quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

BUSCANDO O VERDADEIRO PARAÍSO (8)



“...Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”  (Lucas 23:43)
O VERDADEIRO PARAISO
        Desde a entrada do pecado no mundo os homens têm trabalhando para fazer deste mundo um lugar melhor, um lugar onde todos possam se sentir  bem. Sabemos que nossa natureza é apaixonada por esse “paraíso terrestre”, mesmo sabendo que preço altíssimo o mundo cobra. Quando Israel avançava sob a liderança bondosa e poderosa de Deus, mesmo assim os mundanos queriam voltar para o Egito. Eles não presenciavam qualquer sinal de coisas boas à frente e a incredulidade de seus corações dizia que Deus lhes enganava, assim como ocorreu no Éden. Eles queriam voltar para o Egito, mesmo sabendo de todo sofrimento que passaram todos aqueles anos ali.
        Fazer deste mundo um paraíso é lutar em vão, trabalhar inutilmente. Todos os reinos sempre pensaram nisso com a visão característica dos homens mundanos. E para alcançar seus projetos se entregaram à maldade. Não posso esquecer da grandeza da Babilônia, a capital do progresso, a coroa das nações, a rainha das perversidades. Mas os capítulos 50 e 51 relatam profeticamente o que Deus iria fazer com a bela cidade. E no final do capítulo 51, ao narrar profeticamente sobre a destruição de Babilônia, eis que Deus diz: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Os largos muros de Babilônia totalmente serão derribados, e as suas altas portas serão abrasadas pelo fogo; assim, trabalharam os povos em vão, e para o fogo se afadigaram as nações” (verso 58). Enquanto os homens planejam construir um mundo melhor, eis que o Senhor em sua ira já planejou destruir tudo. Para o Senhor não existem dificuldades. Se os homens construírem pontes, metrôs, estradas, armas, etc. tudo isso não passa de fagulha ante o fogo devorador da ira de Deus. O esforço, as ambições, as lutas e os empreendimentos dos homens aqui são motivo da zombaria de Deus.
        Digo mais que os fatos aqui provam ainda mais o quanto a ira de Deus vem aos poucos arrancando todo prazer dos homens. Eles presenciam a morte a todo instante, dizendo-lhes o quanto eles não passam de bobos, trabalhando para o nada. Uma família foi para seu sítio num final de semana, como fazia sempre. Ali era o paraíso, pois tinha uma boa casa, era bem arborizado o local e a piscina era a preciosidade de todos eles, inclusive da garotinha deles que nadava tão bem, a ponto dos pais deixarem a criança sozinha enquanto eles ficavam na casa. Mas naquele belo fim de semana, enquanto a criança brincava e os pais descansavam na residência, eles ouviram o grito da menina na piscina. Correram para lá e presenciaram com terror a criança morta na boca de uma sucuri.
        É esse o tipo de paraíso que os homens procuram aqui. E mesmo que não haja qualquer perigo externo, os piores são os internos. A razão é que quanto mais os homens buscam o conforto mundano à custa de suas almas, eis que eles nem percebem que mais vaidades, ilusões desgraças, etc. estão entrando em suas vidas. Não há nada de errado ter o conforto que precisamos ter. O perigo estar em ver o mundo como um lugar próprio para construir um sistema de vida, a fim de achar felicidade aqui. Na verdade não vão achar. Logo a vaidade mostrará sua infâmia no íntimo; logo o vazio mostrará um meio de buscar outra coisa aqui, porque aquilo que tinha perdeu se valor. Crentes que têm prazer em abandonar os cultos ao Senhor, a fim de buscar esse conforto para sua família, precisam saber se realmente são crentes. Todo perigo do paraíso terreno está no fato que os homens procuram ser felizes na vaidade, e a vaidade tem um preço muito alto, porque esvazia a alma de tudo o que é bom e duradouro. Nossa felicidade está no Senhor e se o obedecermos de todo coração, não há dúvida que tudo resultará em alegria e prazer. Se movermos para a direção errada neste mundo, certamente os resultados serão desastrosos para toda família.

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