“Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1:19)
Caro leitor, o sangue
de Cristo é PRECIOSO POR SUA HISTÓRIA ETERNA. Já pude introduzir esse assunto
na meditação anterior. O Deus eterno conta a história da redenção do ponto de
vista eterno. Se perdermos isso de vista, certamente ficaremos enrolados e
frustrados em nossas limitações. Lidamos com a Palavra do Deus eterno, por isso
a mente natural não tem acesso a esse ambiente sagrado; somente mentes
santificadas podem adentrar-se ao lugar desse santuário, onde o professor é o
Espírito da glória.
O
verso 20 de 1 Pedro 1 nos mostra que o sangue de Cristo foi conhecido antes da
fundação do mundo. Que glória! Que espetáculo da graça eterna! Que frustração
para satanás e todo seu império de trevas! Ah sim! Foi quando a três pessoas
divinas se assentaram e o conselho de Deus reunido planejou a tão grande
salvação! Ó, como é paupérrima minha mente para entender essas verdades! Como
eu, tão limitado poderei descortinar as maravilhas eternas? Os humanistas
modernos recusam humilhar e oferecer sacrifícios de louvores ao Senhor pela
soberana salvação. Eles fazem isso porque estão coroados de seus farrapos humanos;
acham que são sábios e habilidosos para ajudar Deus na salvação. Em nada
devemos curvar perante toda essas “7 maravilhas da salvação moderna”! Almejamos
caminhar pelas simples veredas da Palavra, pois nessas veredas vemos as luzes
da graça sendo acesas, nos conduzindo pelos cenários eternos da história da
redenção, histórias que são de eternidade a eternidade.
Ora,
foi na eternidade que o grande EU SOU,
se ofereceu a Si mesmo, a fim de amar o povo escolhido pelo Pai; foi na
eternidade que Ele amou esse povo e decidiu vir buscá-lo; foi na eternidade que
Ele decidiu tomar o rumo da humilhação, esvaziando a Si mesmo de Sua glória e vir
habitar entre nós pecadores (Filipenses 2:6). A divindade não tomou decisões
posteriores devido a qualquer fracasso desses planos. Jamais! A história eterna
da redenção nos ensina que a conquista dos eleitos seria feita na base do
sangue perfeito de um perfeito substituto. Vejamos como Pedro coloca as três Pessoas
envolvidas nessa história eterna: “Eleitos, segundo a presciência de Deus, o
Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de
Jesus Cristo...” (1 Pedro 1:2). Notemos nesse texto a perfeita
organização nessa história. Veja que há uma liderança e subordinação entre as
três pessoas.
Primeiro,
há alguém, cuja vontade é destacada: “...segundo a vontade de Deus Pai...”. A
escolha é Dele e a vontade é Dele e tudo acontecerá segundo essa santa,
perfeita e bendita vontade. Em segundo lugar vemos que o Espírito Santo entra
com Seu ministério santificador: “...em santificação do Espírito...”. Que
obra magistral, porque não somente os eleitos são identificados, como também,
chamados, vivificados e feitos habitação Dele. E em terceiro lugar aparece o
ministério do Filho: “...para a obediência e aspersão do sangue de
Jesus Cristo...”. Fixemos nossa atenção nesse Senhor, pois Seu ato de
obediência foi desde a eternidade; o Cordeiro é de Deus, não dos homens (João
1:36); Ele é precioso para Deus e detestado pelos homens (1 Pedro 2:4) e em
todo Seu viver aqui mostrou que estava completamente dedicado, consagrado e
subordinado à vontade do Pai, deixando essa verdade bem clara perante seus
interlocutores. Vemos isso especialmente no evangelho de João.
Então,
caro leitor, o pacto do sangue foi eterno; o sangue da eterna aliança para
resgatar perdidos pecadores não é invenção dos homens, mas é verdade sublime,
gloriosa, que deve ser pregado. Ó, quantos são inimigos disso! Ó quantos odeiam
essa verdade, porque é humilhante para a natureza maligna e pervertida! Deus
amou perdidos e a prova desse amor está na cruz, onde o Cordeiro de Deus foi
imolado pelo Pai, como sacrifício agradável a Ele. Essa é a história que marca
o encontro da alma arrependida com esse maravilhoso Redentor!
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