“Muito
sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o
assistirá” Salmo 32:10.
APRESENTAÇÃO
DO HOMEM FELIZ E O HOMEM INFELIZ
Prezado
leitor creio que não devo passar de modo superficial por esse verso. Vemos que
o objetivo do Espírito de Deus é mostrar, de forma clara e inequívoca que a
verdadeira felicidade habita naquele que um dia foi visitado pela poderosa
salvação. Como temos dificuldades de observar o viver de acordo com os padrões
bíblicos, dificilmente concordaremos com a declaração bíblica acerca da miséria
que aguarda o ímpio: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”.
Estamos acostumados a ver que a real felicidade procede desta vida aqui; temos
uma perspectiva mundana e passageira de um viver venturoso, pois cremos no
íntimo que é o sucesso financeiro, físico e social que nos levará a uma vida
ditosa e bem-aventurada. Mas eis que a Palavra de Deus mostra que miséria
eterna espera aquele que vive sem Deus no mundo (Efésios 2:12).
Meu
labor agora consistirá em mostrar o ponto de vista do ímpio a respeito da
felicidade. Procurarei ajudar meus leitores no conhecimento de seus caminhos, a
fim de que saibam se trilham pelas veredas santas, sob a liderança do Pastor
(Salmo 23:3), ou se andam por caminhos escuros sem saber por onde andam nem
para onde estão indo. Em primeiro lugar digo e afirmo que a vida
natural promove certa segurança e felicidade, como podemos observar
bem no livro de Eclesiastes. Com criteriosa observação veremos que as leis da
criação promovem satisfação ao viver normal do homem mundano. Por exemplo, o
nascer do sol no horário certo; o seu ocaso também no momento certo; as chuvas,
o dia ensolarado, o inverno, os horários das refeições, do dormir e levantar,
enfim, todos esses detalhes da natureza quando funcionam adequadamente trazem
essa sensação de bem-estar e de que a vida está funcionando bem.
Também,
a convivência
social fornece um ambiente seguro e adequado para um viver feliz. Um
lar seguro, a boa companhia do marido, esposa, mãe, pai, amigos; os amigos, as
leis para proteger o cidadão, a escola, o clube, etc. Tudo isso faz com que os
homens sintam satisfeitos e sintam também firmeza sob seus pés; andando assim
eles ficam convencidos que o futuro será bem melhor. Também as normalidades
físicas concedem essa satisfação e felicidade. É comum os homens
dizerem: “tendo saúde tem tudo!”
Em
segundo lugar digo e afirmo que o pecado no íntimo alimenta o
engano de que há felicidade neste viver. Vamos entender bem esse assunto,
porque na sua normalidade o pecado inspira no coração uma sensação de direitos
pessoais. Comumente o homem pensa que ele tem direitos no viver; que é
seu direito comer, beber, dormir, passear, etc. Também ele acha que é seu
direito falar o que gosta de falar, fazer o que gosta de fazer e praticar
determinadas coisas que todos praticam. No pecado o homem não vê que há justiça
e juízo, e que há um Deus perante a qual ele há de prestar contas. A bíblia
chama esse modo de viver de “curso deste mundo” (Efésios 2:2). O engano
do pecado também inspira uma sensação de realização e isso fornece
felicidade no viver. Vemos essa verdade mostrada no Salmo 36. O pecado engana o
homem fazendo-o pensar que não há Deus; que à sua frente nada há de
impedimentos para que ele faça o que quiser fazer. No seu íntimo o pecado
afirma que ele tem direitos de fazer qualquer coisa; que é livre para escolher
o que bem quiser; que Deus deve respeitar seu livre-arbítrio e que está apto
para fazer algumas coisas boas, a fim de corrigir as más.
Caro
leitor, quão enganoso é o coração do homem! Não foi assim com o governador
Félix? Para ele a vida era normal e excelente para ser curtida ao máximo, até
que pode comparecer perante Paulo. Em seu discurso Paulo mostrou as verdades
bíblicas sobre a justiça, o juízo vindouro e o domínio próprio. As verdades
reveladas lançaram por terra todo engano de felicidade sustentada por aquele
homem, por isso imediatamente mandou que Paulo fosse retirado (Atos 24:25).
Caro amigo, em que você sustenta sua felicidade?
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