quarta-feira, 8 de maio de 2013

O NOVO HOMEM EM CRISTO (4)




Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias (6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que pratiques a justiça...”
         Caro leitor chegou o momento para que conheçamos a base sólida e inabalável acerca da Justiça, que tanto o pecador carece. Pude afirmar que a luta acirrada da carne é para exibir sua própria justiça e assim confrontar a perfeita e eterna Justiça que vem da cruz. No pecado os homens querem ostentar aquilo que encanta os homens, mas que para Deus não passa de “trapo de imundície” (Isaías 64:6).
         Caro leitor, ninguém entrará no céu sem perfeita justiça! Sem que esteja firmado nessa verdade o homem vive tropeçando em seus caminhos tortuosos. Qual é o problema do homem? Não é ausência da Justiça? Óbvio! O evangelho aparece para retirar toda casca, tudo o que aparece na superfície, porquanto em sua soberba o homem deseja mostrar o quanto é capaz e extraordinariamente reto. Sua soberba o exalta e tenta subornar Deus; em sua soberba vive a declarar que Deus é mentiroso e que deve aceitá-lo do jeito que está. Mas, o que diz a verdade revelada? “Eis o soberbo!” (Habacuque 2:4).
         Caro leitor, note bem como Deus faz a apresentação do homem por fora. Habacuque queria uma resposta quanto aos Caldeus, um povo perverso que o próprio Deus estava levantando como instrumento de punição, de juízo. Nós apresentamos o homem no pecado de maneira totalmente contrária. Costumamos pensar e dizer: “Eis o criminoso! Eis o bêbado! Eis o drogado! Eis o ladrão! Etc.” Nossas definições a respeito do homem tendem a seguir os princípios da justiça própria. Mas, encaremos firme e humildemente a definição das Escrituras a respeito do homem em Adão, pois o Deus da bíblia diz: “Eis o soberbo...”! Deixemos de lado nossos critérios humanísticos de enxergar o homem no pecado. Deus mostra que o problema do homem em Adão é visto em seu orgulho: “Eis o soberbo...”. Aquilo que por fora parece ser humildade, religiosidade, bondade, piedade, etc. é apenas superficial.
         Eu posso imaginar alguns leitores questionando esse ensino. Eu sei o quanto o evangelho desfaz as obras da carne, a fim de que o pecador conheça a salvação eterna e gloriosa conquistada na cruz. Voltemos para o texto de Habacuque 2:4, porque, depois de mostrar o homem por fora, visto em seu orgulho, arrogância e disposição de desafiar a Deus: “Eis o soberbo...”, o grande Deus mostra a realidade no coração: “...sua alma não é reta nele...”. Eis aí a grande e poderosa descoberta, porque, enquanto vemos e avaliamos o homem por fora, o grande Senhor exibe com clareza a triste condição do homem no coração: “...Sua alma não é reta nele...”. O que parece ser justiça por fora não passa de mentira, de truques religiosos, da tentativa natural de manipular Deus.
         Caro leitor, você está disposto a encarar essa verdade? Está disposto a permitir humildemente que as sagradas letras averigúem sua condição na alma? O que por fora parece ser de Deus, parece espiritual e justiça aos olhos dos homens, não passa de capa que encobre a condição de sua alma: “...não é reta nele...”. Ela está torta; o prumo de Deus foi colocado na parede do coração e averiguou-se que está torta. Por essa razão o viver é torto; por essa razão a ausência de paz permanece; por essa razão os caminhos são tortuosos. Como poderá servir ao Senhor nessa condição? Como poderá trilhar o caminho de santidade? A alma está insegura lá dentro; a alma está perturbada lá dentro; a alma está sem alegria, sem o descanso verdadeiro. Ela se agita e balança-se sem equilíbrio lá dentro; ela está sem luz, sem direção, e completamente perturbada. O que o grande Senhor fala? “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça...”.
         Caro amigo, como poderá praticar a justiça? Como a alma poderá conhecer esse viver de santa e pura justiça? O evangelho chega para exibir a grande conquista do calvário. Oh! Como impossível para um coração orgulhoso encarar seu merecimento do inferno! Como é impossível para o soberbo encarar que Cristo é o substituto perfeito para o culpado! Como é impossível para o homem natural lançar fora seus trapos imundos, a fim de cobrir-se com a perfeita e branquíssima veste da perfeita justiça de Cristo!
        

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