“Por isso o juízo
está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que
há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías
59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA
CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
Humildade, sinceridade e
confissão fazem parte dos eleitos. Quando tombou ante o fulgor da luz que se
emanou da glória de Cristo, eis que o velho Saulo de Tarso tombou; seu ego foi
atingido em cheio e o velho inimigo, o velho Adão morreu ali. O poderoso
chamado da irresistível graça resulta num viver humilde; a glória da salvação é
dada somente a Cristo e o salvo há de compreender que fora chamado da miséria
para o alto posto de herdeiro de Deus. Homens que jamais viram sua condição
miserável, a ponto de clamar: “...a justiça está longe de nós e a retidão não
nos alcança”, realmente desconhecem o real significado da salvação bíblica. Na
salvação bíblica toda justiça própria tem que ser queimada, pois ela tem um
cheiro abominável perante Deus. Quando Deus implanta justiça perfeita, o que é
imperfeito tem que ser arrancado.
Quando um eleito é salvo,
ele passa a viver como um santo vive, mesmo consciente de suas imperfeições
vistas ainda na carne. O arrogante não consegue viver em santidade. Ele pode
operar estilo de vida firmado em regras de homens; ele poderá ser zeloso quanto
aos costumes de sua religião, mas não consegue ser santo, conforme a santidade
de Deus vista nos salvos. O que é santidade? Não passa de ser a glória da tão
grande salvação, mostrada no viver simples, humilde e obediente do crente
enquanto aqui vive. Falsa salvação resulta em falsa paz e falsa paz resulta em
hipocrisia no viver. Em Romanos 8 Paulo afirma categoricamente que a natureza carnal
não pode agradar a Deus e toda tentativa é vã. A natureza carnal é corrompida,
e aliada ao mundo ela se mostrará completamente inimiga de Deus. Os crentes
sinceros sabem disso, por essa razão lutam, clamam e combatem contra essa
infame atividade carnal que opera neles. Na natureza carnal todas as infâmias
do pecado aparecem, como se fossem leões ansiando por carne, por isso os
crentes devem ficar prevenidos; seus corações devem estar abarrotados da
palavra de Deus, a fim de vencer a batalha diária e conquistarem plena vitória
contra o mal.
Os eleitos, aqueles que
estão à procura da verdade salvadora, eles sabem disso no íntimo. Eles
reconhecem a derrota deles; eles sabem o quanto são escravos do pecado; eles
estão cheios dessa confissão de que nada são aqui; confessam no coração que
quebraram a lei de Deus, que ofenderam ao Senhor no viver; confessam que
realmente são dignos do inferno e da poderosa ira de Deus. Os eleitos não
querem brincar de religião; não querem ser domados pela infâmia e mentira dos
falsos mestres; eles não tentam manobrar Deus com argumentos de sofismas. Na
alma eles clamam a Deus, vendo o quanto são imperfeitos aqui e que não há quem
possa tirar-lhes dessa vil condição onde o pecado lhes colocou.
Os eleitos são assim. São eles os
pecadores pelos quais Cristo morreu. Muitos estão lendo suas bíblias em casa,
mas não há quem possa lhes explicar. O eunuco não podia entender a passagem de
Isaías 53, até que Filipe assentou-se ao seu lado e pode mostrar-lhe Jesus o
Salvador e foi ali que ele creu de coração (Atos 8). Muitos eleitos são
cravejados instantaneamente pela mensagem do evangelho, e logo eles caem em si,
reconhecendo a pura idiotice do viver. Eles estão cercados pela radiante luz da
misericórdia; a poderosa mão de Deus está estendida, para alcançar Seu povo
escolhido e o Senhor não perde nenhum deles.
Talvez tenha alguém que está lendo esses
escritos meus e tenha seu coração agora tocado pela maravilhosa graça. Pode ser
este o momento de uma tão grande salvação!
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