“...Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43)
O VERDADEIRO PARAÍSO
Mas, como podemos nós acreditar em algo
jamais visto? Não somos atacados por aqueles que nos acusa de crermos no
invisível? Mas quando vemos os homens correndo à busca de suas fantasias
religiosas, somos realistas em dizer que é muitíssimo mais difícil de crer nas
crendices deles. Nós os crentes vivemos pela fé e declaramos infalivelmente que
“no céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” (Salmo 115:2). Busque um
crente que se sinta miserável e na desgraça porque crê que está indo para o
céu. Não há! Há muitos falsos crentes por aí, porque eles são aqueles que
tentaram com esforço próprio se unir à fé dos santos, mas logo que entraram no
caminho perceberam que não conseguem trilhar tal caminho. Os falsos crentes
amam o mundo, por isso odeiam o céu; eles contemplam o paraíso aqui mesmo, por
isso passam juntamente com tudo isso que desaparece com o tempo.
Alguns crentes tentam viver à base de
sonho e querem ter visões do paraíso. Quanta aventura inútil! Os salvos têm
consigo a carta de amor do Senhor em suas mãos, eles creem na infalibilidade
das Escrituras sagradas em todos os aspectos, inclusive no fato que Cristo foi
preparar lugar na casa do Pai para a morada do seu povo. Não nos aventuramos a
ultrapassar o que está escrito; não nos atrevemos a desonrar o Senhor, porque
ele mesmo fez brilhar o encanto da fé em nossos corações. Mesmo homens como
Paulo jamais ousaram a passar o que está escrito, pois tendo ele aquela
experiência do êxtase, a fim de ver o paraíso (2 Coríntios 12), mesmo assim foi
fortalecido para se manter humilde e incapacitado de narrar as perfeições
daquele lindo e maravilhoso lugar.
Mas posso solenemente afirmar mais que
os homens de Deus, os quais viveram pela fé, viveram aqui à luz dessa cidade
gloriosa (Hebreus 11:13). Eles não amaram este mundo; eles não esperaram
recompensas daqui e nem sequer trabalharam tendo isso em vista. Aqueles homens
miraram a recompensa eterna, viram pela fé antecipadamente as glórias que
viriam. Os homens que são considerados heróis deste mundo, eles recebem as
recompensas daqui mesmo, mas os heróis da fé passam despercebidos, não são
vistos e nem sequer têm qualquer recompensa. Para um Assuero é mais fácil
elevar um traidor como Hamã do que um amigo como Mardoqueu (Ester 3). Para o
mundo é melhor estimar um Barrabás e crucificar o Justo Jesus.
Mas os santos de Deus não foram loucos,
mas sim sábios; não foram bobos, mas sim homens espertos e conscientes. Eles sabiam
para onde iam, eles caminhavam na certeza da recompensa que viria após a morte;
eles não ajuntavam os restolhos desta vida, mas sim tesouros no céu. Eles
encaravam tudo aqui à luz da ressurreição e viam a morte como a condução rápida
e segura para levar-lhes ao lugar que tanto esperaram. O Deus deles era o Deus
dos vivos, por isso eles realmente entendiam o que significava viver.
Oh! Que tudo isso venha encher nossos corações
dessa firme esperança! Que esse mundo com seus encantos venham a mostrar que
não passam de ilusão, de sonho que passa, de tesouro feito de papel, pois tudo
está destinado ao fogo. O que aguarda os santos? Nosso Senhor prometeu vir ao
mundo a fim de arrancar os pecadores dessas garras venenosas e cruéis de
satanás, a fim de encher os céus de salvos, de homens e mulheres que entenderam
a história da redenção, de homens e mulheres que se gloriam apenas na cruz. É
assim que nós vivemos hoje e vamos viver até o final de nossa jornada aqui.
“Ao fim da jornada vejo
deslumbrante a celeste aurora do além do véu!”
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