas palavras são tão débeis para expor a profundidade do poço da perdição onde o pecado faz o homem descer. Quando Isaías presenciou o trono da glória pode conhecer o maligno estado de seu coração e suas obras más. Foi ali perante a majestade santa que o profeta viu seu merecimento da perdição que estava escancarada à sua frente: “Ai de mim, estou perdido...” (Isaías 6). Deus tomou os homens mais santos da história, para que por meio deles, em amarga experiência, o pecado fosse conhecido como realmente é. Todas essas coisas foram escritas para que nós agora pudéssemos andar em santo temor ao Senhor, conforme o ensino de 1 Pedro cap. 1.
         Dentro do palácio ergueu-se o inimigo que tomou a família de Davi para mostrar seu terror, trazendo sofrimento e angústia, especialmente para os mais fracos.  O pecado quer reinar em lugar de Deus, e onde assume o trono todos sentirão seus bombardeios de destruição. Uma paixão sexual descontrolada levou um moço a agir com covardia com sua própria Irmã, estuprando-a; a vingança tomou conta de Absalão que planejou friamente o assassinato de Amnon, vingando assim seu ato sujo praticado contra Tamar. O pecado de Davi desmanchou sua autoridade e capacidade de julgar a maldade, tanto fora como dentro de sua própria casa. Essas conseqüências são inevitáveis onde a maldade penetra sem que haja arrependimento e confissão. Quando a luz da graça é retirada, as trevas tomam conta.
         Agora chegou a vez de o rei sofrer o mais amargo sofrimento, como prova de que o pecado é de fato um perseguidor implacável. Absalão, um criminoso frio e calculista chega de volta à Jerusalém, depois de bom tempo viver como fugitivo. Em seu retorno, astuto e perverso, percebe logo como seu pai agora age baseado nas emoções paternais e sem qualquer possibilidade de julgar. Quando o pecado não é julgado e punido, ele gera uma maldade extremamente maior. Do palácio foi retirado a santidade e o temor ao Senhor, não tinha alguém zeloso para promover o cumprimento das leis santas de Deus, por essa razão o pecado assume o controle para reinar e assumir a injustiça e promover a destruição.
         Amigo leitor, o mal não pode habitar com o bem, assim como o leão não pode conviver com o cordeiro em santa harmonia. Numa casa onde o chefe de família tem seu viver corrompido com qualquer maldade, certamente o mal ocupará todo espaço, não deixando qualquer lugar para o temor a Deus e para a prática de um viver piedoso e reto. Ou a maldade é extirpada de uma vez por todas, ou então funcionará como um câncer destruindo toda saúde espiritual. Agora a vida do rei e o reino de Israel estão em perigo. Absalão quer o reino para si; agora não somente o palácio, mas também toda Jerusalém sofrerá o castigo da maldade cometida por Davi. Deus retira sua misericórdia, a fim de revelar Sua Ira! Agora Deus está mostrando o quanto Ele permite que homens perversos ganhem forças, a fim de punir a maldade. Ele é Soberano Senhor, Seu Nome fora profanado e a vanglória humana fora elevada, então é o momento onde toda vaidade deve ser destruída e todo atrevimento humano deve ser posto no pó. A glória pertence tão somente ao Senhor que reina, por essa razão Deus permitiu que o rei sofresse a maior humilhação de sua vida, com uma revolta armada pelo seu próprio filho a fim de tomar o reino.
         Porém, foi nesses momentos trágicos que brilhou a força da graça na vida de fé de um homem de Deus. O brilhante e vitorioso general do exército do Senhor agora jogou fora toda sua força, toda habilidade e todo seu arsenal de guerra. Davi sabia que toda essa aflição era proveniente do Senhor, por isso ao fugir de Jerusalém pode dizer: “...se eu achar graça aos olhos do Senhor, ele me fará voltar para lá, e me deixará ver a arca e a sua habitação. Se ele, porém, disser: Não tenho prazer em ti; eis-me aqui, faça a mim o que bem lhe parecer”. (2Samuel 15:25,26)

Nenhum comentário: