“...Não
temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Isaías
43:1)
UMA
TÃO GRANDE POSSE: “Tu és meu”
Caro
leitor, quando o Salvador bendito declara que cada pecador salvo é possessão
eternamente Dele, não somente está mostrando a força da graça, como também o
Senhor desafia todo poder inimigo e toda força do mal. Antes era satanás que
dizia em tom de perversidade: “Tu és meu”. O ladrão e salteador tomou homens e
mulheres para si e os utiliza para seus nefandos propósitos na construção do
seu império de trevas. Mas agora tudo é diferente, pois o amor eterno invadiu
esse território, pagou o preço do nosso resgate, a fim de nos tornar para
sempre Dele! Ele o fez com ardente amor; Ele o fez com alegria; Ele o fez
sacrificando a Si mesmo para obter Seu povo como participante do Seu reino
eterno.
Caro
leitor, que o Senhor mobilize nossos corações em santa gratidão e temor diante
de tal verdade. Eu sei que milhares têm seus ouvidos tapados para essas
riquezas e elas são motivos de risos e escárnios para aqueles que amam o mundo.
Quem nós éramos? Estou certo que a doutrina da depravação total não é benquista
para muitos até mesmo dentro da igreja. Não queremos que a Palavra de Deus
venha mostrar o filme perfeito de nosso viver no pecado. Muitos realmente não
querem ser descobertos, porque não toleram ser humilhados pela verdade
revelada, mas não podemos tapar nossos olhos nem nossos ouvidos, porque nosso
histórico de fato foi revelado. E Deus o faz não com mero propósito de exibir
nossa vergonha, mas sim para dinamizar Sua compaixão.
Tomemos
o cap. 16 de Ezequiel. Aquilo que Deus fala a respeito de Israel nesse longo
cap. não passa de ser uma vívida exposição da poderosa doutrina da depravação
total. Quem nós éramos quando estávamos no pecado? A figura de linguagem usada
pelo amoroso Senhor é incrível, porquanto Israel é descrita ali como uma
criança rejeitada assim que nasceu, e que fora atirada com desprezo para longe.
É assim o homem no pecado. Que valor tem? Sob o engano do pecado os homens
pensam que estão em excelente posição, mas não sabem que são inúteis e que a
qualquer momento serão atirados para o desprezo eterno.
A
criança rejeitada de Ezequiel é descrita numa situação deprimente, porquanto
foi rejeitada imediatamente após seu nascimento, ainda estava coberta de sangue
e nada havia de esperança para ela. Assim é o homem no pecado, porque fomos
atirados a este mundo e estávamos “sem esperança e sem Deus no mundo” (Efésios
2:12). A situação mostrada no Novo Testamento é ainda pior do que a descrição vista
em Ezequiel 16. A criança ainda estava viva, enquanto no Novo Testamento fomos
achados mortos (Efésios 2:1). Veja caro leitor que foi a compaixão de Deus que
levou-O a buscar aquela criança e tomá-la; foi a misericórdia de Deus que
levou-O a tomar a criança, cuidar dela, lavá-la e livrá-la da morte certa.
Assim também foi a maneira como Deus achou o perdido pecador, pois Ele nos tomou,
nos deu vida, removeu toda imundície do pecado com a lavagem da purificação
(Tito 3:5).
Meu
caro amigo, não podemos escapar da verdade bíblica acerca da condição do homem
em seus pecados. Os pecadores precisam descer dessa posição no topo do orgulho
onde satanás lhes colocou. Se não houver humilhação, certamente Cristo jamais
será conhecido como o Salvador; jamais os homens conhecerão a gloriosa riqueza
da graça de Cristo. Ninguém pode entrar no reino como uma múmia espiritual. É
Cristo quem chama os perdidos da morte para a vida, da triste condição de
miseráveis pecadores, indignos, culpados e condenados, a fim de colocá-los na
posição de filhos de Deus.
Portanto,
o momento agora é para que homens e mulheres sejam achados assim – perdidos,
pois o Senhor veio buscar tais pessoas. Seu ministério glorioso no meio dos
mortos é conceder vida aos que estão mortos em seus delitos e pecados!
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