sexta-feira, 21 de junho de 2019

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (6)


                               
“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
DESPREZO NA APRESENTAÇÃO SOCIAL.         Verso 3
        O Salvador em tudo foi objeto de desprezo no convívio social também: “...desprezado e rejeitado”. Mesmo em Sua família, Ele não foi tão bem aceito. Jesus, em Sua família torna-se o antítipo de José, rejeitado pelos seus irmãos, conforme nos mostra Gênesis 37. Ele não ergue Sua voz para proclamar Sua independência no meio dos Seus irmãos. Ele não precisava fazer isso, porque deixou claro para Maria e José: “Não sabiam que eu tinha de estar na casa de meu Pai?” Não foi desprezo ao casal, mas sim a coerência de Seu ministério na terra. Mais tarde os membros de Sua família reconheceram esse fato, como ocorreu com Judas e Tiago, Seus irmãos. Maria jamais ficou chocada com as palavras do seu filho, pois ela estava convicta de sua missão e sabia quem Ele era.
        Era de se esperar que o Cordeiro de Deus não fosse apreciado pelo mundo. A santidade não é motivo da aproximação de um mundo que odeia Deus. O Salvador tinha todo referencial divino; tinha todo comprovante que veio do céu à terra; era em todos os mínimos e máximos detalhes, perfeito e imaculado. Os judeus desprezavam o Senhor na história, quando levava ao templo animais defeituosos para serem oferecidos no altar. Em Malaquias 1 vemos como Deus repreende o povo, desprezando aquelas ofertas indignas. No caso do Cordeiro de Deus, nada houve Nele qualquer mancha de caráter, falta de justiça e ausência de retidão. Era Ele o Homem perfeito, por isso foi aprovado por Deus para ser o substituto do povo eleito. Ele provou isso em perfeita obediência ao Pai, mostrou em Suas palavras verdadeiras, para que todos soubessem de onde Ele veio e para onde voltaria. Suas palavras denotavam verdade e convicção, nada tendo de mentiras e de qualquer traço de malícia.
        Ele mostrava ser o perfeito Salvador também em Suas obras. Nosso Senhor tomou o rumo da cruz e nem sequer um milímetro desviou-Se de Seus santos objetivos. Seu prazer era agradar o Pai e Seu gozo era conquistador Sua igreja, por isso Sua agenda terrena foi vista em Sua caminhada rumo à cruz. Todos os obstáculos eram repreendidos mediante a verdade. Todos os Seus atos também mostraram o quanto tinha Ele em vista mostrar aos discípulos o que significa trilhar pelo caminho certo rumo ao céu. Ele foi o modelo perfeito da fé, para que pudesse assim encher os corações dos santos de viva confiança. Visto que Ele escondeu Suas prerrogativas da divindade, nosso Senhor se apoderou de grande confiança em Deus e usou Suas palavras para encher os corações de doce confiança: “Credes em Deus, crede também em mim”.
        As obras do Salvador também mostravam o quanto estava cheio de ternura, compaixão e amor pelos seres humanos. Como Homem Ele identificou-Se com os homens, sentindo suas aflições e vivendo aqui como ovelhas sem pastor, no meio de lobos famintos e cruéis. Ele se despontou como um Servo e viveu assim, pois nunca parou de servir. Sempre estava curando, suprindo as necessidades, expulsando demônios e ressuscitando mortos. No Salvador havia ternura e misericórdia, por isso não parava de fazer o bem, em face da miséria do homem na terra. Em tudo Ele se acercou da condição da raça caída e tomou esses sofrimentos em Seu coração tão afetuoso. Mesmo sendo rejeitado, jamais reagiu com ira, pois tudo deixou nas mãos do Pai. Até mesmo perante Seus algozes, nosso Senhor ergueu Sua petição a Deus por eles.
        Tudo isso foi para mostrar que Ele era o Salvador certo, o único que poderia chegar à cruz para ser o perfeito mediador dos perdidos no mundo inteiro.

Nenhum comentário: