“Pedro,
porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho isso eu te
dou: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3:6)
A
RESPOSTA DO MUNDO: “olha para nós”.
Estou certo que as palavras de Deus ao
pobre homem: “Olha para nós...”, são palavras dignas de nossas sérias
observações, porque nos trazem profundos ensinos. Ali estavam dois homens
olhando a triste situação daquele mendigo. Deus aprouve chamar homens, a fim de
lidar com homens; seres humanos caídos, mas que foram resgatados do pecado, a
fim de lidar com seus semelhantes com seus corações cheios da compaixão de
Deus. Que resposta para aquela alma ansiosa por dinheiro, a fim de que sua fome
fosse mitigada mais uma vez!
Observemos a resposta que o mundo dá na
área religiosa, porque o trabalho dos falsos mestres é totalmente diferente.
Eles sempre estão declarando aos homens que eles têm prata e ouro; que eles têm
resposta para os anseios materiais dos homens; que eles têm um deus que vai
atender e encher seus corações da esperança de que tudo vai melhorar aqui. Mas,
não tem trabalho mais enganador neste mundo do que o serviço prestado pelos
proclamadores de mentira. Eles são servos de satanás, e qual é o trabalho do
pai da mentira neste mundo? Nosso Senhor declarou que o ladrão somente para
roubar, matar e destruir (João 10:10). Sendo assim, confiar nos homens é
depositar o coração inteiro em satanás. Nosso Senhor em seus dias aqui
enfrentou corajosamente os fariseus e os chamou de hipócritas, justamente
porque a função principal deles era enganar o povo com suas mentiras, usando a
lei de Moisés.
Satanás não pode dar nada, mas sim tirar
o que os homens têm. O rei dos ladrões há de roubar; o rei dos assassinos há de
matar, e é exatamente isso o que ele faz com os homens através dos enganos
religiosos. O dono da prata e do ouro é Deus, então é de se esperar que o
serviço de satanás é enganar os homens,
a fim de destruí-los. O que Pedro e João falaram para aquele povo refletiu bem
o que os mensageiros de Deus têm em mãos para servir. É claro que sempre os servos
de Deus têm algo físico para dar; sempre os santos têm para repartir aos
famintos. Mas naquele momento não era para pensar nessas coisas terrenas, pois
ali estava um homem que retornaria todos os dias, até à sua morte, na busca de
provisão para seu sustento. Mas o fato é que qualquer pessoa podia fazer o que
aquele mendigo queria; qualquer um podia passar e deitar uma moeda em sua mão.
Mas somente os apóstolos tinham algo inédito a fazer e que estava infinitamente
além das perspectivas desta vida.
Trago isso aqui, a fim de mostrar aos
meus leitores que o mundo tem para dar aos homens, naquilo que os homens
querem. Os homens podem dar esmolas e até se sentem bem ao fazer isso. O mundo
pode criar programas sociais, a fim incluir os pobres, aleijados e rejeitados.
O mundo pode lutar na tentativa vã de acabar com a fome e a miséria. Mas o
mundo não tem a riqueza que somente o evangelho pode dar, por isso, quando
acontece o que ocorreu com aquele mendigo, o mundo inteiro se une para atacar a
mensagem e as obras dos servos do Senhor.
O propósito daquele milagre era abrir a
porta para que a multidão curiosa pudesse ouvir a mensagem pregada por Pedro
naquela ocasião. Pedro não saiu à caça de aleijados e cegos, a fim de curá-los.
Um só milagre foi suficiente para mostrar que o problema do homem está no
coração; que o homem pode ser aleijado, ou cego, mas que seu real problema era
sua condição interior. O alvo do evangelho é alcançar corações arrependidos,
por isso milhares foram salvos com a pregação de Pedro. Que diferença há para
Deus num aleijado e em alguém que está em perfeita saúde? Nenhuma. A situação é
a mesma. Todos nós estamos sujeitos neste mundo a perder a visão, a perna, o
braço e ficar nessa condição pelo resto da vida. Mas o Senhor veio ao mundo
para buscar e salvar perdidos no pecado.
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