“Sim, a verdade
desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu,
e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
A NECESSIDADE DESSE
SALVADOR.
Tendo introduzido o assunto, minha
esperança é que o Deus de toda graça venha me conceder suficiente poder para desenvolver
o tema proposto. O mundo sempre correu à busca de socorro aqui neste mundo.
Desde a entrada do pecado vemos a raça corrompida se ajuntando, buscando
respostas para suas necessidades neste mundo e lutando para exterminar de uma
vez por todas o governo de Deus. Na realidade, o que vemos neste mundo é uma
expansão do sistema que Caim criou e que vigorou até o dilúvio. Os homens no
pecado criam um sistema de vida debaixo do sol e fazem suas leis. Para os
homens, abaixo do sol tudo é maravilhoso; é aqui o reino que encanta os
corações da multidão iludida no pecado.
Quando voltamos para o texto de Isaías,
percebemos o quanto Deus está ocupado com a salvação dos perdidos. Não há entre
os homens alguém que possa salvar os perdidos, porque todos estão na mesma
condição; todos estão encarcerados no pecado; todos servem com real prazer ao
pai da mentira. Na conversa de Jesus com os judeus, notamos bem que nada,
absolutamente nada acordava aqueles homens diante do perigo eterno que rondava
suas vidas e que todo ser deles estava envolvido com esta vida aqui. Quando nosso
Senhor denunciou a condição terrível deles, como escravos do pecado, eis que
eles se ergueram para destruir Jesus com a morte. Nem mesmos diante de fatos incríveis
de amor e de bondade de Deus; nem mesmos os sinais e maravilhas acordavam
aqueles homens para a real necessidade do Salvador.
Deixados a sós os homens nunca, jamais
verão a necessidade do Salvador e da salvação. No texto acima, vemos que a
visão da necessidade de um Salvador é de Deus e não do homem. Foi o Senhor quem
viu Israel sob a tirania de Faraó no Egito; foi o Senhor quem viu a miséria do
homem no pecado. Não houve um agente humano que enviou recado ao céu, a fim de
que Deus socorresse os perdidos aqui. Quando uma nação está sob a mão de ferro
de um ditador, alguém pode enviar um pedido de socorro para outro país. Mas não
é o caso dos homens neste mundo, porquanto quem viu o homem na miséria foi o
próprio Deus: “E viu que ninguém havia...”
Quando analisamos as Escrituras não
vemos a ação dos homens, a não ser no pecado. O que vemos é um Deus entrando em
ação de forma poderosa, a fim de apresentar o Salvador e salvação vindos do céu.
Durante os séculos Deus procurou documentar de forma histórica o que o mundo
precisava saber. Na historicidade bíblica não há mito; a bíblia não usa filmagens,
ela mostra a verdade. Grandes homens e líderes mostraram a força de uma
liderança e como homens tais chamam a atenção. Israel viu em Moisés um grande
líder, mas Deus o tirou pela morte. Israel conheceu Sansão e sua força, mas logo
viu o fracasso e sua morte; viu Davi, um rei justo e poderoso na área militar,
mas que fracassou e morreu. Os homens são assim e serão assim.
Eis aí a razão porque Deus mostrou as
genealogias de milhares na história, a fim de que todos nós pudéssemos saber
que não é este nem aquele, até que o Salvador fosse apresentado ao mundo. O
Senhor diz que procurou e não achou entre os homens: “E viu que ninguém havia...”. Essa é a mensagem de toda Escritura: “...porque abaixo
do céu não existe outro nome, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).
Mesmo assim a natureza maligna e enganadora dos homens há de achar outro meio;
há de procurar força no braço do homem; há de suplicar por uma suposta Maria
assentada ao lado de Deus; há de criar ídolos e escondê-los no fundo do
coração. É mais fácil para a natureza enganadora dos homens acreditar em
crendices e superstições, do que na simplicidade da Palavra de Deus: “...pelo
que meu próprio braço me trouxe a salvação”.
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