“Vim do
pai e entrei no mundo, todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (João 16:28).
SUA
ORIGEM: “Vim do Pai...”
A primeira
lição realmente nos traz profundos ensinos que nos revelam a gloriosa história
da redenção, e somente os crentes em Cristo podem entender essas verdades que
nos foram entregues. Vemos que o Filho exalta seu relacionamento com o Pai: “Vim
do Pai...”. Isso significa que seus interesses eram eternos, que seu ser estava
carregando da santa disposição em agradar o Pai, e isso o Filho sempre mostrou
que veio fazer neste mundo. Mesmo se tornando Homem à nossa semelhança; mesmo
amando os seres humanos com santa compaixão; mesmo desejando o bem eterno de
uma raça caída, mesmo assim nada mudou sua inteira dedicação e submissão ao Pai
em vir ao mundo tendo em vista agradar-lhe.
Também, essa
declaração do Filho: “Vim do Pai...”, nos mostra que todo propósito da criação
estava ligado a esse interesse. Tudo foi feito na criação pelo Filho, ele é o
grande arquiteto dessa maravilhosa criação. Em Colossenses vemos como Paulo
mostra isso, ao afirmar que tudo foi feito por ele e para ele. Cada item da
criação exibe a glória do Filho de Deus; tudo foi feito, a fim de que tudo
viesse a ser encaixado exatamente nos planos eternos da redenção, por isso que
Paulo afirma: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
dos que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). Isso significa
que nada deste mundo, nem os anjos, nem o diabo e demônios poderão destruir os
planos eternos mobilizados por Deus através do Filho, em sua vinda ao mundo.
Também,
meditemos no fato que a declaração do Senhor nos mostra o grande amor de afeto
existente entre as duas pessoas. Como Deus deixa isso tão claro, a fim de
chamar a atenção do mundo, para que todos saibam que a humilhação do seu Filho
não desvaneceu seu amor. A glória do Pai sempre manteve seu Filho sob sua
proteção. Homens olharam para ele com desdém; perversos acharam que podiam
estraçalhar sua vida, por isso quiseram mata-lo. Na cruz a multidão de covardes
aproveitou do momento tão terrível, a fim de despejar a ira deles de forma
brutal e perversa contra o inocente e humanamente indefeso Jesus. A sua
crucificação foi o ápice do desprezo, da ingratidão e da disposição maldosa do
mundo inteiro representado em volta da cruz. Mas o Pai deixou claro, quando
três vezes declarou aos ouvidos dos homens: “Este é meu Filho amado”.
Também, sua
vinda e humilhação aqui no meio dos homens, jamais tirou do Senhor seu santo e
intenso desejo de voltar a usufruir da glória do Pai. Ele disse isso em sua
oração antes da cruz: “Pai...glorifica teu Filho...” (João 17:1). Seu ser
celestial anelava por estar em seu lugar de onde veio. Sua missão estava sendo
cumprida, porque veio para glorificar o Pai em tudo, e assim o fiz: “Eu te
glorifiquei na terra...” (verso 4). Esse
amor eterno entre o Pai e o Filho é um amor que tem base no conhecimento
perfeito existente na divindade. Onde há amor perfeito, significa que esse amor
está cercado de todas as prerrogativas da divindade. Também, tudo é perfeito,
de tal maneira que Deus, o Pai jamais amará qualquer ser criado fora do amor existente
entre ele e seu Filho. Tudo o que existe fora disso é colocado como periférico
e sem qualquer importância.
Outro detalhe
que deve servir de advertência, é que os homens só podem conhecer o real
significado de amor se estiverem envolvidos nesse amor. Fora desse ambiente de
ternura, graça, afeto, conforto, segurança, riqueza, etc. tudo é fantasia e
vaidade. Fora do amor de Deus que há em Cristo tudo se perde e é digno do fogo.
Nosso Senhor está declarando aos homens que eles só poderão conhecer Deus se
forem achados nele – no Filho.
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