sábado, 8 de dezembro de 2012

DEUS E O HOMEM – A GRANDE DIFERENÇA (21)




“A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade. A tua justiça é como as montanhas de Deus; os teus juízos, como um abismo profundo” (Salmo 36:5,6)
CONHECENDO O GRANDE DEUS. (continuação)
         Prezado leitor, não descansemos em investigar na Palavra a respeito da misericórdia, porquanto é o destaque, especialmente nos salmos onde repetidas vezes diz: “Porque a Sua misericórdia dura para sempre”. Paulo destaca essa misericórdia em Romanos 9, onde o apóstolo inspirado mostra essa livre atividade do Senhor no meio dos homens: “...Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Romanos 9:15). Ninguém pode obrigar a misericórdia a agir, porquanto age como bem quer, sem que haja qualquer compulsão externa. Saul foi um feroz perseguidor de Davi, procurando constantemente a sua morte, mas agiu com misericórdia ao tomar Mefibosete, neto de Saul, coxo dos pés, a fim de cuidar dele (2 Samuel 9).
         Amigo, não tem um assunto mais humilhante para a natureza caída no pecado do que tratar sobre a livre misericórdia do Senhor. Diante da triste condição do homem no pecado, condenado à prisão perpétua no sofrimento eterno, conforme vistos nos primeiros quatro versos do Salmo 36 restam que nossas bocas fiquem fechadas e que calemos diante do Senhor. Eis a razão que ao tratar de Deus ela aparece imediatamente em grande destaque: “A tua misericórdia, Senhor, chega até aos céus...”! Conforme disse na meditação anterior, ela indica a razão de tudo; ela mostra o porquê da criação, a razão da paciência de Deus em face de tanta maldade humana; ela mostra que mesmo num palco de juízo, quando vemos os terrores de Deus atingindo nações inteiras, a misericórdia do Senhor passeia triunfantemente, vencendo gloriosamente os inimigos, destruindo toda e qualquer oposição, a fim de manifestar que o Senhor neste mundo está salvando perdidos, erguendo-os da triste condição do pecado, a fim de levá-los para a glória eterna.
         Querido leitor, a misericórdia de Deus é o tema que explica tudo. A graça sem a misericórdia não é graça; o amor sem que entendamos misericórdia não passará de ser algo emocional e sem qualquer valor eterno; a pregação que não expõe a misericórdia revela estar cheia de motivações egoístas. Quando a ênfase é a livre atuação da misericórdia de Deus, toda arrogância é posta no pó, os homens prostram perante a verdade e ficam conhecendo o que significa arrependimento na prática. Quando o brilho da misericórdia chega aos corações, os homens se humilham e passam a temer e tremer perante o sublime trono (Isaías 57). É a misericórdia que ergue o homem do monturo para torná-lo homem; é a misericórdia que abre nossos olhos para que entendamos o quanto somos frágeis como minhocas e que somente a força da graça para conceder-nos vida; por ela entendemos a preciosidade do amor de Cristo e que este mundo com seu brilho infame de revolta contra não passa de ser lixo, ante a glória que aguarda os filhos de Deus.
         Meu amigo, quanto espero que minha linguagem tenha chegado de modo persuasivo em seu coração! Ó quantos milhares andam enganados! Satanás é esperto em levar aos corações incautos uma mensagem diferente, com um deus diferente, que é perfeitamente adaptado aos corações ludibriados pelo pecado. Quem é o homem? A resposta é clara: caído em Adão; condenado à sentença de perdição eterna. Não há resposta no homem, nada há nele que mova sequer um milímetro da aprovação de Deus. A mensagem do evangelho, entretanto, proclama que há um Deus de misericórdia, cuja atividade agora é salvar pecadores arrependidos. Maravilha! Portanto, leitor, aproveite e corra para os braços de misericórdia desse Senhor! Aproveite o perdão, a reconciliação e a purificação pelo Sangue do Filho de Deus!

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