“Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1:19)
Caro leitor, não
esqueçamos que Deus amou Seu povo na eternidade com amor eterno; que o plano da
redenção foi firmado na eternidade e que esse trabalho envolveu as três pessoas
da divindade. Pudemos ver isso em 1 Pedro 1:2). Vimos que Ele se entregou
apresentou voluntariamente e que no devido tempo Ele foi manifestado em carne,
aqui entrou tendo em vista a cruz, porquanto só ali poderia ser nosso perfeito
substituto. Jamais haveria redenção sem que o Filho se tornasse o Cordeiro para
ser sacrificado.
Cristo
jamais seria o perfeito salvador de uma raça caída, se entrasse neste mundo com
outro objetivo. Ele não veio para ser um político, um professor, um curador,
etc. O mundo receberia um cristo com qualquer uma dessas funções. Não! Ele veio
com a firme decisão de marchar até Jerusalém e ali ser preso, condenado e
sentenciado à crucificação. Tudo ocorreu como fora planejado; tudo aconteceu
conforme o desenho redentivo do Velho Testamento e ocorreu no dia certo. Satanás
tentou de várias maneiras desfazer tudo, usando homens e até Pedro, a fim de
dissuadir o Senhor desse intento. Tentaram tirar a vida do Senhor várias vezes,
mas não tinha chegado Sua hora, e quando chegou o Filho se entregou
voluntariamente aos Seus algozes.
Também,
o sangue é PRECIOSO PELO SEU CARÁTER: “...Cordeiro puro, sem mácula...”. O
povo de Deus deve amar a história do Velho Testamento, porquanto conhecemos a
velha história do Cordeiro de Deus a partir dali. Sem o Velho Testamento os
homens curtem um cristo diferente, segundo os moldes do enganador. Rastreemos a
sombra do Cordeiro desde Gênesis. Notemos que Abel ofereceu um cordeiro em sacrifício,
e isso foi um ato de fé, pois não houve rebelião por parte daquela alma
contrita. Ele não tomou qualquer coisa, não fez conforme Caim; nem sequer
apoderou-se de qualquer animal. Para a genuína fé sua salvação deveria ser
conquistada por um substituto perfeito. Obviamente Abel ouviu do seu pai, que
um dia viria a semente da mulher para esmagar a cabeça da serpente, por esse
fato Abel foi e tomou a providência certa num perfeito simbolismo. A fé viu
naquele cordeiro imolado o seu Salvador que um dia viria, a fim de na cruz
pagar de uma vez por todas os seus miseráveis pecados.
Notemos
bem que as leis de sacrifícios dadas a Israel eram rigorosas quanto aos sacrifícios
de animais. Para serem oferecidos a Deus deveriam ser animais puros e
perfeitos. Por quê? Por meio desses símbolos Deus estava antecipadamente
mostrando ao mundo quem seria o perfeito e puro Salvador. Aquele que seria
enviado do céu deveria ser realmente sem mancha, sem mácula, inocente, justo e
perfeito. Para os homens qualquer coisa pode ser tomado; os mundanos se
apoderam da feiura retirada de entre eles mesmos e consideram que essas
loucuras representam sua salvação. Mas, para lidar com o pecado e com a
iniquidade dos perdidos deveria ser perfeito, a fim de que a obra fosse
perfeita e redundasse em plena satisfação ao coração do Pai.
Mais
do que isso, nosso Senhor realmente entrou neste mundo como o verdadeiro
cordeiro de Deus. Que humilhação! Acaso tem uma história mais solene e
admirável? O sublime Cordeiro de Deus adentrou-se num mundo extremamente
perigoso. Mas, mesmo cercado de tantas feras da maldade, o santo Servo de Jeová
não vacilou em tempo algum, pois se tornou semelhante aos homens em tudo,
exceto que não pecou. Ele aqui entrou para conhecer a humanidade nossa como é.
Tudo foi feito para que pudesse ser nosso substituto sem par.
Crentes,
caiam perante a face do Cordeiro! Pela fé rendam glórias ao Senhor! Louvem
agora o Nome exaltado pelo Pai! Pecadores não salvos, por que não humilham
agora perante Ele? Por que não chegar perante essa provisão perfeita de
salvação, a fim de serem libertos e perdoados de todos os seus vis pecados?
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