terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A HUMILDADE E SUBLIMIDADE DO FILHO (2)

“Vim do pai e entrei no mundo, todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (João 16:28).
SUA ORIGEM: “Vim do Pai...”
        A nossa primeira lição vista no texto nos ensina o fato que ele, o Filho veio do Pai. Notamos bem que a linguagem é de intimidade: “Vim do Pai...”. Isso mostra o relacionamento que marca bem a história eterna do propósito da redenção. Além disso, esse tal relacionamento abre o cenário eterno, a fim de que entendamos os fatos eternos, porque sem isso tentaremos compreender a história da nossa redenção do ponto de vista terreno e humano. Por exemplo, não poderemos entender eleição se não compreendermos bem esse vital relacionamento entre o Pai e o Filho, porque compreenderemos que houve um relacionamento de amor eterno entre essas duas Pessoas da trindade bendita.
        Vou me esforçar para deixar o assunto ainda mais claro aos meus leitores. Houve uma história de amor, porque Deus é amor e amor envolve relacionamento. É assim que o assunto se desdobra perante nossos olhos, pois o Pai amou o Filho e o Filho amou o Pai num amor eterno. Ora, nosso Senhor fala sobre isso em João 17, quando ali ora em favor dos seus eleitos: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (verso 24). Se quisermos entender o amor de Deus, teremos o fundamento certo no relacionamento de um amor eterno e perfeito existente entre o Pai e o Filho.
        Também, a linguagem é totalmente do Novo Testamento, pois o Filho de Deus nasceu e se tornou Homem. Mas em João ele é visto como o Filho de Deus e em todo livro é dinamizada essa verdade. Ele deixou claro quando confrontou com os incrédulos judeus, como vemos nos capítulos 3, 5, 6, 7, 8 e 10. Foi essa verdade que ele passou para seus discípulos, a fim de que eles vissem seus milagres e cressem em seus ensinos. O propósito era para que todos soubessem que aquele que nasceu aqui de uma mulher, assim como todos nós nascemos, realmente veio do céu; que ele já existia, antes mesmo que Abraão existisse; que ele era o grande EU SOU; que ele veio de um relacionamento fiel, amoroso e gracioso existente entre ele e o Pai. Para maior ênfase, sabemos que ele veio de Deus, veio dos céus à terra; sabemos que ele não era um mero anjo que tomou forma de homem, como ocorreu nos dias de Abraão; sabemos que sua humanidade não diminuiu sua glória; sabemos que ele não é o resultado amoroso de um relacionamento conjugal, porque Maria ficou grávida dele quando era virgem. Então, fica enfatizado o fato que ele, o Filho veio do Pai.
        Também, era para que os homens pudessem saber que o amor existente nesse relacionamento entre o Pai e o Filho estava infinitamente acima de qualquer amor humano. Os homens deveriam saber que uma Pessoa da divindade enviou outra Pessoa ao mundo; que houve uma vontade soberana acima de tudo e que o Filho jamais faria sua própria vontade na condição de Filho; que ele estaria aqui na terra em perfeita submissão à vontade soberana, e que todo seu ministério seria assim, mesmo sendo Homem e carregado de compaixão pelos homens. Essa verdade nos traz lições preciosas acerca desse amoroso relacionamento. Nosso Senhor não se submeteria aos sistemas deste mundo, às condições da família humana. Nosso Senhor marcaria seu ministério aqui subordinado à vontade do Pai; que não morreria a morte comum dos homens; que não teria os mesmos objetivos dos homens em sua jornada terrena. A ênfase seria realizar a vontade daquele que lhe enviou: “Vim do Pai”.
        Esta é uma pequena lição sobre nosso Senhor e sua glória com o Pai. Ele passou essa lição aos seus discípulos e nós somos chamados a aprender essas verdades, a fim de que nosso temor seja visto em submissão, respeito e obediência ao Senhor, assim como fizeram os apóstolos e os novos convertidos na igreja primitiva.

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