“...Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43)
O VERDADEIRO PARAISO
Desde a entrada do pecado no mundo os
homens têm trabalhando para fazer deste mundo um lugar melhor, um lugar onde
todos possam se sentir bem. Sabemos que
nossa natureza é apaixonada por esse “paraíso terrestre”, mesmo sabendo que
preço altíssimo o mundo cobra. Quando Israel avançava sob a liderança bondosa e
poderosa de Deus, mesmo assim os mundanos queriam voltar para o Egito. Eles não
presenciavam qualquer sinal de coisas boas à frente e a incredulidade de seus
corações dizia que Deus lhes enganava, assim como ocorreu no Éden. Eles queriam
voltar para o Egito, mesmo sabendo de todo sofrimento que passaram todos
aqueles anos ali.
Fazer deste mundo um paraíso é lutar em
vão, trabalhar inutilmente. Todos os reinos sempre pensaram nisso com a visão
característica dos homens mundanos. E para alcançar seus projetos se entregaram
à maldade. Não posso esquecer da grandeza da Babilônia, a capital do progresso,
a coroa das nações, a rainha das perversidades. Mas os capítulos 50 e 51
relatam profeticamente o que Deus iria fazer com a bela cidade. E no final do
capítulo 51, ao narrar profeticamente sobre a destruição de Babilônia, eis que
Deus diz: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Os largos muros de Babilônia
totalmente serão derribados, e as suas altas portas serão abrasadas pelo fogo;
assim, trabalharam os povos em vão, e para o fogo se afadigaram as nações”
(verso 58). Enquanto os homens planejam construir um mundo melhor, eis que o
Senhor em sua ira já planejou destruir tudo. Para o Senhor não existem
dificuldades. Se os homens construírem pontes, metrôs, estradas, armas, etc.
tudo isso não passa de fagulha ante o fogo devorador da ira de Deus. O esforço,
as ambições, as lutas e os empreendimentos dos homens aqui são motivo da
zombaria de Deus.
Digo mais que os fatos aqui provam ainda
mais o quanto a ira de Deus vem aos poucos arrancando todo prazer dos homens.
Eles presenciam a morte a todo instante, dizendo-lhes o quanto eles não passam
de bobos, trabalhando para o nada. Uma família foi para seu sítio num final de
semana, como fazia sempre. Ali era o paraíso, pois tinha uma boa casa, era bem
arborizado o local e a piscina era a preciosidade de todos eles, inclusive da
garotinha deles que nadava tão bem, a ponto dos pais deixarem a criança sozinha
enquanto eles ficavam na casa. Mas naquele belo fim de semana, enquanto a
criança brincava e os pais descansavam na residência, eles ouviram o grito da
menina na piscina. Correram para lá e presenciaram com terror a criança morta
na boca de uma sucuri.
É esse o tipo de paraíso que os homens
procuram aqui. E mesmo que não haja qualquer perigo externo, os piores são os
internos. A razão é que quanto mais os homens buscam o conforto mundano à custa
de suas almas, eis que eles nem percebem que mais vaidades, ilusões desgraças,
etc. estão entrando em suas vidas. Não há nada de errado ter o conforto que
precisamos ter. O perigo estar em ver o mundo como um lugar próprio para
construir um sistema de vida, a fim de achar felicidade aqui. Na verdade não
vão achar. Logo a vaidade mostrará sua infâmia no íntimo; logo o vazio mostrará
um meio de buscar outra coisa aqui, porque aquilo que tinha perdeu se valor. Crentes
que têm prazer em abandonar os cultos ao Senhor, a fim de buscar esse conforto
para sua família, precisam saber se realmente são crentes. Todo perigo do
paraíso terreno está no fato que os homens procuram ser felizes na vaidade, e a
vaidade tem um preço muito alto, porque esvazia a alma de tudo o que é bom e
duradouro. Nossa felicidade está no Senhor e se o obedecermos de todo coração,
não há dúvida que tudo resultará em alegria e prazer. Se movermos para a direção
errada neste mundo, certamente os resultados serão desastrosos para toda
família.
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