“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). PERIGOS NA AUSÊNCIA DA CONFISSÃO (segunda)
Caro leitor, se você
acha que estou sendo duro demais em meus argumentos, venho lhe dizer que estou
apresentando aqui exatamente aquilo que é doutrina puramente bíblica. Em nada
tenho me afastado da exatidão e integridade da Palavra Fiel, para que você
fique sabendo que a mensagem é de Deus e não minha. Se você tem pelo menos um
pouco de conhecimento dos ensinamentos bíblicos, verá que este ensino a
respeito do reinado do pecado no coração do homem é algo claramente ensinado e
perpassado por toda Escritura, especialmente no Velho Testamento.
Eu sei que o orgulhoso
e altivo coração humano não gosta e nem quer ser descoberto em seus
esconderijos. Mas a bíblia é um livro revelador. Ninguém há que possa ficar
escondido perante a revelação bíblica (Hebreus 4:13). Paulo trata desse assunto
no cap. 6 da carta aos Romanos. Ali o apóstolo escrevendo aos crentes afirma
que aqueles que são crentes em Cristo e que agora estão a serviço do Senhor Deus,
viviam antes na velha vida a plena disposição do pecado. A linguagem de Paulo
ali mostra o que o pecado faz no homem que nunca foi a Cristo para sua
salvação.
Então,
tomo de volta o assunto a respeito da confissão. Quando o homem nunca chegou a
Cristo, em sincero arrependimento e num coração aberto para Deus, a fim de que
a luz do evangelho chegue e brilhe em toda escuridão do seu coração enganado e
ludibriado pelo pecado, pode estar certo que o pecado ainda reina ali. Amigo, é
mister que você fique ciente dessas verdades reveladas a respeito da tão triste
condição do homem em
Adão. Quando o pecado ainda reina há dentro do coração uma
predisposição para a maldade. A ausência da verdadeira confissão que leva o
pecador aos pés do Salvador, a fim de que seu coração seja transformado num
novo coração, indica que a maldade reina ali. Falta no coração o amor de Deus
que está em Cristo
Jesus. Saiba meu amigo, que as poderosas feras da iniqüidade
estão enjauladas dentro do coração e elas estão pedindo que sejam alimentadas.
São chamadas de obras da carne e elas obrigam que o pecador venha buscar
alimento continuamente.
Primeiramente
apresento o orgulho, o rei da maldade. O homem que nunca foi humilhado pela lei
de Deus para ir ao pó e reconhecer que não passa de um mero mortal, totalmente
fraco, tal alma é dominada pelo orgulho. Mesmo que esteja trajado de religioso,
aquela religião é apenas um meio de encobrir seus pecados ocultos. A altivez e
a arrogância impedem que o homem se curve e prostre perante a glória de Cristo;
é dura a sua cerviz. A altivez de espírito mantém o homem enganado, achando que
ele pode fazer o que bem quiser fazer; andar onde bem quiser andar; pensar
aquilo que ele achar por bem, e que mesmo assim não será reconhecido em suas
culpas.
Em segundo
lugar mostro o que pode manifestar no andar daquele que desconhece a confissão
bíblica. Há em seu coração uma predisposição para satisfazer seus desejos
egoístas e carnais em detrimento do seu próximo. O reinado do pecado no coração
faz com que o homem pense que ele tem direitos, e que até mesmo Deus o
reconhece como um pobre coitado que precisa se satisfazer em suas paixões.
Alguém assim pode achar que é seu direito abandonar sua esposa ou seu marido e
ir à busca de algo melhor. Essa pessoa toma o caminho do adultério achando que
está certa em sua resolução e que jamais há de sofrer as conseqüências dos seus
erros. O orgulho o eleva ao pináculo do prazer; o orgulho inflama suas paixões
e cega-lhe os olhos da alma; o orgulho o torna surdo para não ouvir a respeito
dos perigos iminentes que rondam sua alma. Não tem outra solução senão o
arrependimento que traz o homem ao lugar onde deveria estar – no pó, lugar onde
Deus conversa com o pecador em Sua misericórdia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário