terça-feira, 29 de janeiro de 2013

meditação de Spurgeon



Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem.” (2Co 4:18)


       É bom que na maior parte do tempo da nossa peregrinação Cristã estejamos pensando no futuro. Mais à frente está a coroa, mais à frente está a glória. O futuro deve ser, ao fim e ao cabo, o grande objeto do olho da fé, pois ele traz-nos esperança, comunica-nos alegria, dá-nos consolação e inspira o nosso amor.
       Ao olhar para o futuro, vemos eliminado o mal, vemos desfeito o corpo do pecado e da morte e vemos a alma gozando de perfeição e posta em condições de participar da herança dos santos em luz. Olhando ainda mais à frente, o olho iluminado do crente pode ver o rio da morte transposto, o sombrio arroio vadeado, e alcançadas as montanhas de luz onde está a cidade celestial.
       O crente vê-se a si mesmo entrando pelas portas de pérola, aclamado como mais que vencedor, coroado pelas mãos de Cristo, abraçado por Jesus, glorificado com Ele e sentado com Ele no Seu trono, assim como Ele venceu e Se sentou com Seu Pai no Seu trono. A meditação neste futuro bem pode dissipar a noite do passado e a névoa do presente. As alegrias do Céu compensarão sem dúvida as tristezas da Terra. Fora meus temores! A vida neste mundo é curta; em breve a terminarei. Silêncio! Quietas! Minhas dúvidas! A morte é só um estreito regato, e depressa o cruzarei. O tempo, como é curto! A eternidade, como é larga! A morte, como é breve, a imortalidade, como é infinita! Parece-me que mesmo agora estou comendo dos cachos de Escol e bebendo do manancial que está dentro do portão. A viagem é tão, tão curta...! Eu dentro em breve estarei lá!

“Quando o mundo dilacerar o meu coração
Com a sua mais pesada tempestade de cuidado,
Meus ditosos pensamentos para o Céu ascendendo,
Acham um refúgio contra o desespero.

A brilhante visão da fé deve sustentar-me
Até que a peregrinação da vida é finda;
Podem os medos vexar-me e as preocupações atormentar-me,
Contudo, finalmente, o meu lar alcançarei.”


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