sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A VERDADEIRA FELICIDADE (24)




Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
         CAMINHO PERIGOSO
         Caro leitor, voltemos humilhados para esse verso tão carregado de profundas verdades a respeito da nossa inclinação natural. Nessa tremenda advertência o Senhor mostra que não agimos como seres humanos, mas sim irracionalmente, como animais, quando decidimos fazer nossa própria vontade e corremos à frente de Deus.
         Meditemos um pouco na linguagem de Deus vista no texto. Aprendemos que nossas decisões derivadas de nossa carnalidade, motivações mundanas na busca de felicidade terão resultados funestos lá adiante. Queremos alegria, prazeres, segurança, amor, saúde, etc. e não percebemos que estamos semeando vento para colher tempestade. Em toda revelação bíblica vemos o Senhor Deus comunicando aos homens a loucura do pecado e a bênção de andar com Ele: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8). Obviamente, o que é impossível para os homens nas exigências da lei, a graça se apresenta a fim de mostrar sua força em mudar o coração e posicionar o homem pelo caminho certo.
         Então, caro leitor, as lições com as quais deparamos no Salmo 32 não são derivadas da lei, mas sim da graça. O Salmo 32 é uma antecipação da mensagem da cruz, e releva a triunfante conquista do calvário, por esse fato os versos 1 e 2 são usados por Paulo em Romanos 4:7,8. Começa com humilhação e quebrantamento (versos 1 e 2); mostra o que acontece com qualquer um que ouse manter oculto o pecado no íntimo (versos 3-5), e a partir daí vemos o perfil do novo homem que agora anda no temor e na correção do Senhor. Ora, a lei jamais poderá produzir um novo homem. Jamais! A lei não opera felicidade, mas sim maldição: “Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição...” (Gálatas 3:10).
         Mas, viver na graça não significa que Deus nos solta como crianças sem proteção, para que façamos o que bem quisermos. Muitos pensam que uma vez salvo pela graça, pode o crente agora circular livremente no pecado porque foi salvo de uma vez para sempre. Quão errôneo é esse pensamento! Veja o que Paulo diz em Tito 2:11,12: “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente”. Paulo ensina que a graça salva e educa; que livra da penalidade, mas que trabalha para a nossa santidade; que nos livra do inferno, mas nos prepara para o céu. Veja, caro leitor que é essa lição que temos no Salmo 32, especialmente nos versos 8 e 9. No verso 9 a graça de Deus mostra para onde somos inclinados a ir, caso somos deixados entregues às nossas paixões. Ainda carregamos uma natureza carnal conosco, por isso a bondade infinita não nos abandonará; amor cuidadoso e disciplinador cobrirá nosso viver, para que jamais venhamos a agir como fazíamos quando estávamos nas trevas.
         Veja, caro leitor que agir segundo a natureza corrompida é agir como “cavalo e mula”, como animais, sem bom senso. “Cavalo e mula” são usados para montagem. Deus não quer que sejamos usados para servir ao mundo e ao diabo. “Cavalo e mula” são fortes fisicamente, mas o Senhor não tem prazer na força física, mas sim naquele que confia Nele. “cavalo e mula” não vêem perigo, mas o Senhor livra Seus filhos dos perigos, protegendo-os do mal e guardando-os das ciladas armadas por satanás. Nossa felicidade consiste em habitar na segurança do amor eterno que nos acolheu em Cristo; nossa felicidade está na cidadela forte que é o Nome do Senhor, lugar de refúgio dos santos!

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