sexta-feira, 7 de junho de 2019

O CLAMOR DOS ELEITOS (8)


                           
“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
        Humildade, sinceridade e confissão fazem parte dos eleitos. Quando tombou ante o fulgor da luz que se emanou da glória de Cristo, eis que o velho Saulo de Tarso tombou; seu ego foi atingido em cheio e o velho inimigo, o velho Adão morreu ali. O poderoso chamado da irresistível graça resulta num viver humilde; a glória da salvação é dada somente a Cristo e o salvo há de compreender que fora chamado da miséria para o alto posto de herdeiro de Deus. Homens que jamais viram sua condição miserável, a ponto de clamar: “...a justiça está longe de nós e a retidão não nos alcança”, realmente desconhecem o real significado da salvação bíblica. Na salvação bíblica toda justiça própria tem que ser queimada, pois ela tem um cheiro abominável perante Deus. Quando Deus implanta justiça perfeita, o que é imperfeito tem que ser arrancado.
        Quando um eleito é salvo, ele passa a viver como um santo vive, mesmo consciente de suas imperfeições vistas ainda na carne. O arrogante não consegue viver em santidade. Ele pode operar estilo de vida firmado em regras de homens; ele poderá ser zeloso quanto aos costumes de sua religião, mas não consegue ser santo, conforme a santidade de Deus vista nos salvos. O que é santidade? Não passa de ser a glória da tão grande salvação, mostrada no viver simples, humilde e obediente do crente enquanto aqui vive. Falsa salvação resulta em falsa paz e falsa paz resulta em hipocrisia no viver. Em Romanos 8 Paulo afirma categoricamente que a natureza carnal não pode agradar a Deus e toda tentativa é vã. A natureza carnal é corrompida, e aliada ao mundo ela se mostrará completamente inimiga de Deus. Os crentes sinceros sabem disso, por essa razão lutam, clamam e combatem contra essa infame atividade carnal que opera neles. Na natureza carnal todas as infâmias do pecado aparecem, como se fossem leões ansiando por carne, por isso os crentes devem ficar prevenidos; seus corações devem estar abarrotados da palavra de Deus, a fim de vencer a batalha diária e conquistarem plena vitória contra o mal.
        Os eleitos, aqueles que estão à procura da verdade salvadora, eles sabem disso no íntimo. Eles reconhecem a derrota deles; eles sabem o quanto são escravos do pecado; eles estão cheios dessa confissão de que nada são aqui; confessam no coração que quebraram a lei de Deus, que ofenderam ao Senhor no viver; confessam que realmente são dignos do inferno e da poderosa ira de Deus. Os eleitos não querem brincar de religião; não querem ser domados pela infâmia e mentira dos falsos mestres; eles não tentam manobrar Deus com argumentos de sofismas. Na alma eles clamam a Deus, vendo o quanto são imperfeitos aqui e que não há quem possa tirar-lhes dessa vil condição onde o pecado lhes colocou.
        Os eleitos são assim. São eles os pecadores pelos quais Cristo morreu. Muitos estão lendo suas bíblias em casa, mas não há quem possa lhes explicar. O eunuco não podia entender a passagem de Isaías 53, até que Filipe assentou-se ao seu lado e pode mostrar-lhe Jesus o Salvador e foi ali que ele creu de coração (Atos 8). Muitos eleitos são cravejados instantaneamente pela mensagem do evangelho, e logo eles caem em si, reconhecendo a pura idiotice do viver. Eles estão cercados pela radiante luz da misericórdia; a poderosa mão de Deus está estendida, para alcançar Seu povo escolhido e o Senhor não perde nenhum deles.
        Talvez tenha alguém que está lendo esses escritos meus e tenha seu coração agora tocado pela maravilhosa graça. Pode ser este o momento de uma tão grande salvação!

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