“Porque foi subindo
como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem
formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o
desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
DESPREZO NA APRESENTAÇÃO
SOCIAL. Verso 3
O Salvador em tudo foi objeto de desprezo
no convívio social também: “...desprezado e rejeitado”. Mesmo em Sua família,
Ele não foi tão bem aceito. Jesus, em Sua família torna-se o antítipo de José,
rejeitado pelos seus irmãos, conforme nos mostra Gênesis 37. Ele não ergue Sua
voz para proclamar Sua independência no meio dos Seus irmãos. Ele não precisava
fazer isso, porque deixou claro para Maria e José: “Não sabiam que eu tinha de
estar na casa de meu Pai?” Não foi desprezo ao casal, mas sim a coerência de
Seu ministério na terra. Mais tarde os membros de Sua família reconheceram esse
fato, como ocorreu com Judas e Tiago, Seus irmãos. Maria jamais ficou chocada
com as palavras do seu filho, pois ela estava convicta de sua missão e sabia
quem Ele era.
Era de se esperar que o Cordeiro de Deus
não fosse apreciado pelo mundo. A santidade não é motivo da aproximação de um
mundo que odeia Deus. O Salvador tinha todo referencial divino; tinha todo
comprovante que veio do céu à terra; era em todos os mínimos e máximos detalhes,
perfeito e imaculado. Os judeus desprezavam o Senhor na história, quando levava
ao templo animais defeituosos para serem oferecidos no altar. Em Malaquias 1
vemos como Deus repreende o povo, desprezando aquelas ofertas indignas. No caso
do Cordeiro de Deus, nada houve Nele qualquer mancha de caráter, falta de
justiça e ausência de retidão. Era Ele o Homem perfeito, por isso foi aprovado
por Deus para ser o substituto do povo eleito. Ele provou isso em perfeita
obediência ao Pai, mostrou em Suas palavras verdadeiras, para que todos
soubessem de onde Ele veio e para onde voltaria. Suas palavras denotavam
verdade e convicção, nada tendo de mentiras e de qualquer traço de malícia.
Ele mostrava ser o perfeito Salvador
também em Suas obras. Nosso Senhor tomou o rumo da cruz e nem sequer um
milímetro desviou-Se de Seus santos objetivos. Seu prazer era agradar o Pai e
Seu gozo era conquistador Sua igreja, por isso Sua agenda terrena foi vista em
Sua caminhada rumo à cruz. Todos os obstáculos eram repreendidos mediante a
verdade. Todos os Seus atos também mostraram o quanto tinha Ele em vista
mostrar aos discípulos o que significa trilhar pelo caminho certo rumo ao céu.
Ele foi o modelo perfeito da fé, para que pudesse assim encher os corações dos
santos de viva confiança. Visto que Ele escondeu Suas prerrogativas da
divindade, nosso Senhor se apoderou de grande confiança em Deus e usou Suas
palavras para encher os corações de doce confiança: “Credes em Deus, crede
também em mim”.
As obras do Salvador também mostravam o
quanto estava cheio de ternura, compaixão e amor pelos seres humanos. Como
Homem Ele identificou-Se com os homens, sentindo suas aflições e vivendo aqui
como ovelhas sem pastor, no meio de lobos famintos e cruéis. Ele se despontou
como um Servo e viveu assim, pois nunca parou de servir. Sempre estava curando,
suprindo as necessidades, expulsando demônios e ressuscitando mortos. No
Salvador havia ternura e misericórdia, por isso não parava de fazer o bem, em
face da miséria do homem na terra. Em tudo Ele se acercou da condição da raça
caída e tomou esses sofrimentos em Seu coração tão afetuoso. Mesmo sendo
rejeitado, jamais reagiu com ira, pois tudo deixou nas mãos do Pai. Até mesmo
perante Seus algozes, nosso Senhor ergueu Sua petição a Deus por eles.
Tudo isso foi para mostrar que Ele era o
Salvador certo, o único que poderia chegar à cruz para ser o perfeito mediador
dos perdidos no mundo inteiro.
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