“Sendo
assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com
efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu
esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de
livramento” (Salmo 32:6,7).
O
TRIUNFO DO HOMEM FELIZ:
Caro leitor consideremos de todo
coração essa oração de louvor e adoração ao Senhor da parte de um coração
convertido: “Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de
alegres cantos de livramento”. Eis aí o homem feliz, porque a salvação
bíblica mostra que a felicidade consiste em andar triunfantemente com Deus
neste mundo perigoso. Felicidade não é derivada de um viver solto na carne; não
consiste em aproveitar o máximo desta vida.
Veja caro leitor como o homem salvo
alegra e regozija em seu Deus! Veja como o Senhor é doravante sua força, sua
glória e desafio contra as poderosas manifestações inimigas que controlam este
mundo. Contra o mundo, a carne e o diabo: “Tu és meu esconderijo”. Porque, quem
é o homem para lutar contra esse triângulo do mal? Homens e mulheres no mundo
inteiro não passam de escravos algemados, acorrentados a serviço desses poderes
que controlam ricos, pobres, sábios e ignorantes. Enquanto os homens não
conhecem esses inimigos, suas almas são levadas por esses vendavais em direção
ao abismo. Eles não percebem que estão sendo iludidos e que caminham em direção
ao matadouro.
A alma convertida toma seu Senhor e
Salvador como seu esconderijo. O convertido é posto num lugar seguro; é uma
ovelha guardada sob uma poderosa mão. O Senhor torna-se Sua cidadela forte, seu
abrigo seguro onde nenhum inimigo pode chegar. Veja, caro leitor como o crente
corre sempre em busca do socorro do Senhor, se esconde Nele em oração, temor e
constante vigilância. Notemos que a felicidade é conquistada em cada vitória, a
cada momento ela vai mostrando que aparece de glória em glória. Tal verdade
irrompe a alma em júbilo, e faz a felicidade genuína despontar-se em júbilo e
regozijo íntimo. O autor de um antigo hino transmite essa verdade numa de suas
estrofes:
Vencendo
a tentação contente viverei
Sob
tua proteção, ó meu bendito Rei!
Ó
meu Jesus comigo, vem estar agora,
Té
que no céu contigo eu vá morar
Mas, as forças
inimigas aparecem à medida que os verdadeiros santos de Deus avançam. Os
crentes não estão imunes ao poder da morte e do inferno, porque constantemente
somos avisados pelos sofrimentos que esses poderes atacam e afligem os santos
de Deus. Nosso Senhor em Sua humilhação experimentou essas angústias: “Cordas de morte me cercaram, e torrentes de
perdição me amedrontaram. Cordas de Seol me cingiram, laços de morte me
surpreenderam” (Salmo 18:4,5). Onde está felicidade nisso? Como alguém pode afirmar que
é feliz na dor, na perda, na angústia e noutras manifestações infernais? Eis a
resposta: “...Tu me
preservas da tribulação...”. A promessa do
Senhor é que as forças da morte eterna não atingem o crente. Os santos não
estão imunes às dores e sofrimentos físicos, mas estão livres das conseqüências
eternas. Certamente os pavores do inferno assustam o salvo. Pisamos solo
perigoso! As forças do abismo anseiam arrastar os santos para as mandíbulas do
inferno que nunca diz “basta”!
Mas,
onde está a felicidade nisso? Ela consiste no fato que esses terrores foram
vencidos por Cristo e que jamais atingirão eternamente o salvo! A felicidade
está no fato que nesses momentos os santos clamam ao Senhor! “Quando ele me invocar, eu lhe responderei;
estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei” (Salmo 91:15)
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