“”Porque foi subindo
como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem
formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o
desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
A APRESENTAÇÃO PESSOAL
Ao apresentar o salvador o texto mostra
primeiramente Sua procedência: “Como
renovo”. A nação de Israel naqueles dias era uma caricatura do que foi a nação
nos dias dos grandes reis, como Davi, Salomão, Uzias, Ezequias, etc. Quando
Jesus nasceu, Roma era o império mundial, conforme foi mostrado na
interpretação de Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2). Roma é a
última parte da estátua, a parte inferior. Israel não tinha rei e toda situação
política era subordinada às autoridades enviadas por Roma, a qual tinha o César
como o augusto, soberano. É isso o que o texto apresenta em Isaías acerca da
origem do Senhor. Cristo nasceu numa cidade pobre e numa família pobre.
Notemos também o quanto nosso Senhor,
fisicamente não tinha aparência agradável: “Como raiz de uma terra seca...”. O
mundo sempre olha a aparência. Não foi assim com Israel quando escolheu o
primeiro rei? Bastou Samuel apresentar um homem de bela aparência, Saul, eles
imediatamente o proclamaram rei. Enquanto o mundo olha a beleza, a formosura na
aparência física, Deus olha o homem no coração. Ao apresentar Seu Servo, o
Senhor desfaz todo conceito que o homem tem acerca daqueles que eles esperam
como líder e salvador. Toda ênfase a respeito do Cordeiro de Deus é dada
naquilo que é no coração; toda Sua formosura perante os homens é destacada em
Seus atos de amor, bondade, compaixão e ternura.
Noutras palavras, a verdade não está na
mera e passageira aparência, mas sim no homem interior. Em nenhum aspecto nosso
Senhor representa aquilo que o mundo quer, nem em Sua aparência, nem tampouco
naquilo que Ele essencialmente é. O povo judeu gostava dos Seus atos de
bondade, mas quando Suas palavras e atos revelavam a verdade acerca Dele,
imediatamente havia uma reação de ódio da parte deles. Palavras de graça para o
mundo significa que a pessoa está dizendo aquilo que eles gostam de ouvir;
significa palavras que seduzem seus corações, que alimentam orgulho próprio e
que são traduzidas em bênçãos advindas de superstições. Eles chegavam perto
Dele para ver aquilo que para eles era espetáculo, mas se postavam na defesa,
quando Suas palavras mexiam com seus corações pervertidos e costumes
mentirosos. Se uma aparência não é agradável ao povo, pelo menos as palavras e
os atos devem chamar a atenção. No caso do Senhor, Sua beleza interior foi
motivo de ofensa, terror e perseguição da parte do povo. A aparência feia,
misturada com a religião supersticiosa e mentirosa dos homens resulta em
terríveis idolatrias, conforme vemos em ídolos fabricados pelos homens nas
nações.
O Salvador é o Senhor da glória (Tiago
2:1). Mas Ele ocultou Sua glória; Ele manteve sua condição humilde de Servo
sofredor perante os homens; Ele jamais recuou de portar-Se como ovelha, pois Se
submeteu ao Espírito, a fim de fazer a vontade do Pai. Nosso Senhor jamais
reivindicou Seus direitos, porque Sua meta era a cruz; veio para ser
sacrificado ali; veio para ser oferta pelo pecado; veio para sofrer a Ira do
Todo Poderoso, a fim de que a igreja escapasse dos terrores eternos; veio para
não abrir a boca perante os tosquiadores. Mesmo assim fez com que 3 dos Seus
discípulos fossem ao Monte com Ele e ali Sua glória apareceu. Foi ali que
aqueles 3 homens puderam ver quem era Aquele humilde Servo do Senhor. Foi
embasado nessa visão que João confessou: “E vimos a Sua glória, glória como a
do Unigênito do Pai”.
Que humildemente caiamos perante a face
gloriosa e santa daquele que um dia veio ao mundo, tendo em vista nossa eterna
e gloriosa salvação.
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