terça-feira, 29 de janeiro de 2013

SÊ, POIS, ZELOSO E ARREPENDE-TE (11)




Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te”Apocalipse 3:19)
         Prezado leitor, nosso Senhor ordena que os não salvos sejam zelosos em buscar o arrependimento, porquanto não há esperança para os pecadores, se não se arrependerem e converterem a Cristo. Mera compreensão intelectual da verdade não traz salvação; mera aceitação verbal não significa que houve salvação; mera participação numa entidade religiosa não significa que o coração foi transformado; meras manifestações religiosas de sentimentalismo não significam piedade e santidade. Homens e mulheres precisam conhecer a humilhante situação do homem no pecado, antes de conhecer a exaltada posição de salvação em Cristo.
         Alguns manifestam zelo passageiro, como um fogo de palha. Muitos são acordados pelas fincadas dos aguilhões da lei. Dias atrás no culto de domingo à noite chegou um jovem assim. Ele estava assustado porque leu um de nossos folhetos, e sua consciência foi despertada pelo fato que ele estava na prática de horríveis pecados. Eram os aguilhões da lei ferroando sua consciência; lampejos de dores espirituais faziam com que ele corresse à busca de alívio. Mas, não demorou muito para que sentisse alívio e encontrasse a paz no pecado. Quantas almas são apanhadas por duros golpes da santa lei! Alguns, como Saulo de Tarso tentam resistir esses golpes e se tornam obstinados:  “...Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões”. (Atos 26:14). Com Saulo de Tarso o Senhor usou de misericórdia e salvou sua alma. Mas com muitos o Senhor simplesmente os entrega aos caprichos de seus corações rebeldes, e assim prosseguem até sua morte.
         Outros manifestam esse zelo passageiro, quando como serpentes fogem do fogo: “...Raça de víboras, quem vos ensina a fugir da ira vindoura? (Lucas 4:7). Diante da mensagem de João Batista milhares apareciam amedrontados. Muitos ouvem mensagens acerca do inferno, do Lago de fogo, da segunda vinda do Senhor, por isso correm assustados. Muitos também correm buscando um lugar de abrigo quando ocorre uma tragédia. Enquanto distribuía folhetos numa travessa deparei-me com um moço. Quando lhe entreguei o folheto, ele disse-me que queria se converter, queria ser salvo, porque viu um amigo seu ser atropelado e morto. Essas reações muitas vezes mobilizam pessoas para esse zelo que logo acaba. Mas, quando o fogo da visitação divina apaga, o coração não convertido volta ao seu estado normal; a alma não regenerada retorna à sua atividade com o mundo e com a carne.
         O zelo “fogo de palha” aparece também em períodos de avivamento, pois ao despertar milhares para o arrependimento, muitos parecem que foram sacudidos do sono e despertam sobressaltados. Mas, são como as virgens loucas da parábola contada por Cristo (Mateus 25); descobrem tardiamente que suas lamparinas estão sem azeite. Já lidei com muitos que pareciam que seriam os melhores crentes, os mais santos e piedosos, pois mostravam na aparência que a conversão fora genuína. Mas era só aparência e nada tinha a ver com a realidade do coração. As raízes da semente santa encontraram pedras, ou ficaram obstruídas pelos espinhos e abrolhos. Muitos são provados e revelam que sua fé não era feita do ouro puro do céu. O fogo da provação chega para mostrar corações arrogantes, mundanos e perversos, porquanto era tudo aparência e não verdadeira e genuína transformação feita pelo Espírito de Deus.
         Mas, o que importa agora é que brilha o sol da compaixão sobre os pecadores! Ah! Quão difícil é para os pecadores se humilharem perante a verdade! Diante de Deus todo corpo fica enrijecido, como uma naja pronta para dar a picada. Os homens no pecado preferem ficar distante do paraíso celestial e escorregam em direção à Sodoma. Que tristeza! Mas, estou certo que quanto mais intensa é a visitação de Deus em Sua misericórdia, mais pecadores realmente se convertem a Cristo de todo coração. Mais pecadores são transformados e passam a amar o Senhor e viver vidas piedosas.

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