“...Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43)
O
PARAISO ILUSÓRIO: Gênesis 3:23.
Vejamos que o paraíso buscado por Caim
era exatamente o oposto daquilo que Deus havia feito. Caim procurou edificar
cidade, enquanto Deus fez um jardim: “Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque,
o nome do seu filho”. Cidade porque desde o pecado o homem procurou ajuntar os
homens em motim contra Deus. Cidade porque eles ganham forças na tentativa de
anular as leis de Deus, a fim de viver entregue às suas paixões. E foi
exatamente isso o que ocorreu, pois não demorou em que Deus trouxesse o castigo
do dilúvio sobre aquela raça perversa.
Também, como resultado desastroso do
pecado os homens se tornaram humanistas, porque essencialmente o pecado é a
confiança do homem no próprio homem. Percebemos isso na vida de todo incrédulo.
Não foi assim com o rei Saul? Pois logo que assumiu o reinado procurou ser o
centro da atenção, fazendo o que queria fazer, não se submetendo a Deus. É o
que vemos ocorrendo em nossos dias, quando satanás está usando as religiões, a
fim de promover o homem como sendo o foco de tudo.
Também o texto do capítulo 4 de Gênesis
nos mostra que o objetivo de Caim era criar suas próprias leis, mas contrárias
às leis de Deus. Não demorou muito para que Lameque, descendente de Caim
revelasse as intenções perversas do seu coração: “E disse Lameque às suas
esposas: Ada e Zilá, ouvi-me; Vós mulheres de Lameque, escutai o que passa a
dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz por me pisou. Sete
vezes se tomará vingança de Caim, de Lameque, porém, setenta vezes sete” (4:23,
24). Nas cidades, a não ser que a mão de Deus interfira, os homens não estão
nem um pouco dispostos a seguir as leis de Deus.
Notemos Lameque com suas duas mulheres,
enquanto na criação Deus estabelece que o homem deixasse pai e mãe, a fim de
unir-se à sua mulher. Para os homens no pecado o sexo com muitas mulheres dá o
verdadeiro sentido de paraíso. E a história bíblica a seguir, quanto às nações,
sempre os homens foram cruéis com as mulheres, fazendo delas instrumentos de
suas luxúrias. Será que os homens mudaram? Claro que não! O efeito do pecado é egoísmo,
maldade, ganância, etc. Tudo isso faz deles elementos perversos, como está
acontecendo em nossos dias.
Finalmente, vemos que na cidade os
homens queriam prosperidade derivada de uma perspectiva carnal: “Ada deu à luz
a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado” ( 4:20). A
pecuária passou a ser desenvolvida a partir de Jabal. Eles queriam prover suas
necessidades sem Deus; queriam crescer na vida, mas sem Deus. Tudo era a
arrogância do homem mobilando as coisas e declarando que com sua força pode
anular os efeitos do pecado. Também, no verso 21 temos o seguinte: “O nome do
seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta”.
Sempre imaginamos que aqueles homens eram simples e sem qualquer aptidão. Eles
aprenderam a arte da música e fabricaram instrumentos musicais.
E por fim o verso 22 mostra outro avanço
deles: “Zilá, por sua vez, deu à luz a Tubalcaim, artífice de todo instrumento
cortante, de bronze e de ferro...”. O trabalho em nada foi condenável, mas o
que transparecia era o homem em sua pretensão de viver sem Deus e prosperar. O
pecado quer seu paraíso e os homens lutam para esse objetivo. O mundo é tão
cheio de prazer para os homens no pecado, que eles nem sequer imaginam um
paraíso perfeito. Aquela multidão olhava para os lados e não para cima; eles
confiavam neles mesmos, porque a função
do pecado é remover Deus da frente. Em seu paraíso terreno os homens não
percebem os perigos que os cercam; a divindade deles é eles mesmos, por isso
avançam sem qualquer temor.
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