“É Ele quem perdoa
todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova
redime a tua vida e te coroa de graça e de misericórdia; quem farta de bens a
tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia” (Salmo
103:3-5).
A VIDA DIRECIONADA
PELA FÉ TRIUNFANTE: “Quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a
tua mocidade se renova como a águia”.
Amigo leitor, que seu
coração tenha sido cativado pelas maravilhas da graça mostradas nesse Salmo!
Estamos chegando à parte final com a chave de ouro vista na frase final: “...de
sorte que a tua mocidade se renova como a águia”. O que temos perante nós? Tem
uma riqueza maior do que essa riqueza? Tem uma prosperidade melhor do que essa?
Eis aí o que a graça faz! Eis aí o que nosso Senhor chama em João 10:10 de vida abundante!
Com tristeza vemos os homens correndo em busca daquilo que se transforma em
peso e os arrasta para o abismo. Aquilo que eles imaginam ser vida, não passa
de veneno para a alma: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder
a sua alma?” (Marcos 8:36). Quão diferente é o que o crente recebe na salvação!
O Senhor farta de bens sua alma e esses bens são exatamente aquilo que o crente
precisa. Obviamente não são preciosidades para a carne, mas são riquezas, bens
que adornam o viver e que fazem a alma andar livremente em santidade e pureza
rumo ao lar.
É minha função agora explicar aos
amigos leitores como esses bens constituem bênçãos gloriosas, tão
significativas para os crentes. Notemos bem que a função da graça é transformar
os santos de dentro para fora e vemos isso na frase: “... farta de bens a tua
velhice...”. Quem pode explicar o majestoso trabalho feito pela graça no homem
interior? O fato é que acontece com os crentes exatamente o contrário do que
acontece com o não crente. O não salvo, a cada dia envelhece de fora para
dentro; é o homem velho, ligado a Adão que vai de mal a pior. Não tem algo pior
para o ser humano do que na velhice ter sua alma fragilizada, oprimida e
infeliz. Mas é exatamente isso o que acontece quando o Espírito de Deus não
habita no homem, por isso no pecado o homem nada recebe de bens que possam
farta-lo quando ele realmente precisa. Nada possui no homem interior que possa
derrotar a depressão, a solidão, o desespero, o medo e a angústia. Toda sua
expectativa de melhora está naquilo que a carne espera e que os olhos vêem.
Então, o homem no pecado quando chega à velhice jamais poderá produzir fruto
(Salmo 92:14). O viver no pecado oprime e envenena a alma, trazendo consigo
terríveis males físicos. No pecado não há mudança no homem, a não ser para o
pior. Os cabelos brancos que deviam revelar sabedoria e trazer anos de
entendimento e justiça têm mostrado o contrário, especialmente em nossos dias
quando prospera a maldade. Um coração não regenerado é um verdadeiro ninho de
maldade e perversidades.
Mas a verdade é diferente quando se
trata de um verdadeiro crente. Os bens dados na salvação chegam para fazer a
alma cheia, rica, farta das maravilhas eternas! Quando o homem interior é
fortalecido, então: “Na
velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes” (Salmo 92:14).
Tomemos o exemplo de Calebe, que com oitenta e cinco anos pode dizer para
Josué: “...ainda hoje me acho tão forte como no dia em que Moisés me enviou...”
(Josué 14:11). Calebe foi um homem tomado de firme confiança em Deus e que
estava pronto para prosseguir, mesmo diante das extremas adversidades na
jornada pelo deserto. Outra maravilhosa ilustração se acha na vida de Jó. As
riquezas que lhe roubaram em nada podiam comparar com os bens eternos do seu
coração. No momento mais amargo da sua vida, aquele homem de Deus pode ajuntar
a superabundante força para esmagar as circunstâncias tão adversas e expressar
o verdadeiro louvor: “...O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do
Senhor” (Jó 1:21).
Prezado amigo, sua alma carrega os bens
eternos dados ao pecador quando é salvo?
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