“...Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43)
O VERDADEIRO PARAÍSO
Oh! Como será precioso aos nossos
corações, se meditarmos na promessa do Senhor de que ele foi preparar para nós
um lugar na casa do seu Pai (João 14). Mais do que isso, que essa morada é de
fato um paraíso. Que a perfeição reina ali, que não há necessidade de melhoras,
de acabamento, de qualquer segurança, de hospital, de cemitério, e outras
coisas semelhantes, com as quais aqui estamos tão acostumados. Devemos estar
com nossos corações carregadíssimos da esperança da glória! Devemos estar aspirando
chegar ao nosso lugar e devemos aqui respirar esse ar santo e puro que vem da
Nova Jerusalém.
Mas não estamos sozinhos nisso, porque é
claro que todos os santos que já morreram, enquanto aqui estávamos peregrinando
neste mundo de dor, eles foram tomados pela glória desse lugar tão encantador.
Em Hebreus 11:10 o autor sagrado declara que Abraão vivia aqui pela fé. Ora, um
homem rico como ele bem que poderia aproveitar dessa riqueza e realmente
desfrutar dos prazeres vistos neste mundo, mesmo naqueles dias. Havia muitos
lugares para onde ele poderia ir, se quisesse. Poderia descer para Sodoma e
Gomorra, um lugar de festas, prazeres sensuais, além de muitas atividades
normais da vida. Havia o Egito, uma nação em plena expansão. Mas Abraão já
tinha avistado tudo isso de longe e sua resposta foi um grande “Não!”. Ele viu
tudo isso como vantagens passageiras, vaidades que chegam e rapidamente vão
embora. Abraão e Sara viveram a vida aqui no gozo da comunhão com seu Senhor e
aprenderam que o mundo passa com sua concupiscência.
Mas onde estava sua esperança? Aqui
vivemos de recompensas; aqui buscamos galardão. Seria loucura não usufruir dos
prazeres daqui, se não houvesse uma esperança melhor. Mas veremos o que o
Espírito Santo diz a respeito daquele homem de fé: “Pela fé, (Abraão)
peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com
Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa,; porque aguardava a cidade
que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hebreus
11:9,10). Eis aí a esperança da glória que habitava no coração do nosso pai da
fé. Ele em nada duvidou do seu, inclusive de ver seu Senhor que um dia lhe
chamou pela graça. Sua morte não seria o fim de tudo; sua morte não seria o
golpe de desespero, Abraão cria no Deus da ressurreição, por esse fato sabia
que viveria para sempre no gozo da presença eterna com seu Senhor, e de fato
partiu deixando toda essa paixão mundana aqui, nada levando daqui, porque iria obter
a excelência no paraíso celestial.
Tem sido diferente com os santos que
daqui já partiram? Claro que não! Todos os que morreram na fé partiram daqui no
gozo e satisfação de ver a face do Senhor no paraíso eternal. Foi nos momentos
de tristeza e dor que foram envolvidos dessa santa presença. Na cidade onde
nasci no interior da Bahia, uma irmã em Cristo teve uma visão antecipada da
glória celestial, no dia seguinte contou isso para os irmãos em Cristo que a
visitaram, e naquele mesmo dia ela partiu. Muitos santos fracos e combalidos,
na hora da morte ainda tiveram forças para assentar, cantar e despedir para
sempre deste mundo. Aqui não tiveram lugar permanente, nenhuma herança nesta
vida, mas partiram para ver a face do Senhor, conforme a mensagem de Fanny
Crosby num antigo hino:
Em breve a vida vai
findar, aqui jamais eu cantarei.
Porque no céu irei
morar, lá na presença do meu Rei.
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